Aos 80 anos, bandolinista Joel Nascimento relembra carreira em dois programas do SescTV


No Passagem de Som, ele conversa com a musicóloga Maria Luiza Kfouri e, no Instrumental Sesc Brasil, apresenta um show que passa por música clássica e samba


O bandolinista Joel Nascimento. Foto: Piu Dip.

No dia 19/8domingo, a partir das 21h, o SescTV apresenta dois programas que destacam bandolinista Joel Nascimento. No Passagem de Som, ele e o amigo Henrique Cazes conhecem o ateliê do bandolinista e luthier Agnaldo Luz e visitam a casa da jornalista e musicóloga Maria Luiza Kfouri. Na sequência, noInstrumental Sesc Brasil, é exibido o show de Joel, com um repertório que vai do piano clássico ao samba rasgado. A direção das duas produções é de Max Alvim. (Assista também em sesctv.org.br/aovivo).
 
Joel Nascimento nasceu em 1937, no Rio de Janeiro. Quando criança, estudou piano clássico. Aos 20 anos, porém, em razão da perda de audição no ouvido direito, abandonou o piano e foi trabalhar como técnico em radiologia. Onze anos depois, reencontrou um cavaquinho da infância e foi seduzido a retornar à música. Seu talento encantou o sambista João Nogueira, que produziu seu primeiro disco, Chorando Pelos Dedos (1976). Dali em diante, Joel nunca mais deixou o bandolim. Hoje, aos 80 anos, o multi-instrumentista acumula 286 faixas em 74 discos de outros músicos; fora seus discos solo. "É muita coisa, né?", brinca.
 
No Passagem de Som, Joel visita o ateliê de Agnaldo Luz, localizado no bairro do Grajaú, zona sul de São Paulo, junto do amigo e cavaquinista Henrique Cazes, com quem toca desde 1980. Com o som do bandolim ao fundo, Joel conta como descobriu seu talento para o cavaquinho. "Meu pai me ouviu tocando e ficou comemorando 'é gênio!', mas eu não era", discorda o músico. "Era nato. Eu peguei no cavaquinho com doze anos e tentei tocar o que eu ouvia do choroBrasileirinho, do Waldyr Azevedo, e aí saiu", explica, com simplicidade.
 
Ainda em São Paulo, no bairro de Santa Cecília, zona oeste, Joel e Henrique se encontram com a jornalista e musicóloga Maria Luiza Kfouri. Ele relembra a formação da Camerata Carioca, famoso grupo do qual participou nos anos 1980, e conta que enfrentou muita resistência dos choros tradicionais quando tentou modernizá-lo. "Você foi um dos principais responsáveis pela modernização do choro, depois do período da bossa nova, em que o choro ficou escanteado", elogia Maria Luiza. Foi nessa época que seu amigo, o maestro Radamés Gnatalli, sentenciou a frase elogiosa que acompanharia sua carreira: "Joel Nascimento toca colorido, enquanto os outros tocam em preto e branco".
 
Passagem de Som também mostra os bastidores do grupo de Joel no Teatro Anchieta, onde apresentam trechos de alguns de seus clássicos, como Não Sei Por Que e Meu Sonho. Na sequência, a série Instrumental Sesc Brasil apresenta o show que Joel gravou no mesmo palco, no Sesc Consolação, em dezembro de 2017. No repertório, Joel exibe sua qualidade no bandolim, indo do do piano clássico ao samba irreverente.
 
Repertório: Ecos (Joel Nascimento), Doralice (Dorival Caymmi), Valsa do Realejo (Guiga/Paulo César Pinheiro), O Pássaro (Joel Nascimento), Meu Sonho (Joel Nascimento), Entre Mil... Você (Jacob do Bandolim), Sorriso de Cristina (Joel Nascimento), Não Sei Por Quê (Joel Nascimento), Gotas de Ouro (Ernesto Nazareth), Murmurando (Fon Fon).
 
Músicos: Joel Nascimento (bandolim), João Camarero (violão 7 cordas), Marcos Nimrichter (piano e acordeom), Beto Cazes (percussão), Henrique Cazes (cavaquinho).


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