Documentário revela experiências de mulheres que contraíram o vírus HIV em relações estáveis

 
Inédita no SescTV, a produção vai ao ar no dia 26/08, domingo, às 21h
  
  
  
Pouco divulgada na mídia atualmente, a AIDS é discutida no documentário Positivas, dirigido por Susanna Lira. São relatos de mulheres de diferentes idades que contraíram o vírus HIV com seus maridos e companheiros. Entre os temas apresentados por elas estão: reações que tiveram ao saberem que eram soropositivas; suas experiências; o pensam sobre o assunto; a relação com a família; o preconceito sofrido; e o que mudou na vida de cada uma após o diagnóstico. Realizado pela Modo Operante Produções, o documentário estreia no dia 26/08, domingo, às 21h, no SescTV. 
  
Uma das entrevistadas, Rosária, 53, é estrangeira e reside na Bahia. Soropositiva há dez anos e mãe de três filhas, adquiriu o vírus HIV com o marido, usuário de drogas. Descobriu como essa bactéria podia ser transmitida, inclusive pela mama, ao levar o marido ao médico. Entrou em pânico porque havia amamentado a filha e três netos. 
  
Silvia, 45, moradora de São Paulo e há 15 anos com o vírus HIV, estava casada havia 14 anos quando o marido recebeu o diagnóstico de que estava infectado com o vírus da AIDS. Silvia conta que na época, 1994, por falta de informação, acreditava que havia sido traída pelo marido durante o casamento. Ela nem podia imaginar a possibilidade da bactéria permanecer incubado por 10, 15 anos.  Na época não havia medicamentos e o marido logo veio a falecer. Ela e o filho de um ano e meio na ocasião fizeram o teste. O dela deu positivo e o dele negativo. 
  
Medianeira, 56, técnica de enfermagem, vive em Porto Alegre e há 12 anos é portadora do vírus HIV. Casou-se aos 44, e três meses depois se separou ao descobrir que o marido era homossexual. Ela conta que a doença do marido era de conhecimento dos pais dele que não falaram nada para ela. Cida, 54, soropositiva há nove anos e cega, moradora do Rio de Janeiro, lembra que só usou preservativo no início do relacionamento. "Quando você confia no outro, quando acredita, quando você ama, acha que o amor imuniza", expõe. 
  
O programa também mostra depoimentos de outras três mulheres. Ana Paula, 40, funcionária pública, vive em Brasília e há 12 anos foi contaminada pelo vírus HIV. Ela acredita que a dependência financeira de muitas mulheres e os tabus, ainda existentes na sociedade quando o assunto é sexualidade, funcionam como vilões nas relações entre homens e mulheres, impedindo que essas esposas ou companheiras se recusem a ter relações sexuais sem o uso do preservativo.   
  
Heli, 65 anos, convive há 14 com o vírus HIV. Pacata, ela discorre que viveu um casamento de 31 anos sem o uso de preservativos. Certo dia foi ao médico e veio diagnóstico. "É como se a gente tivesse dizendo assim: 'é gripe', ele disse: 'é AIDS', recorda. Já Michelle, 24, e há quatro anos com a infecção, acabou de ter um bebê e foi demitida do emprego devido ao preconceito por ser soropositiva. 
  
Essas mulheres também conversam sobre a reação que tiveram ao saber do diagnóstico; a dificuldade de conviver com o vírus da AIDS e de contar para os familiares e amigos; a reação de cada um; os efeitos colaterais; a falta de informação; a vulnerabilidade feminina; e o machismo. O documentário contempla ainda a participação delas em movimentos sociais que se dedicam à prevenção e à conscientização da população do perigo do vírus HIV, como o GAPA, na Bahia, e o Grupo Pela Vidda, no Rio de Janeiro. 
  
Positivas recebeu os prêmios de Melhor Documentário do Festival do Rio 2010, pelo voto popular, e Melhor Documentário no Festival de Natal 2010, na Mostra Vidas na Tela. O documentário também foi selecionado nos festivais Mujeres en Foco, na Argentina; no Festival Internacional de Bogotá e Cartagena, na Colômbia; no Festival Internacional do Uruguai; e no Brèsil en Mouvements, na França. 
  
  
Sobre o SescTV
  
Um canal de televisão, 24 horas por dia dedicado à cultura, credenciado pelo Ministério da Cultura como canal de programação composto exclusivamente por obras cinematográficas e audiovisuais brasileiras de produção independente, conforme Portaria nº 137, publicada em 27 de outubro de 2010. 
  
Sua grade de programação é permeada por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com grandes nomes da música e da dança. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras artes também estão presentes na programação. 
  
  
SERVIÇO: 
  
Documentário 
Positivas
Estreia: 26/08, domingo, às 21h 
Classificação Indicativa: 14 anos 
Direção: Susanna Lira 
Produtora: Modo Operante Produções 

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