​Célia Gouvêa narra sua história em coreografia inédita no SescTV


 
A apresentação mescla solos de dança e relatos pessoais da artista que já possui 50 anos de carreira
 

Foto: Alex Ribeiro/Visor Mágico.
 
O SescTV exibe Alavancas e Dobradiças, espetáculo solo da coreógrafa Célia Gouvêa, importante nome da dança moderna brasileira. Por meio de relatos pessoais cênicos, passos, gestos e de suas memórias construídas por cinco décadas de carreira, a coreógrafa narra suas experiências com a dança. O trabalho, inédito no canal, traz trechos de algumas coreografias de Célia e vai ao ar no dia 22/6, terça-feira, às 21h, na série Dança Contemporânea, com direção para TV de Antônio Carlos Rebesco (Assista também em sesctv.org.br/aovivo)
 
Nascida em Campinas, interior de São Paulo, Célia lembra que, após ter estudado dança moderna com Ruth Rachou (1927) e com Renée Gumiel (1913 – 2006), foi para a Bruxelas, na Bélgica, onde fez parte da primeira turma do Mudra – Centro Europeu de Aperfeiçoamento e de Pesquisa dos Intérpretes do Espetáculo, dirigido por Maurice Béjart (1927 - 2007). "Fiquei lá por alguns anos. Formamos um grupo, o Chandra (Teatro de Pesquisa de Bruxelas) ", conta. Em sua volta ao Brasil, em 1974, estreou a coreografiaCaminhada, a primeira a ser apresentada no Teatro Galpão, destinado exclusivamente para dança, na cidade de São Paulo. "Foi um marco, mostrou que ali era viável", afirma a bailarina. Célia também tem em seu currículo espetáculos c o Corpo de Baile Municipal, conhecido hoje como Balé da Cidade de São Paulo, para o Célia Gouvêa Grupo de Dança, entre outros. 
 
Em Alavancas e Dobradiças, Célia reflete sobre suas experiências e sobre o que pode, ainda, fazer em prol da dança, arte que, segundo ela, a instiga a se lançar em um mundo desconhecido de experimentações. "Você se propõe a desafios. É como uma aventura", revela a diretora, sobre esta coreografia que tem ligação com a sua memória e com a matéria que a constitui, formada por pessoas importantes em sua formação, como coreógrafos, pensadores, colegas e professores. 
 
Em seus depoimentos, Célia incita o público a refletir sobre o significado da dança ao perguntar "o que é a dança para você?". Ela também revela de onde surgiu a inspiração para escolher o título desse trabalho, ao rememorar a explicação que o professor Celso Cruz, da ECA - Escola de Comunicação e Artes da USP – Universidade de São Paulo, dava para se referir à narrativa, à dramaturgia e à consciência corporal. Segundo a coreógrafa, ele dizia que "uma alavanca é aquilo que propulsiona através de duas forças contrárias. A potência e a resistência atuam juntas e uma depende da outra". E segue: "esses contrários conjugados é que dão vida ao movimento, estabelecem energias e mudanças, formando o equilíbrio". Para Célia, uma das alavancas que permitiu o surgimento dos seus depoimentos pessoais foi a crise da representação. "Quando sai o personagem e entra a pessoa, quero ser eu mesma", confessa. Criada em 2014, a coreografia Alavancas e Dobradiças foi gravada no Sesc Santo Amaro, na capital paulista, em outubro de 2017.

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