Rede Globo e NET realizam primeira transmissão ao vivo em 3D do Brasil


 

Desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro foram produzidos

e transmitidos em 3D; evento é inédito no Brasil e utiliza o que há em vanguarda tecnológica

 

Pela primeira vez no Brasil, a Rede Globo e a NET transmitiram os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro ao vivo e em 3D. Nos dias 14 e 15 de fevereiro, o sinal foi gerado pela emissora utilizando câmeras especiais e transmitido em caráter experimental pela NET.

 

A NET fez a distribuição do sinal via cabo para sua rede com exclusividade, por meio do canal 750, apenas na cidade do Rio de Janeiro.

 

"Sem dúvida, é um grande passo na história de TV brasileira, que ganha literalmente uma nova dimensão. Transmitimos pela primeira vez, com exclusividade, um evento ao vivo em 3D gerado no Brasil", afirma Marcio Carvalho, diretor de Produtos e Serviços da NET.

 

Esta foi uma transmissão experimental e para assistir é necessário um aparelho de televisor apropriado e específico, que ainda não é comercializado no Brasil.

 

Para demonstrar a inovação, a NET manteve uma TV com tecnologia HD 3D no Baretto Londra do Hotel Fasano Ipanema, nos dias 14 e 15 de fevereiro, das 19 às 23h. Hóspedes, imprensa e visitantes do local puderam assistir os desfiles ao vivo ou conferir, no dia seguinte, um compacto com os melhores momentos da noite anterior.

 

"Trata-se de mais um marco, resultado de muito trabalho, pioneirismo e inovação, tanto da Rede Globo quanto da NET", afirma José Dias, Diretor de Novas Mídias, responsável pelo desenvolvimento 3D da Rede Globo. "Obviamente ainda são poucos televisores aptos a exibir estas imagens no Brasil, mas já existe a expectativa da chegada dessa tecnologia em nossas casas, ainda este ano".

 

No início de 2010, as transmissões em 3D foram o grande destaque da CES (Consumer Electronics Show), maior feira do mundo eletrônico realizada em Las Vegas. "O anúncio do início da fabricação de televisores capazes de exibir imagens em 3 dimensões e a disponibilização incipiente de conteúdos neste formato, como o recente sucesso do filme Avatar, ajudaram a criar uma febre sobre o assunto", afirma Carvalho.

 

DISPONIBILIDADE DO PRODUTO

 

De acordo com Marcio Carvalho, a NET trabalha para oferecer conteúdos de alta definição em 3D até o final de 2010. Para isso, a empresa estima investir R$ 200 milhões em TV Digital, alta definição e 3D. "Trata-se de uma inovação que depende, assim como no caso da alta definição, da evolução de todos os elementos da cadeia de produção e entrega de conteúdo. Assim como a Rede Globo está fazendo de forma pioneira, é necessário que mais conteúdo no formato HD 3D seja gerado e produzido", diz.

 

Carvalho ressalta ainda que também é necessário que os fabricantes de televisores iniciem a fabricação e comercialização de equipamentos com tecnologia 3D no Brasil. "Todos os decodificadores de alta definição da NET já estão aptos a receber os sinais em 3D. Mas o consumidor precisa de um televisor adequado à nova tecnologia e também os óculos, que permitem o efeito de profundidade na imagem", explica Carvalho.

 

PRODUÇÃO


A televisão evoluiu muito desde a sua estreia. Primeiro, houve a mudança da TV preto-e-branco para a colorida.

 

Nas últimas duas décadas, as tecnologias de LCD e plasma avançaram. E a televisão de alta-definição (HDTV) passou a proporcionar imagens muito mais vibrantes e nítidas.

 

Agora, a TV se transforma de vez, em uma experiência muito mais envolvente. Com o inicio das transmissões de TV em HD e 3D, além do benefício de ter imagens com alta definição, o consumidor passará a ter a sensação de profundidade, que o transportará para dentro da cena.

 

"Talvez a maior mudança de paradigma seja o fato de que gravar 3D não é a mesma coisa que gravar 2D com 2 câmeras. Não é precisamente o número de câmeras que diferencia os dois métodos, e sim todo o trabalho feito antes, na fase de planejamento dos takes, durante as gravações onde deve-se levar em conta novas variáveis técnicas de produção, como eixo z, paralaxe, correção de distorções etc, e o processo de pós produção, que enriquece muito a forma como você "assiste" ao que foi gravado, podendo-se fazer alterações na profundidade da cena, ajudando o espectador a perceber o melhor da imagem, por meio de um conceito de "janela", definindo quais elementos da cena estarão pra "fora" e quais estarão pra "dentro" da tela", explica José Dias, diretor de Novas Mídias da Rede Globo.


Um bom conteúdo 3D é muito mais do que um par de imagens alinhadas, é a relação entre as duas imagens, a forma como elas são combinadas é que faz o efeito 3D. "É preciso dominar a forma como cada pixel é afetado por qualquer ação no processo de criação, e certificar-se de que cada alteração feita na imagem esquerda esteja perfeitamente replicada na imagem direita, caso contrário o público perceberá que "há algo" errado, e isso causará um desconforto para quem assiste ao conteúdo", esclarece o diretor da Rede Globo.

 

"O 3D não é exatamente uma tecnologia nova. Muitos experimentos já foram feitos. Os avanços que estão permitindo mais qualidade e conforto estão nas novas tecnologias de compressão digital (MPEG4) e nas tecnologias das telas e óculos, que evoluíram muito também", especifica Marcio Carvalho, diretor de Produtos e Serviços da NET.


TRANSMISSÃO
       

 "A idéia é utilizar a estrutura existente na transmissão da TV digital para transmitirmos 3D. A proposta é combinarmos os dois streams, direito e esquerdo, em um único sinal side-by-side. Dessa forma podemos enviar o sinal utilizando o mesmo canal HD digital", detalha José Dias.

 

Nesse modelo o telespectador deve ter em sua residência um decoder que fará o seguinte: analisará a TV, se esta for uma TV convencional, ele entregará o sinal 2D; se for uma TV 3D ready, entregará o sinal 3D side-by-side, realizando a decodificação de forma a identificar o "olho" esquerdo e direito. Assim, a TV receberá o sinal correto para exibição. Além, é claro, de precisar de uma TV 3D ready, o telespectador precisará de óculos especiais para que possa assistir ao 3D, como é feito nos cinemas.

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