No “Viva o Sucesso”, Gilberto Gil revela suas inseguranças e conta que aprendeu a gostar da própria música


Cantor avalia a trajetória profissional e fala sobre a passagem pela política


Gilberto Gil é o convidado do "Viva o Sucesso" da próxima quarta, dia 29. Em um bate-papo descontraído, o baiano fala sobre a inserção na política, revela suas inseguranças e lembra o início da carreira, que começou na década de 1960, em Salvador. Com mais de 50 álbuns gravados, ele não pensa em aposentadoria: "Dois elementos me fazem continuar a cantar: o primeiro sou eu mesmo, pois tenho muita satisfação com música e aprendi a gostar de mim. O segundo é o reconhecimento dos outros". 

Modesto, Gil afirma que não se considera um grande músico e define-se como 'músico da música dele': "O que falta na minha carreira é o que faltou desde o início. Faltou em mim um certo tipo de músico quem não vem mais". E continua: "Quando criança, eu não me identificava com a absorção das técnicas e a compreensão profunda das teorias, mas, como espiritualmente a música era presença inevitável, resolvi me valer da minha intuição". 

Além da vida artística, ele ingressou no universo político em 1989, quando elegeu-se vereador em Salvador, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em janeiro de 2003, o presidente Luís Inácio Lula da Silva tomou posse e o nomeou para o cargo de Ministro da Cultura, onde permaneceu durante cinco anos e meio. "Fui trabalhar com política porque tinha vontade de ter sucesso. Quero fazer coisas que sejam reconhecidas, com as quais as pessoas se identifiquem e que beneficie a vida delas. É um serviço público. Eu queria aplauso", declara. 

Ao lembrar o período da Ditadura no Brasil, quando foi preso e perseguido, Gil afirma ter sentido medo, mas ainda assim, a música continuava presente e forte na vida dele: "Um dia no quartel, um sargento me deu um violão e com aquele instrumento compus quatro canções em dois meses. Três delas foram gravadas posteriormente: 'Cérebro Eletrônico', 'Vitrines' e 'Futurível'. Mesmo na situação mais difícil, a música estava ali me salvando". 

Pai de oito filhos, o cantor conta que nunca influenciou nenhum deles a seguir a carreira artística e orgulha-se igualmente dos quatro que optaram e pela música e dos demais que escolheram outras profissões. Foi dessa mesma maneira que o pai dele agiu quando soube que o filho iria largar a administração de empresas para investir na música: "Eu era trainee de uma empresa em São Paulo quando liguei para ele com essa questão e tive total liberdade para decidir. Apesar de fazer gosto que eu seguisse a profissão de administrador, meu pai era muito liberal", recorda. 

Durante a entrevista, Gilberto Gil faz questão de frisar que é uma pessoa como outra qualquer e que também conserva inseguranças e receios: "Toda vez que vou fazer um show, me pergunto: 'será que tem público? Será que vão vir?' Isso permanece até hoje. Parece que a gente não tem íntimo, uma coisa meio de semideuses, parece que a gente não sofre", finaliza.

"Viva o Sucesso" (Classificação livre) – Inédito
VIVA - Canal Globosat

Quarta-feira, dia 29, às 21h
Horários alternativos: sábado, às 18h e domingo, às 20h

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