Zuenir Ventura fala sobre a fronteira entre o livro reportagem e a literatura

 

Com direção de José Roberto Torero, o jornalista e escritor é o convidado de episódio inédito da série Super Libris, que vai ao ar no dia 14/3, segunda, às 21h, no SescTV


Still: Stephanie Saramago

 

Autor, entre outros, do livro 1968, o Ano Que Não Terminou e ganhador do Prêmio Jabuti, categoria Reportagem, em 1995, o jornalista e escritor Zuenir Ventura conversa sobre a fronteira entre o livro reportagem e a literatura em Reportagem, a Irmã Adotiva, episódio inédito da série Super Libris. O ocupante da cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras fala sobre o tema no dia 14/3, segunda, às 21h, no SescTV (assista em sesctv.org.br/avivo), com direção geral do escritor, cineasta e jornalista José Roberto Torero.

 

Quando é questionado sobre a diferença entre o livro reportagem e o romance reportagem, Ventura, que é formado em Letras, vai até o ano de 1950, quando iniciou carreira no jornalismo, para responder. "Havia um antagonismo muito grande entre jornalismo e literatura", recorda. "O jornalismo tinha regras muito rígidas, aquela coisa de trabalhar com o substantivo e o verbo. O adjetivo praticamente não entrava", explica.

 

Ventura diz que essa barreira existiu por muitos anos, até surgir o chamado jornalismo literário. "Você usa no jornalismo técnicas e recursos do romance. Só que um romance sem ficção", esclarece.  

 

O escritor expõe que o jornalismo literário nasceu nos Estados Unidos, entre 1950 e 1960, sobretudo com o escritor Truman Capote, e que também tem representantes no Brasil. Euclides da Cunha, com Os Sertões, é, para ele, o percursor do jornalismo literário no País.

 

Ventura também fala, entre outros assuntos, sobre a escolha do tema para escrever um livro reportagem; sobre o interesse do brasileiro por esse tipo de trabalho; sobre escritores de literatura que já escreveram para jornais; sobre o risco que existe quando se vai escrever um romance reportagem; sobre a diferença entre os livros reportagens das décadas de 1970 e 1980 e os que vieram depois; e sobre sua preferência entre ser jornalista ou escritor.

 

Ventura participa ainda dos quadros Pé de Página, no qual responde sobre onde, como e porque escreve, e do Primeira Impressão, em que sugere o livro A Sangue Frio, de Truman Capote. O episódio traz também os quadros: Orelhas, sobre os escritores Graham Greene, da Inglaterra, e Manuel Vázquez Montalbán, da Espanha; Prefácio, com Gabriela Romeu, jornalista e documentarista, especializada em produções para crianças, que indica Agbalá, Um Lugar-Continente, de Marilda Castanha; Quarta Capa, que apresenta os internautas Juliana e Kalebe, do blog Espanador, que falam sobre o livro Abusado: o Dono do Morro Dona Marta, de Caco Barcellos; e Colofão, com os jornalistas Antoune Nakkle e Juliana Vettore, que expõem o processo de criação e divulgação de um livro.

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