Companhias de teatro buscam novos elementos para suas encenações


 
Integrantes de grupos da Bahia, Rio de Janeiro, Ceará e Paraíba falam sobre seus processos de trabalho, que não se prendem a teorias e técnicas tradicionais, em episódio inédito da série Teatro e Circunstância  
 
  
Com curadoria e entrevista de Sebastião Milaré e direção de Amilcar M. Claro, o programa Modos Contemporâneos da Criação Dramática - Vias de Buscas e Rupturas conversa com diretores e atores das companhias Teatro Popular de Ilhéus (BA), Grupo Armazém Cia de Teatro (RJ), Grupo Bagaceira (CE) e Grupo de Teatro Bigorna (PB), que discorrem sobre o processo de seus trabalhos em busca de novas teorias e técnicas para montar seus espetáculos. Inédito, o programa vai ao ar no dia 26/03, terça, às 22h, na série Teatro e Circunstância. 
  
O programa apresenta o Teatro Popular de Ilhéus, criado em 1995, e seu objetivo de trabalhar com jovens artistas e desenvolver um teatro sociopolítico. A companhia busca elementos contemporâneos para suas encenações, como a técnica baseada nos mondrongos (seres deformados), uma forma de unir métodos do teatro épico às manifestações do popular, sempre criando uma aproximação com as comunidades. A inspiração do grupo vem do Teatro Invisível de Augusto Boal. Os roteiros das peças abordam histórias reais da própria comunidade, como em Teodorico Majestade, sobre as últimas horas de um prefeito.  
  
No Rio de Janeiro, o episódio mostra a Armazém Companhia de Teatro, que traz fortes referências da diversidade cultural vivida pela cidade Londrina – PR, na década de 1980, onde o grupo foi criado em 1987 e permaneceu até 1998. Nesse período, a companhia cravou suas raízes em ideias de artistas como Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção, poetas, oficinas de Eugênio Barba e de Carlos Cueva e, até mesmo, de artistas e grupos estrangeiros, como do bailarino japonês Kazuo Ohno. O programa aborda, entre outros temas, o jeito diferente de fazer teatro da Armazém e a mudança na dramaturgia do grupo com a entrada de  Maurício Arruda Mendonça, em 1995. Desde então, os atores participam da construção dos espetáculos. 
  
No Ceará, o episódio destaca o Grupo Bagaceira, fundado no ano 2000 a partir de um festival de enquetes em Fortaleza, que influenciou o trabalho da companhia. Adeptos a cenas curtas, experimentações e impacto visual, a companhia possui entre seus integrantes o ator, diretor e artista plástico Yuri Yamamoto. A particularidade de Yamamoto, o desenho, se transforma em técnica que é utilizada nos atores e na construção de bonecos que são manipulados por eles. Entre os espetáculos do grupo está Por que a Gente Não é Assim? Ou Por que a Gente é Assado?, dirigido por Yamamoto, encenado com máscaras. 
  
Em João Pessoa – PB, a produção conhece a história do Grupo Teatro de Bogorna, fundado na década de 60, após o ator e diretor Fernando Teixeira participar de um curso no Teatro Oficina em São Paulo. Depois de algum tempo em João Pessoa, o diretor quis respirar a contemporaneidade e retorna a São Paulo, desta vez para estudar na USP, onde teve contato com teorias dos diretores Jerzy Grotowski, polaco, Antunes Filho e Gerald Thomas, brasileiros, entre outros. Volta par seu estado e, em 1998, o Borgorna recebe uma nova integrante, a atriz Fabíola Morais, que junto com Teixeira, inserem atores da nova geração no elenco e fortalecem a estética da fome e das misérias humanas em seus espetáculos. 
  

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