Dia da Consciência Negra inspira programação no Futura


Canal exibe entrevistas com ativistas do movimento negro no Conexão Futura e documentário sobre comunidades quilombolas no Maranhão, além das novas temporadas das séries "Heróis de Todo Mundo" e "Diz Aí"

 

Em sintonia com o dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro (quarta-feira), o Futura preparou uma programação voltada para a reflexão sobre o negro na sociedade brasileira. 

De 18 a 22/11 (segunda a sexta-feira), o Conexão Futura apresenta, às 15h20, entrevistas com educadores e ativistas ligados ao movimento negro. Estarão no estúdio o jornalista e fotógrafo Walter Firmo, a conselheira da Rede Nacional de Religião de Matrizes Africana e Saúde (Renafro) Valdina Pinto, o coordenador do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser) Marcelo Paixão, a fundadora a Casa de Cultura da Mulher Negra (CCMN) Alzira Rufino e o diretor do Museu Afro Brasil de São Paulo Emanoel Araújo.

No dia 20 (quarta-feira), o telespectador confere a estreia da nova temporada de Heróis de Todo Mundo. A série retrata personalidades da cultura afro-brasileira que se destacaram na história do país. Com linguagem ficcional que mistura elementos documentais, cada episódio terá dois minutos de duração. O Futura transmite a atração nos intervalos da programação, de quarta a sexta-feira, às 19h55. No elenco, atores como Sheron MenezesTony Tornado e Cris Vianna dão vida a figuras históricas: Esperança Garcia, Dom Obá e Chica da Silva, respectivamente. O programa integra o projeto social de valorização do patrimônio cultural afro-brasileiro A Cor da Cultura, que produz conteúdos impressos e séries de televisão distribuídos em um kit educativo para escolas públicas.

No mesmo dia, vai ao ar o Diz Aí – Enfrentamento ao Extermínio da Juventude Negra, feito em parceria com grupos jovens que atuam nos estados do Pará, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. A série busca fomentar reflexões e trazer experiências que contribuam para o combate à violência e para a diminuição das altas taxas de homicídio que vitimizam os jovens brasileiros, especialmente, os jovens negros. Os episódios, com duração de 10 minutos cada, serão exibidos às quartas-feiras, 20h.

Kilombos, filmado em comunidades do Maranhão, aborda no dia 21 (quinta-feira), às 22h, a questão dos direitos dos quilombolas. Entram na pauta, além do direito à propriedade, o acesso à saúde, à educação e a fontes de rendimento sustentáveis. O documentário é uma produção do Instituto Marquês de Valle Flôr, de Portugal, com direção de Paulo Nuno Vicente.

 

Conexão Futura – Especial semana da Consciência Negra – de 18 a 22/11

Exibição: segunda a sexta-feira, 15h20

 

Heróis de Todo Mundo

Estreia: 20/11 – quarta-feira

Exibição: quarta a sexta-feira, às 19h55

 

Diz Aí – Enfrentamento ao Extermínio da Juventude Negra

Estreia: 20/11 – quarta-feira

Exibição: quartas-feiras, 20h

 

Kilombos

Exibição: quinta-feira, 22h

Reprises: sexta-feira 13h30, sábado 17h e domingo 20h

Duração: 50 min

Classificação indicativa: livre

Direção: Paulo Nuno Vicente

Produção: Instituto Marquês de Valle Flôr

Ano de produção: 2012

País: Portugal

Gênero: Documentário

 

Mais informações sobre os convidados do Conexão Futura e os personagens do Heróis de Todo Mundo

 

18/11 – Conexão Futura

Convidado: Walter Firmo, jornalista e fotógrafo

 

Um dos fotógrafos mais premiados do Brasil, autodidata, iniciou sua carreira no jornalismo. Passou pela publicidade, fez capas de discos e  fotografou artistas e personalidades. Na Colônia Juliano Moreira, manicômio do Rio de Janeiro,  acompanhou o artista plástico Bispo do Rosário. O resultado foi a exposição  que está em cartaz até 15 de novembro no Centro Cultura da Caixa Econômica. Ele lançou também o livro "Um Olhar Sobre Bispo do Rosário".
 
19/11 – Conexão Futura

Convidado: Valdina Pinto, educadora  e ativista (Makota) 

É membro do Conselho Estadual de Cultura da Bahia e conselheira da Rede Nacional de Religião de Matrizes Africana e Saúde – Renafro. Atuante no candomblé recebeu o título de Makota,  um termo usado nos terreiros da Angola, uma espécie de assessora que lidera a comunidade religiosa. Makota recebeu diversas condecorações por seu papel na  preservação do patrimônio cultural afro-brasileiro e  vai lançar no dia 26 de novembro o livro "Meu caminhar, meu viver", que fala da sua trajetória.


20/11 – Conexão Futura

Convidado: Marcelo Paixãoprofessor de Economia e diretor do Laeser 


Intelectual, economista, professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Laeser - Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais. No momento, está lançando dois livros:  "A lenda da modernidade encantada", uma crítica ao pensamento social brasileiro sobre relações raciais, e "Projeto de Estado-Nação  e 500 anos de solidão", estudo sobre as desigualdades raciais no Brasil.

 

21/11 – Conexão Futura

Convidado: Alzira Rufino, ativista no Movimento Negro e no Movimento de Mulheres Negras

 

Alzira Rufino é uma ativista política. Em 1986, fundou o Coletivo de Mulheres Negras da Baixada Santista, um dos mais antigos grupos de mulheres negras do Brasil. Em 1990, fundou a Casa de Cultura da Mulher Negra (CCMN). Tem publicado artigos em jornais e revistas brasileiras e do exterior.


22/11 – Conexão Futura

Convidado: Emanoel Araujo, artista plástico e diretor-executivo e curador do Museu Afro Brasil SP 

 
Além das artes  plásticas, atua como escultor, pintor, cenógrafo e curador. Esteve à frente do Museu de Arte da Bahia, fundou e dirigiu por dez anos a Pinacoteca de SP e atualmente dirige o Museu Afro Brasil de São Paulo.

 

Os "heróis"

 

Abdias do Nascimento (encenado pelo ator Antônio Pompêo)

Ex-deputado, secretário estadual e senador, Abdias foi também pintor autodidata, escritor, jornalista, poeta e ator. Ganhou reconhecimento pelo engajamento na defesa dos direitos humanos dos afrodescendentes, que lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz em 2010.

 

Ana das Carrancas (encenada pela atriz Lea Garcia)

Considerada uma das artesãs e ceramistas mais populares do Nordeste, a sertaneja Ana Leopoldina dos Santos ficou conhecida no mundo das artes como Ana das Carrancas. Ela homenageava seu marido José Vicente, deficiente visual, na maioria das peças, marcadas com os olhos vazados. A obra peculiar foi apresentada em feiras e exposições pelo país. A artista faleceu em 2008, aos 85 anos.

 

Aniceto do Império (encenado pelo sambista Bira Presidente)

Grande nome do samba do partido-alto, uma das variações do estilo marcada pelo improviso, Aniceto foi um dos fundadores da tradicional escola de samba carioca Império Serrano, em 1947.

 

Bispo do Rosário (encenado pelo ator Wilson Rabelo)

Artista plástico brasileiro que ganhou fama na década de 1980 quando foi encontrado no centro psiquiátrico Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro. Ele viveu no manicômio durante 50 anos e dentro de um quartinho produziu obras impressionantes, famosas pela originalidade e expressividade, como colagens, tapeçarias, estandartes, pinturas e bordados.

 

Cartola e Dona Zica (encenados pelos compositores Gabriel Moura e Mariene de Castro)

Fundador da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, Angenor de Oliveira foi um cantor, compositor, poeta e violonista. Ao lado de sua esposa Dona Zica, inaugurou o Zicartola na década de 1960, reduto de grandes nomes da música brasileira que reunia representantes da bossa nova da zona sul carioca e sambistas do morro.

 

Chica da Silva (encenada pela atriz Cris Vianna)

Umas das personagens mais populares na história do Brasil, Chica da Silva foi uma escrava alforriada que ganhou notoriedade com o poder e a riqueza conquistados por meio da sua relação com um contratador de diamantes nas Minas Gerais do século 18.

 

Clementina de Jesus (encenada pela atriz Zezeh Barbosa)

Trabalhou por 20 anos como empregada doméstica para se sustentar até se apresentar nos palcos do Rio de Janeiro como intérprete. Seu canto, muito influenciado pelos terreiros de candomblé, conquistou a crítica, compositores, artistas e o público. Apenas em 1964, aos 62 anos, conseguiu o reconhecimento como artista.

 

Dom Obá (encenado pelo ator Tony Tornado)

Uma figura incomum na história brasileira, Cândido da Fonseca Galvão, conhecido como Dom Obá II d' África, tornou-se um dos pioneiros na luta pela igualdade racial no Brasil. Lutou na Guerra do Paraguai e frequentava as audiências públicas de D. Pedro II no século 19.

 

Esperança Garcia (encenada pela atriz Sheron Menezes)

Nascida no Piauí, em 1770, a escrava Esperança Garcia destacou-se pela sua coragem ao escrever uma petição dirigida ao governador da capitania denunciando os maus-tratos sofridos na fazenda em que vivia. Virou símbolo da luta pela liberdade dos negros.

 

João do Vale (encenado pelo apresentador MV Bill)

Natural do Maranhão, na década de 1950 conquistou a fama pelos seus baiões. Suas canções foram gravadas por grandes nomes do cenário musical da época, como Maria Bethânia e Chico Buarque, que interpretaram "Carcará".

 

Maria Firmina (encenada pela atriz Lucy Ramos)

Autora do primeiro romance abolicionista e uma das raras representantes da literatura feminina no Brasil do século 19. Ela escreveu o livro intitulado "Úrsula", uma produção que apresentava a temática do negro e a condição dos afrodescendentes na sociedade daquela época.

 

Mestre Valentim (encenado pelo cantor Tonho Matéria)

Valentim foi escultor e entalhador. Ao lado de Aleijadinho e Manuel da Costa Ataíde, tornou-se um dos nomes mais importantes da arte colonial brasileira.

 

Oliveira Silveira (encenado pelo cineasta Joel Zito)

Nascido em 1941, Oliveira foi pesquisador, historiador e poeta, além de um dos idealizadores do dia da consciência negra no Brasil, celebrado em 20 de novembro.

 

Thereza Santos (encenada pela ativista social Matilde Ribeiro)

Atriz, educadora e filósofa, atuou durante 50 anos no movimento negro. Na África, participou, como guerrilheira, do movimento de libertação de Guiné-Bissau e de Angola.

 

Zózimo Bulbul (encenado por Walter Rosa)

Foi ator, cineasta e roteirista brasileiro. Em 1969, tornou-se o primeiro negro a protagonizar uma novela brasileira, "Vidas em Conflito" da TV Excelsior.

 

O projeto A Cor da Cultura

Iniciado em 2004, em consonância com a Lei 10.639, que acaba de completar 10 anos, "A Cor da Cultura" produz conteúdos audiovisuais e pedagógicos que visam valorizar o patrimônio cultural afro-brasileiro. Para tal, alia a exibição nacional de programas sobre a temática ao uso desse conteúdo na formação de educadores. De 2010 a 2012, o projeto formou mais de 4 mil profissionais da rede de ensino (professores, técnicos e coordenadores pedagógicos) em oficinas presenciais.

Em 2014, o projeto contará com mais dois programas. O infantil Livros Animados vai ganhar dez episódios, de trinta minutos cada, com novas dicas que estimulam o hábito da leitura ao mesmo tempo em que proporcionam uma visão multirracial. Experiências bem-sucedidas na área de educação vão conduzir os vinte programas inéditos, com duração de sete minutos, de Nota 10 – Especial A Cor da Cultura.

Para mais informações, educadores e público em geral podem acessar o site www.acordacultura.org.br, que funciona como um ambiente de gestão, relacionamento e espaço para retirada de dúvidas. "A Cor da Cultura" é uma parceria entre Petrobras, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro (CIDAN), Ministério da Educação, por meio do SECADI, Ministério da Cultura, por meio da Fundação Cultural Palmares, Fundação Roberto Marinho, via Canal Futura, e TV Globo.

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