​EXPOSIÇÃO RETRATA MULHERES MARGINALIZADAS E SUA LUTA PARA RETORNAR AO CENTRO DA SOCIEDADE

 

Gabriel Bonfim retrata a história de luta de mulheres como Maria da Penha e Juliana Caldas em exposição simultânea em três cidades brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba

 

A mulher e o seu lugar no mundo são o centro dos registros da nova exposição do fotógrafo brasileiro radicado na Suíça, Gabriel Bonfim, que estreia quarta-feira, dia 7 de março, em Curitiba, quinta-feira (8), dia internacional da mulher, em São Paulo e quarta-feira (14) no Rio de Janeiro. Intitulada "M" – uma referência a MULHER e, também, a MARIA, nome feminino mais popular na América do Sul – a mostra retrata mulheres que foram empurradas para as margens da sociedade, mas que lutaram para reconquistar o seu espaço.

 "M" ficará em cartaz, em São Paulo, no Palácio dos Correios até o dia 20 de abril, com visitação gratuita, de segunda a sexta, das 9h às 17h. Na abertura da exposição haverá um debate com Maria da Penha e outras participantes do projeto sobre o tema "M – Meu lugar na sociedade". No Rio de Janeiro, a exposição acontece no Centro Cultural dos Correios até o dia 22de abril, de terça-feira a domingo, das 12 às 19h. Já em Curitiba, "M" ocupará o Museu da Fotografia Cidade de Curitiba até o dia 10 de junho, de terça a sexta, das 9h às 12h e 14h às 18h, sábado e domingo, das 12h às 18h.

São fotografias em cores - 9 em São Paulo e 7 no Rio de Janeiro e em Curitiba - além de uma videoinstalação artística com 11 telas, na qual Gabriel Bonfim retrata cenas aparentemente comuns na vida de mulheres brasileiras. No registro da transexual na escadaria Selarón, no Rio de Janeiro, ou da Ialorixá na igreja da Ordem Terceira de São Francisco, em Salvador, as imagens descortinam histórias que levam o espectador a perceber algumas das dificuldades enfrentadas por essas mulheres.

"Busquei resgatar a história de luta de cada uma das minhas convidadas a partir de onde as fotografei. É como se ao retratá-las ali – nos mais belos e importantes locais no centro dessa sociedade – pudéssemos ressignificar aquele espaço e, assim, como protagonistas de suas próprias histórias, elas retomariam o seu lugar na sociedade que as marginalizou. Meu trabalho tem como objetivo trazer um pouco desse incômodo para que toque as pessoas e as leve a pensar", declara Gabriel Bonfim.

O projeto da nova exposição de Bonfim surgiu em 2013, em meio à sessão de fotos de Melissa, cuja história de luta por aceitação fez o fotógrafo iniciar uma pesquisa por nomes para compor a série. "Contrastar a beleza do lugar e a dor daquela história me fez querer retratar tantas outras mulheres e suas lutas cotidianas", conta o fotógrafo.

As fotografias de "M", que tem curadoria de Thomas Kurer, guardam ainda uma interação entre si, narrando um enredo bem típico da mulher brasileira. A partir da observação das histórias ambientadas nos mais diversos estados do país, as imagens convidam o visitante a uma reflexão sobre a forma como tratamos as mulheres no geral e, em particular, sobre a luta de cada uma para ocupar o seu lugar na sociedade.

Em São Paulo e Curitiba, as exposições contarão ainda com uma série de 12 imagens da coleção Portraits do acervo de arte de Gabriel Bonfim. São retratos diversos feitos por ele em suas viagens pelo mundo. Fotógrafo que tem atraído cada vez mais a atenção na Europa, Gabriel usa seu talento e seu trabalho de altíssima qualidade para criar atmosferas únicas e incitar contemplações críticas. Fotógrafo com olhar especial para o ser humano e seu ambiente, Gabriel usa esse talento para transmutar-se de fotógrafo de alta performance para artista.


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