TCM SPOTLIGHT : MAKE & REMAKE

A existência de fanáticos imitadores de algum cantor ou astro e as citações de autores da literatura mostram como um admirador pode render uma merecida homenagem.
No cinema, também existem diversas formas de tributo, mas, sem dúvida, a mais eloqüente é o remake.
Por que um diretor recria uma obra alheia? Em princípio, certamente, por admiração. Depois, pela certeza de que uma nova versão enriquecerá a obra original, inclusive com certas liberdades que o homenageado não teve. Uma mesma história, dois estilos. Um claro exemplo é terror sugerido por Arthur Lubin em O Fantasma da Ópera (1943), que difere enormemente do enfoque do remake inglês rodado por Terence Fisher, em 1962, no qual o diretor sugere menos e mostra mais. O remake nos oferece a oportunidade de reviver um genial argumento, como o de Núpcias de Escândalo, nos anos 40. Uma década depois, Bing Crosby o trouxe de volta em Alta Sociedade (1956). Ou, então, desfrutar dois dos diretores mais importantes da história, Howard Hawks e Brian De Palma, cada um com sua visão particular da máfia nos Estados Unidos, em Scarface (1932/1983). Ou simplesmente ver Clark Gable lutar contra as feras da selva africana e contra duas felinas da selva de asfalto, em Terra de Paixões (1932), interpretadas por Jean Harlow e Mary Astor, e, vinte anos depois em Mogambo (1953), contracenando com Ava Gardner e Grace Kelly.
Em novembro, Make & Remake nos traz a incrível oportunidade de ver e comparar esses cinco duetos particulares ligados por uma irresistível idéia original, em distintas épocas, estéticas, diretores e astros.
Todas as quartas, com início ás 22h
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