Telejornalismo é o tema da série TV 60 deste sábado

"Boa Noite!", a expressão marca a entrada dos telejornais nos lares brasileiros. Com edições diárias, em horários diferentes, os noticiários informam os fatos que aconteceram no Brasil e no mundo com uma velocidade quase instantânea. Mas nem sempre foi assim. O terceiro programa da série TV 60, que será exibido neste sábado, às 22h, mostra a criação e a evolução dos telejornais desde o programa pioneiro até os principais noticiários dos dias de hoje.

No segundo dia de programação, 19 de setembro de 1950, a TV Tupi lançou o primeiro telejornal brasileiro chamado Imagens do Dia. O jornalista Maurício Loureiro, um dos editores do programa, revela que foi abordado no dia seguinte à transmissão por uma senhora que o acusou de não se dirigir a ela. A partir daí, ele começou a escrever os textos do jornal como se fossem diálogos de teatro. Dois anos depois, a emissora estreia o famoso Repórter Esso. Armando Figueiredo, ex-diretor de jornalismo da Tupi, fala da evolução dos noticiários: "No início tinham dois jornais e, aos poucos, o horário jornalístico foi sendo estendido para o meio dia e à noite". 

Na segunda metade da década de 50, com o programa 50 anos em 5, nasce a era Juscelino Kubistschek, o Brasil começa a se industrializar e o jornalismo ganha espaço na TV. Começa também o jornalismo político. A série relembra os programas Pinga Fogo, da TV Tupi; o Titulares da Notícia, da Band e o início da cobertura internacional. O jornalista Hilton Gomes relembra um fato marcante da época: "Quando cheguei à Washington, liguei a TV e estava passando o assassinato do condenado por matar o presidente Kennedy, Lee Oswald. Então liguei para TV Excelsior, única que estava no ar - as outras estavam em greve- e transmiti a notícia pelo telefone como se fosse rádio".

Essa dificuldade para enviar a notícia foi transposta pela tecnologia. Em fevereiro de 1969 aconteceu a primeira transmissão via satélite e, em julho do mesmo ano, a notícia era a chegada do Homem à Lua. Para José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, Boni, esse foi um dos principais momentos do telejornalismo: "A transmissão via satélite permitiu a integração do Brasil e a participação do país na chamada aldeia global". 

No mesmo ano, em setembro, entra no ar para todo o país o Jornal Nacional. Em depoimento, o jornalista Armando Nogueira, que faleceu recentemente, conta como foi o final do primeiro dia: "Eu me lembro muito bem que naquela noite, terminada a apresentação do jornal, eu gritei para os meus companheiros de trabalho no corte do jornalismo da Globo: 'E o boieng decolou'". Ele ainda lembrou da censura: "Infelizmente o jornal não pode noticiar, vítima da censura militar, o derrame cerebral sofrido pelo general Costa e Silva... Criamos o Fantástico que pretendia também passar informações nacionais e internacionais e aí a combinação de Jornal Nacional, Fantástico e Globo Repórter foi o tripé que nos permitia passar informações que a falta de sutileza dos oficiais não permitia que eles percebessem". 

O episódio também aborda as parcerias de sucesso entre jornalismo e esporte e a cobertura do Carnaval brasileiro. Além das principais notícias das últimas décadas como a queda das Torres Gêmeas, o Tsunami na Indonésia, a Guerra do Vietnã, os massacres em Uganda, entre outros fatos.

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