Ignácio de Loyola Brandão fala sobre crônica em episódio inédito da série “Super Libris”


 

O escritor e jornalista paulista discute o tema no dia 12/9, segunda, às 21h, no SescTV


Foto: Piu Dip

 

No mês em que o Sesc completa 70 anos, o SescTV exibe episódio inédito da série Super Libris com um dos mais importantes cronistas brasileiros, Ignácio de Loyola Brandão (80). No programa, o contista, romancista e jornalista fala sobre a crônica literária. Com direção do escritor e cineasta José Roberto Torero, o episódio vai ao ar no dia 12/9, segunda, às 21h (assista também emsesctv.org.br/avivo).

 

Nascido na cidade de Araraquara, interior de São Paulo, e morando há 57 anos na capital paulista, Loyola Brandão afirma que, para escrever suas crônicas, faz recorte de momentos da vida da metrópole onde vive. Os temas podem surgir a partir de diferentes situações, como uma história que alguém lhe conta, uma briga na padaria, um vaso na janela ou uma mulher olhando para o nada. "Essas coisas todas me impressionam e essas coisas todas são crônicas, são momentos", diz.

 

Para o escritor, é preconceito mencionar a crônica como gênero literário menor. "Literatura menor é a má literatura", explica e aponta nomes de relevantes escritores que fizeram crônicas, como Machado de Assis, Olavo Bilac, João do Rio, Lima Barreto, Clarice Lispector e Rachel de Queiroz. "Para não falar dos clássicos: Rubens Braga, Fernando Sabino, Otto Lara Rezende etc.", completa. Para ele, o problema está na dificuldade de fazer bem este tipo de texto.

 

Loyola Brandão acredita que a crônica é a literatura brasileira mais lida atualmente. Ele comenta que faz jornalismo na crônica, relatando elementos como a cultura, a culinária e a linguagem local, como uma reportagem. Com relação à fala coloquial, ele expõe que não deixa de usá-la, apenas faz um trabalho com ela. O escritor, que completa neste mês 21 anos como jornalista do jornal O Estado de S.Paulo, confessa que se orgulha de nunca ter faltado assunto para escrever suas crônicas.

 

Loyola Brandão participa também dos quadros Pé de Página, no qual responde sobre onde, como e porque escreve, e do Primeira Impressão, em que sugere o livro A Descoberta do Mundo, de Clarice Lispector. O episódio traz ainda os quadros: Orelhas, sobre o escritor brasileiro Rubem Braga e o norte-americano Kurt Vonnegut Jr.; Prefácio, com Cristiane Tavares, que indica o livro Vizinho, Vizinho, de Roger Mello; Quarta Capa, com o vlogger Eduardo Cilto, que fala sobre o livro Nu, de Botas, de Antonio Prata; e Ptolomeus, sobre a Bibliotaxi, bibliotecas circulantes nos táxis.

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