Shows inéditos com Digable Planets, Espião & Sala 70 e Jamés Ventura estreiam no SescTV



Os espetáculos apresentam composições de rap, rap com jazz e com reggae 
 

Digable Planets. Foto: Alex Ribeiro/Visor Mágico.

SescTV exibe shows inéditos com o trio norte-americano de jazz-rap Digable Planets e três artistas paulistanos: o duo composto pelo rapper Espião e pelo beatmaker Sala 70, e o cantor de hip-hop e rap Jamés VenturaCom direção para TV de Daniel Pereira, os espetáculos foram gravados no Festival Batuque, em dezembro de 2016, e irão ao ar na sequência, no dia 24/1, quarta-feira, às 22h, no SescTV (assista emsesctv.org.br/avivo). 
 
Digable Planets, grupo de hip-hop alternativo vanguardista por misturar rap com jazz, surgiu no início dos anos 1990, no Brooklin, em Nova Iorque, com os vocalistas Ladybug Mecca, Doodlebug e Butterfly, (que hoje integra o Shabazz Palaces) em sua formação. Ladybug Mecca lembra que, para muitos, aquele período foi considerado como a década de ouro do hip-hop e os grupos tinham suas próprias identidades. "Você conseguia saber quem era quem", comenta. O trio lançou dois álbuns, o Reachin' (A New Refutation of Time and Space), em 1993, e o Blowout Comb, no ano seguinteApesar do êxito, os artistas se separaram logo depois e só retornaram em 2016 para esta turnê que teve passagem pelo Brasil.
 
Segundo Butterfly, no início, o trio agia instintivamente e não pensava em fazer jazz-rap, e o sucesso aconteceu como um acidente. "Na época, o jazz-rap não era realmente o foco, só estávamos sampleando discos que a gente achava que ia encontrar groovies interessantes", revela. Um pouco do trabalho do Digable Planets pode ser conferido no repertório do show, com The way 4th Movement9th Wonder (Blackitolism); e Rebirth of Slick (Cool Like Dat), compostas por Ishmael Butler, Mary Ann Vieira e Craig Irving.
 
Na sequência, o rapper paulistano Espião fala sobre sua parceria com o beatmaker Sala 70. Ele conta que tudo começou após gravar uma música a capella e passa-la para alguns amigos, que a colocaram na internet. "O pessoal ia fazendo o remix e me mandando", afirma. Segundo ele, o trabalho que mais gostou foi realizado pelo Sala 70, por quem já tinha admiração, mas não o conhecia pessoalmente. A dupla nasceu aí.
 
Espião e Sala 70 lançaram seu primeiro álbum, O Jantar Está Servido, em 2016, com 12 faixas inéditas e duas remixes, e participações dos rappers Kamau, Rodrigo Ogi, Big Filho e Matéria Prima.  "O processo de produção do disco foi até rápido. Eu mandava as batidas e o Espião, em muito pouco tempo, devolvia-as já com letras, cantando e tudo mais", expõe Sala 70. No show, o duo apresenta as composições O Jantar Está Servido e Primeiro e Último, de autoria deles, além de Do Jeito que For, em parceria com Rodrigo Ogi, que participa do espetáculo.
 
Por fim, sobe ao palco Jamés Ventura, que faz rimas desde criança. Ele diz que sua inspiração vem da música jamaicana e suas vertentes. "São todas ligadas, querendo ou não, a uma espiritualidade", acredita. No show, ele canta composições do álbum Jahbless Ventura, lançado em 2016 com vários samples de reggae. Se apresentando com banda, o que é novo para ele, Jamés interpreta Calma Nego, de sua autoria, Prefácio, em parceria com Sala 70, e O Mundo É Música, em parceria com Sono Rodrigo Brandão e Rodrigo Ogi. Estes dois últimos são convidados da atração.
 
Festival Batuque é realizado anualmente no Sesc Santo André, na Região do Grande ABC, em São Paulo, e recebe artistas nacionais e internacionais, representantes da música negra e suas vertentes. 

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