Entre documentário e ficção, Branco Sai, Preto Fica investiga a repressão, preconceito e desigualdade social no Brasil




 

Dirigido por Adirley Queirós e premiado em diversos festivais, o longa-metragem brasiliense estreia no SescTV, dia 20/11, terça-feira, às 21h


Foto: Divulgação.


 

Aclamado pela crítica e vencedor de diversos prêmios no Brasil e no exterior, o longa-metragem Branco Sai, Preto Fica narra a história de dois homens negros que têm suas vidas transformadas após serem feridos a tiros pela polícia, em um baile black music. Vindo do futuro, um terceiro homem investiga o ocorrido e tenta provar que a culpa é da sociedade repressiva. Dirigido por Adirley Queirós, a produção mescla documentário e ficção para discutir a desigualdade social, o preconceito racial e a opressão no Brasil. O longa será exibido pela primeira vez no SescTV, no dia 20/11, terça-feira, às 21h (assista também em sesctv.org.br/aovivo).

 

O filme recorda o dia 5 de março de 1986, em que a polícia militar invadiu um baile de black music na Ceilândia, periferia de Brasília, gritando "branco sai, preto fica". A ação liberava todas as pessoas brancas do local e submetia os negros presentes na festa a uma abordagem truculenta. Tiros foram disparados e provocaram correria, ferimentos e mortes de jovens. Diversas vidas foram transformadas, como a do DJ Marquim da Tropa, que ficou paraplégico depois do incidente e condenado a viver em uma cadeira de rodas, e do artesão Chockito, que teve de amputar uma perna e passa seu tempo produzindo próteses mecânicas a partir de sucatas.

 

Branco Sai, Preto Fica revela como eram as vidas dos dois rapazes antes da ação policial, destaca o choque de realidade quando eles se dão conta dos fatos e de como teriam que viver dali por diante. O filme mostra ainda o dia a dia deles após a tragédia.

 

Prêmios:

Dentre outros prêmios, o longa coleciona os de Melhor Filme, Melhor Ator, com Marquim do Tropa, e Melhor Direção de Arte no 47º Festival de Brasília, em 2014, onde ganhou mais oito prêmios, no total de 11. Nesse mesmo ano, recebeu o prêmio de Melhor Longa-metragem na competição Latino-Americana do Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata, na Argentina. Em 2015, foi vencedor do Prêmio Especial do Júri e do Prêmio da Crítica Internacional no 55º Festival Internacional de Cinema de Cartagena das Índias, na Colômbia, em 2015; e de Melhor Roteiro Original, no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em 2016.

 

Sobre Adirley Queirós:

O diretor, roteirista e produtor nasceu em 18 de julho de 1970, em Morro Agudo de Goiás, em Goiás. Aos três anos de idade se mudou com a família para Brasília – DF, onde, na adolescência, jogou futebol em times de segunda e terceira divisão. Após uma contusão se viu obrigado a procurar outro caminho. Cursou comunicação, com ênfase em cinema, e como trabalho de conclusão de curso produziu o curtaRap: O Canto da Ceilândia, lançado em 2005, e não parou mais. Dirigiu também A Cidade É Uma Só (2011); Um Homem Que Voa: Nelson Prudêncio (2013); e Era Uma Vez Brasília (2017).


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