TARU ANDÉ- O ENCONTRO DO CÉU COM A TERRA
O programa Taru Andé vai levar o telespectador ao encontro da cultura indígena, em uma verdadeira viagem antropológica. Com estréia prevista para o dia 26 de novembro, às 22h, a série, com 13 episódios, é apresentada pelo índio Ailton Krenak e percorre aldeias de 12 etnias diferentes, nos estados de Minas Gerais, Acre, São Paulo, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A série mostra a vida e a cultura de cada uma delas. Taru Andé é uma co-produção com a CNN e a Indiana M. Altberg com recursos incentivados da Agência Nacional de Cinema- ANCINE.
O ponto de partida é o Festival de Cultura Indígena Taru Andé, que acontece na Serra do Cipó, em Minas Gerais, e reúne tribos de diversas regiões do país. O primeiro episódio é dedicado a este encontro, idealizado em 1998 por Ailton Krenak, apresentador do programa.
A partir daí o telespectador fará uma viagem por diferentes tribos brasileiras. Danças, crenças, modos de vida, linguagem, culinária e religião são alguns dos temas que Ailton propõe em cada um dos episódios. No segundo, o apresentador visita a tribo Pataxó e mostra, por exemplo, como a culinária local influencia a gastronomia da Bahia, com receitas cheias de molhos e especiarias. No terceiro programa, os Xakriabá apresentam o ritual Toré, assim como mitos e lendas do povo.
No episódio Krenak- nosso nome é Burum, Ailton visita sua própria tribo. A aldeia, localizada às margens do Rio Doce, em Minas, registra hoje uma população de aproximadamente 100 pessoas. No passado eram quase cinco mil índios. Atualmente toda a população fala português e a preocupação é resgatar a história da tribo, que no século passado quase desapareceu. Neste programa Ailton vai até o Museu Kunstkamer, em São Petersburgo, na Rússia, onde está depositado um acervo riquíssimo dos Krenak, feito por pesquisadores russos que estiveram na tribo por dois anos, há 100 anos atrás.
Na excursão, a equipe do programa visita doze aldeias de diferentes etnias indí genas. Entre elas estão as tribos Krenak, Pataxó, Maxacalí e Xacriaba, de Minas Gerais; Ashaninka,Yawanawá e Kaxinawá, do Acre; Guaraní, de São Paulo; Suruí e Gavião, de Rondônia; Xavante, do Mato Grosso; Terena, do Mato Grosso do Sul.
Um pouco sobre Ailton Krenak
Ailton Krenak nasceu no Vale do Rio Doce, Minas Gerais, em 1954. Com 17 anos migrou com seus parentes para o Paraná. Alfabetizou-se aos 18 anos e se formou produtor gráfico e jornalista. Na década de 1980 passou a se dedicar exclusivamente à articulação do movimento indígena. Em 1988 participou da fundação da União das Nações Indígenas (UNI) - fórum intertribal interessado em estabelecer uma representação nacional do movimento indígena. Em 1989 participou do movimento Aliança dos Povos da Floresta, que reunia povos indígenas e seringueiros. Desde 1998 faz parte do Núcleo de Cultura Indígena, ONG que realiza o Festival de Dança e Cultura Indígena, idealizado e mantido por Ailton Krenak, na Serra do Cipó (MG).
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