SescTV apresenta documentário sobre William Kentridge

  
A produção mostra o processo criativo do artista plástico sul-africano 
  

 Obra: Procissões de Sombras (1999). Foto: Divulgação.

Episódio da série Videobrasil na TV exibe, dia 20/10, segunda, às 23h, no SescTV, o documentário Certas Dúvidas de William Kentridge, dirigido por Alex Gabassi. A atração expõe o processo criativo do artista plástico sul-africano William Kentridge e integra um grupo de oito programas que a série exibe com o tema Videobrasil Coleção de Autores, sobre o processo de criação de artistas contemporâneos, que se destacam no Brasil e no exterior. 
  
Concebidos e produzidos pela Associação Cultural Videobrasil em parceria com o Sesc São Paulo, os episódios são assinados por diretores convidados, que inserem em seus trabalhos características próprias. "Essa temporada nasceu a partir da perspectiva de produzir uma série de documentários sobre artistas", conta a presidente e curadora do Videobrasil, Solange Farkas. 
  
Antecedendo a exibição do filme, o diretor Alex Gabassi comenta sobre como foi sua aproximação com Kentridge, um dos nomes da arte contemporânea sul-africana. O artista começou a desenhar aos três anos de idade e só decidiu ser profissional na fase adulta. "Estava trabalhando em teatro e dando aulas de arte sem nunca pensar que era isso o que faria da vida", conta. 
  
Hoje seu currículo traz desenhos, filmes, instalações, esculturas, teatro e ópera. Entre suas obras está Procissão de Sombras (1999), filme de 35m transferido para vídeo, no qual ele insere elementos do teatro. "Era uma forma de trabalhar com marionetes", esclarece. O artista mostra o processo de criação dessa produção. 
  
Para falar de Kentridge, o documentário o acompanha por Johannesburgo, cidade da África do Sul, onde fica o seu estúdio, e pelo Brasil. O artista articula sobre a paisagem e as contradições sociais presentes em sua arte, e os personagens de seus curtas-metragens de animação, como Feliz Teitlebaum e Soho Eckstein. 
  
Adepto ao acaso, Kentridge não se considera intuitivo. Quando procura uma bela paisagem para seus trabalhos, se interessa pelo aspecto mais imprevisível do que aquele que ele está observando. Ele olha em volta e faz enquadramento onde nada possa chamar a atenção. "É quase como uma composição descoberta por acaso, que invariavelmente é mais interessante e diz mais sobre a paisagem, do que uma imagem concebida de maneira clássica", explica. 
  
Kentridge fala sobre a dificuldade em usar cores em suas criações, o que faz com que ele use carvão em muitas delas; a semelhança que há entre a cidade de São Paulo e Johannesburgo; e o Rio de Janeiro e o seu carnaval. Na Cidade Maravilhosa, o artista sai em busca de um exemplar antigo do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. "Ao invés de colecionar fotografias de lugares que visito ou fazer um diário, tento achar um bom livro antigo de cada lugar", expõe. O sul-africano costuma usar esses livros para desenhar. 

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