Conheça os biólogos brasileiros que se aventuram nas matas em busca das cobras

 

Rato e Vini apresentam a série documental "Em Busca das Cobras" do National Geographic Brasil, que estreia dia 19 de março no canal

 

As cobras são animais que há séculos povoam a imaginação das pessoas, sejam como criaturas maléficas ou sagradas. Mudar essa imagem é uma das missões de vida dos biólogos Rato e Vini, os apresentadores da nova produção original do National Geographic Brasil, "Em Busca das Cobras", uma co-produção com a GRIFA FILMES e a Duo 2, que estreia no dia 19 de março, às 22h30. Conheça mais sobre essa dupla de amigos que se embrenhará nas matas atrás das mais fascinantes cobras brasileiras com o objetivo de encontrar e estudar as espécies existentes no país.

 

Amor à primeira vista?

Vini conta que seu interesse por serpentes é uma paixão de criança, que se desenvolveu durante a faculdade. "Eu morava próximo ao rio Cuiabá e durante as brincadeiras sempre encontrávamos vários animais, entre eles as cobras, e eu sempre me aproximava delas sem ter medo, mesmo não sabendo se elas poderiam me causar algum mal", conta Vini.

 

Com Rato tudo começou na graduação de biologia com um professor que falava com muita paixão sobre as cobras e o ofereceu um estágio para cuidar do serpentário da faculdade. "Assim como a maioria das pessoas no mundo ocidental, eu também cresci ouvindo que cobras são malvadas, assassinas, traiçoeiras e coisas assim. Então tive que quebrar preconceitos para conseguir estudar as cobras profissionalmente", conta.

 

Situações inusitadas

O apego pelas cobras já colocou os dois em situações incomuns, como quando Vini foi atacado por dezenas de marimbondos e vespas na busca por uma cobra, "Eu avistei uma serpente sob os galhos de uma árvore, mas ela estava muito alta. Quando eu estava quase alcançando fui atacado por muitos cabas da noite, eles começaram a ferroar meu rosto e minha cabeça, mesmo assim, não desisti e consegui capturar aquela cobra."

 

Já Rato foi mordido e terminou a aventura com cocô de cobra dentro da boca. Após ter caminhado por 15 quilômetros debaixo de chuva, durante o dia, ele viu uma jiboia arborícola do gênero Corallus numa árvore e tentou alcançá-la. "Ao tentar chegar perto dela, a cobra me mordeu e fiquei com o braço preso entre a cobra e o galho. O segurança sabia que não era uma cobra peçonhenta e ficou rindo de mim. As gargalhadas aumentaram quando a cobra liberou a descarga cloacal na minha cara e eu não tinha mãos livres para limpar aquele cocô com feromônio, a meleca fedorenta escorreu direto para a minha boca", conta o biólogo.

 

As prediletas

Os dois são apaixonados por tudo no universo das cobras e ficam especialmente animados quando encontram algumas espécies específicas. Apesar de Rato achar difícil eleger uma cobra predileta, existem algumas que ele adora encontrar. "Talvez eu fique um pouco mais feliz quando encontro jiboias arco-íris do gênero Epicrates e as muçuranas dos gêneros Clelia e Pseudoboa. Essas espécies geralmente têm aspecto saudável, são robustas, fortes e iridescentes", comenta. Para Vini, a cobra que o deixa sem fôlego é a jiboia esmeralda Corallus caninus, da família Boidae – que inclui também as sucuris, jiboia arco-íris e jiboia arborícola.

 

Importância das cobras

Rato e Vini entendem que muitas pessoas não gostam do animal ou tem medo, mas reforçam a importância das cobras para a biodiversidade. "As serpentes desempenham um papel extremamente importante nos ecossistemas, servindo de presa pra diversos organismos e predadoras de outros". Além disso, os biólogos ressaltam que, apesar de serem culturalmente consideradas perigosas, a maioria das espécies encontradas no Brasil é inofensiva, sem veneno e endêmicas, sendo que grande parte dos acidentes acontece por imprudência dos humanos.

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