Descoberta: informações dão respaldo à teoria sobre o possível local onde estaria uma pintura perdida de Leonardo Da Vinci

Depois de 30 anos de buscas, foram encontradas evidências de "A Batalha de Anghiari" atrás de uma obra de Vasari no Palazzo Vecchio de Florença.

 

Este domingo, o Nat Geo faz a estreia mundial de

"O Da Vinci Perdido", com conteúdo inédito

 

 

Quarta-feira, 14 de Março de 2012 - Durante uma investigação que acontecia no Palazzo Vecchio de Florença, no final do ano passado, foram encontradas evidências que parecem dar respaldo à teoria de que existe uma pintura de Leonardo da Vinci na parte leste do Salão dos Quinhentos, atrás do afresco "Batalha de Marciano", de Giorgio Vasari. Os dados que informam a suposta localização da pintura "A Batalha de Anghiari", de Da Vinci, foram obtidos utilizando uma sonda endoscópica inserida através da parede em que está pintada a obra de Vasari. A sonda, que tinha uma câmera, permitiu que a equipe de investigadores liderada pelo cientista Maurizio Seracini visse o que havia atrás da obra de Vasari e colhesse amostras para serem analisadas. Após esta descoberta, o Nat Geo apresenta neste domingo, 18 de março, às 22h45, a estreia de "O Da Vinci Perdido", com conteúdo inédito.

 

A extensa investigação foi conduzida pela National Geographic Society e pelo Centro de Ciências Interdisciplinares para Arte, Arquitetura e Arqueologia (CISA3) da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), em cooperação com a cidade de Florença. As investigações realizadas no Salão dos Quinhentos do Palazzo Vecchio culminaram com a colaboração da Superintendência de Patrimônio Cultural de Florença e do Opificio delle Pietre Dure, um centro estatal italiano de restauração artística com sede em Florença.

 

Usando tecnologia endoscópica fornecida pela Olympus and Wolff, os investigadores puderam olhar por trás da obra de Vasari e obter amostras para serem analisadas. As informações obtidas pela análise química, embora não conclusivas, sugerem a possibilidade de que uma pintura de Da Vinci, que supostamente havia sido destruída quando o Salão dos Quinhentos foi remodelado em meados do século XVI, poderia estar por trás da obra de Vasari.

 

"Os dados são encorajadores", afirmou Maurizio Seracini, parceiro da National Geographic e diretor fundador do UCSD CISA 3. "Apesar de estarmos ainda em fase preliminar de investigação, e de haver ainda muito trabalho a ser feito para resolver este mistério, as evidências sugerem que estamos procurando no lugar certo."

 

Seracini e sua equipe informam que existem quatro linhas de investigação que dão respaldo à hipótese de que a pintura perdida de Leonardo da Vinci esteja atrás do afresco de Vasari:

 

1. O material encontrado atrás do afresco de Vasari tem uma composição química similar ao pigmento negro encontrado em tintas marrons de Mona Lisa e São João Batista, de Leonardo Da Vinci, identificado em um trabalho científico recentemente publicado pelo Louvre, onde foram analisadas todas as pinturas de Da Vinci da coleção do museu.

2. Foram encontrados flocos de material de cor vermelha. As análises destas amostras parecem indicar que trata-se de material orgânico que poderia estar associado à laca vermelha. É pouco provável que este tipo de material esteja presente em uma parede comum.

3. As evidências visuais obtidas com imagens endoscópicas de alta definição sugerem que um material de cor bege visto na parede original só poderia ter sido aplicado com um pincel para pintura artística.

4. A equipe de investigação confirmou a existência de um espaço, originalmente identificado através de estudos com radar feitos no salão, entre a parede de tijolos em que Vasari pintou seu afresco e a parede localizada atrás dela. A descoberta sugere que Vasari pode ter conservado a obra-prima de Da Vinci, construindo uma parede em frente a ela naquele lugar. Em nenhum outro lugar do salão existe este tipo de espaço.

 

Seracini, engenheiro por formação e um dos especialistas de maior destaque do mundo no campo de diagnóstico artístico, iniciou sua busca no afresco há mais de 30 anos. Na década de 70, notou as palavras "cerca trova" – "quem procura, acha" – pintadas no afresco de Vasari e acreditou que seria uma chave para o mistério da obra perdida de Da Vinci. A partir de então, Seracini conduziu estudos com laser, térmicos e com radares no salão e determinou a localização mais provável da obra de Da Vinci.

 

Quando lhe foi dada a oportunidade de conduzir uma investigação endoscópica pela da obra de Vasari, Seracini identificou quatorze áreas a explorar. Depois de consultar os especialistas do Opficio delle Pietre Dure, foram escolhidos seis pontos de entrada. Estes pontos foram eleitos por restauradores do Opficio delle Pietre Dure em lugares onde não há pintura original de Vasari, para que as perfurações não danificassem a obra original. Os especialistas do Opficio delle Pietre Dure realizaram as perfurações para que depois a equipe de Seracini introduzisse as sondas com câmera para ver a parede de trás e colher amostras. A análise das amostras foi realizada com instrumentos portáteis no local, pelo laboratório Editeh com sede em Florença e Pontlab, um laboratório de análises privado de Pontedera, na Itália.

 

"Dado que os pontos por onde foram ingressamos estavam na periferia da área que queríamos explorar originalmente, os resultados obtidos são muito encorajadores", afirmou Seracini.

 

"O Da Vinci Perdido" estreia mundial no Nat Geo, domingo, 18 de março, às 22h45. 


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