Participações especiais são destaque em shows na segunda noite de Planeta Atlântida

Mais de 90 mil pessoas assistiram a shows dos maiores artistas nacionais e locais nas duas noites de festa na Saba, em Atlântida


Mais de 80 atrações distribuídas em sete espaços de shows fizeram a festa de mais de 90 mil pessoas durante os dois dias do Planeta Atlântida 2012 – RS. Pouco antes das 5h deste domingo, o inglês Taio Cruz encerrou as apresentações da edição deste ano do evento, realizado na sede da Saba Campestre, na praia de Atlântida, em Xangri-Lá.

Abaixo, um resumo do que aconteceu no Palco Central nos dois dias de festa.

Para obter fotos do evento, acesse www.glowpress.com.br/planeta (login: planeta2012 / senha: atlantida).

Sábado (4)

A chuva até que tentou atrapalhar, se intensificando na hora em que iriam começar os shows do segundo dia do Planeta. Mas não foi páreo para o reggae da Chimarruts, que abriu a maratona, muito menos para o vigor do NX Zero, responsável por um grande número de hits cantados pela plateia. A única música da banda paulista não acompanhada pela multidão foi "Em Comum". Porque era inédita.

Em sua quinta participação consecutiva no evento, o NX Zero fez o que quis com os planetários. Botou a molecada para suar com "Não É Normal", "Além de Mim" e "Pela Última Vez". Chamou Emicida (atração do Palco Pretinho Convida) para dividir os vocais em "Só Rezo". Acalmou os ânimos com as baladas "Cedo ou Tarde", "Onde Estiver" e "Cartas para Você" – esta última, entoada por Di Ferrero sentado à beira do palco. Quando todos achavam que nada iria superar este momento, o grupo surpreendeu com uma versão invocada de "Could You Be Loved", de Bob Marley, preparando o clima para a saideira. A despedida foi com "Razões e Emoções", que contagiou toda a sede da Saba Campestre, na praia de Atlântida, em Xangri-lá. Empolgado, o vocalista tirou a camiseta e se atirou nos braços do povo.

Antes da comoção causada pelo quinteto, a massa havia se aquecido com o ritmo gostoso da Chimarruts. Devoto do som jamaicano, o combo portoalegrense deu o pontapé inicial com "Iemanjá" e manteve o astral lá em cima com "Versos Simples" e "Pra Ela". A apresentação teve espaço também para covers, como "Stir it Up" (Bob Marley), "My Girl" (Temptations) e "Meu Erro" (Paralamas do Sucesso).

Homenagem à Legião Urbana no show do Jota Quest

Em seguida, o Papas da Língua brindou o público com os sucessos "Eu Sei", "Blusinha Branca" e "I Fall In Love". Em "Pingos de Amor", o funkeiro Buchecha apareceu no telão. E, dali mesmo, fez um dueto virtual com Sergio Moah no clássico composto pelo baiano Paulo Diniz em 1971.

Na sequência, o Jota Quest presenteou os planetários trazendo o guitarrista Dado Villa Lobos e o baterista Marcelo Bonfá, ambos ex-Legião. Ambos entraram após os mineiros desfilarem seu consagrado repertório e emocionaram a multidão com o tributo a Renato Russo, pela primeiro vez no Rio Grande do Sul depois de ser aclamado como um dos maiores momentos do último Rock in Rio. Com Rogério Flausino no papel de Renato Russo, bastou Dado executar os primeiros acordes de "Tempo Perdido" para a Saba Campestre inteira acompanhar a letra. Vieram ainda "Quase Sem Querer", "Eu Sei" (cantada pelo guitarrista), "Que País É Esse?" (defendida por Bonfá) e o grande final, com "Será".

Ritmo de Marcelo D2 e O Rappa empolgou o público

A atração seguinte, Marcelo D2, teria de se  sforçar para não deixar a peteca cair. Movido pela batida perfeita que adotou em sua carreira solo e pelas rimas irreverentes que o fizeram uma das figuras mais controvertidas de sua geração, o rapper fez a molecada decolar logo no início, com "Vai Vendo" e "A Maldição do Samba". Aí foi só questão de levar na manha, homenageando Bezerra da Silva e Beth Carvalho, esmerilhando nas esperadas "Mantenha o Respeito" e "CB Sangue Bom" e tirando onda com "Qual É".

O Planeta Atlântida continuou com a cara do Rio de Janeiro com O Rappa, de volta às turnês após um hiato de dois anos. A banda esbanjou intensidade, tanto no inflamado discurso social de suas letras quanto pelos novos arranjos para músicas conhecidas ("Minha Alma", "Pescador de Ilusões" e "Rodo Cotidiano"), tornando-as mais densas. Mesmo nas menos badaladas ("Barro"), sobressaía a usina sonora do grupo.

Para participar de "Me Deixa", o vocalista Falcão convocou Rogério Flausino, do Jota Quest. Em seguida, o baixista Champignon, do Charlie Brown Jr., subiu ao palco para mandar "Zóio de Lula", de sua banda. Nas mãos dos cariocas, a levada jamaicana original foi encorpada com a utilização de efeitos que preenchiam os espaços de sua espinha dorsal. Para fechar com a pulsação a mil, o grupo despediu-se com "Reza Vela".

Os gritos das garotas começaram assim que Luan Santana foi anunciado como a próxima atração. E só paravam quando elas acompanhavam o ídolo cantando "Meteoro da Paixão", "Química do Amor" e "Nega". Na hora de "Chocolate", o cantor puxou uma fã para o palco e deu bombom na boca dela. Para acabar com tudo, ainda emendou um medley com "Panamericano", "Sou Praieiro", "Não Quero Dinheiro" e "Ai Se Eu Te Pego".

Final explosivo com Taio Cruz

Taio Cruz não precisou de mais do que um DJ para justificar toda a fama que tem. Foi com o desafio de superar ou, no mínimo, igualar o neo-sertanejo que Taio Cruz pegou o microfone.  Enquanto do fundo do palco trás eram disparadas bases pré-gravadas de uma mistura de rap, R&B e eletrônica, ele enfileirava músicas com lugar garantido em qualquer pista de dança atual. Seu show encerrou a 17ª edição do Planeta Atlântida, que reuniu 90 mil pessoas na sede da Saba Campestre, em Xangri-lá, no litoral gaúcho. Filho de brasileira com nigeriano, o inglês já começou bombando com "Hangover", casada com outra paulada, "Break Your Heart". Daí em diante, foi uma sucessão de músicas sem pausa entre uma e outra, incluindo as estouradas "Troublemaker" e "Dirty Pictures" e culminando com o final explosivo de "Dynamite".

Sexta-feira (3)

"Ah, eu sou gaúcho!". O brado ecoou forte por toda a sede da Saba Campestre quando o expoente da música nativista Neto Fagundes executou o Hino do Rio Grande do Sul, abrindo o Planeta Atlântida 2012 na tarde de sexta-feira (3).

Refrescados pela chuva, os planetários recepcionaram Armandinho, com o carinho dedicado a um velho conhecido. Nem poderia ser diferente: o cantor nascido em Santa Rosa (RS) e radicado em Itajaí (SC) tem uma relação especial com o evento. Já participou de seis edições e, na de 2003, começou a despontar para o país. Visivelmente emocionado, ele brindou o público com uma apresentação arrebatadora.

Além dos hits que todos sabiam na ponta da língua ("Rosa Norte" e "Reggae das Tramanda"), Armandinho trouxe uma série de surpresas. Cantou em espanhol, citou Jimi Hendrix ao arriscar "Voodoo Child" na guitarra e chamou os catarinenses do Dazaranha e o conterrâneo Vitor Kley para juntarem-se a ele no palco. E, novamente, a multidão urrou "ah, eu sou gaúcho!". A vibração continuou em alta com "Toca uma Regueira Aí" e, para fechar, Armandinho mandou outro grande sucesso, "Semente".

A Fresno veio em seguida e deixou muito clara a sua alegria por estar ali. Não é para menos, pois a banda nasceu em Porto Alegre e cresceu no evento. Sua pegada roqueira incendiou a molecada com "Deixa o Tempo", "Revanche" e "Eu Sei". Para completar, dispararam um trecho do Hino Rio-Grandense, botando a gauchada em chamas.

A seguir, Lulu Santos uniu gerações e recordou músicas que fizeram sua fama nos últimos 30 anos – joias do quilate de "Toda Forma de Amor", "Quando Um Certo Alguém" e "O Último Romântico". De guitarra em punho, o veterano carioca chegou a se despedir em clima de zen-surfismo com "Como Uma Onda". A empolgação, porém, foi maior e ele voltou para a saideira de verdade, "Tempos Modernos".

Quem viu um novo começo de era foram os fãs do Charlie Brown Jr. Ou melhor, um recomeço: celebrando o retorno do baixista Champignon e do guitarrista Marcão, os santistas incluíram muitos clássicos da formação original no repertório. Logo de cara, descarregaram "Te Levar", "Zóio de Lula" e "Tudo que Ela Gosta de Escutar" – o que não deixou de ser também um tributo à trajetória da própria banda no festival, onde já tocou em 11 edições. Houve espaço ainda para o vocalista Chorão homenagear Bob Marley, com "Three Little Birds", antes de encerrar com "Papo Reto".

Ivete eletriza o litoral gaúcho na voltagem do carnaval baiano

De cabelo preso, vestido dourado e microfone na mão, Ivete Sangalo tocou as primeiras notas em um andamento lento. Soltou a voz, bem devagar: "Aceleraê..." Foi o estopim para, assim que a cantora apareceu em cena, o Planeta Atlântida reproduzir a energia do carnaval de Salvador. Sem abadá, mas com milhares de foliões pulando no litoral gaúcho.

Acostumada a encarar multidões, a baiana recheou seu show de hits do início ao fim, como "Chão da Praça", "Na Base do Beijo" ou "Sorte Grande (Poeira)", alternados com versões. A lista incluiu "Amor Igual ao Teu" (Cidade Negra), "Não Quero Dinheiro" (Tim Maia), "Abra Suas Asas" (Frenéticas), "I Love to Love" (Tina Charles) e "País Tropical (Jorge Ben). Entre uma e outra, ela atiçava a massa. "Eu queria estar aí no meio, o que vocês acham? Vou?", perguntou. Não dá ideia!

Antes de o sertanejo tomar conta do pedaço, o Capital Inicial lembrou que o rock sempre terá espaço no festival e no coração da juventude. Experiente, a banda investiu em um set list eficiente, que incluiu Clash ("Should I Stay or Should I Go"), Raimundos ("Mulher de Fases, com participação do guitarrista Digão) e, claro, os hinos dos brasilienses, representados pela quadra "Música Urbana", "Fátima", "Veraneio Vascaína" e "Que País É Esse?". O desfecho pendeu para o lado mais moderno do grupo, com "À Sua Maneira".

Sucesso internacional faz público vibrar com Michel Teló


Michel Teló
estreou no Planeta Atlântida com a moral na estratosfera. Tocou as conhecidas "Ei, Psiu, Beijo Me Liga" e "Fugidinha". Chamou Jonathan Correa, do Reação em Cadeia, para juntos cantarem "Me Odeie", da banda gaúcha. Na sanfona, reverenciou o regionalismo com as clássicas "Saudade da minha terra", "Canto Alegretense" e "Querência Amada".

Mas tudo funcionou como um prenúncio para o momento "Ai Se Eu Te Pego", introduzido pela exibição de imagens de celebridades e anônimos de diversas nacionalidades a cantando ou fazendo sua coreografia. Terminado o vídeo, Teló nem precisou cantá-la ao vivo, porque o público se encarregou disso. Como foi o responsável, também, por puxar a versão em inglês. Impressionado, o artista contou que só faltam dois países para a música chegar ao primeiro lugar na Europa.

Sean Kingston encerra primeira noite enfileirando hits

O rapper americano Sean Kingston encerrou a primeira noite do Planeta Atlântida mostrando porque está estourado lá fora. Acompanhado apenas por um DJ, o aniversariante – 22 anos completados nesta sexta-feira – entoou hit atrás de hit, fazendo as cerca de 50 mil pessoas dançarem como se já não estivessem há mais de 12 horas curtindo os shows
realizados na Saba Campestre.

Kingston já queimou um de seus trunfos na largada, com "Me Love", que cita "D'yer Maker", do Led Zeppelin. Mas havia outros ases na manga, descartados em "Letting Go" (na qual convidou oito garotas da plateia para subirem ao palco) "Eenie Meenie" e "Fire Burning". Valeu de tudo para manter o público aceso, até "Party Relock", do LMFAO. No final, ele mesmo puxou o "happy birthday", sendo seguido por um coral gigante.

 

Em anexo, foto do mosh do vocalista Di Ferrero do NX Zero (crédito: Eduardo Biermann/GlowPress) e vista aérea do Planeta na noite de sexta-feira (crédito: Franco Rodrigues/GlowPress).


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