EBC e TV Brasil celebram quatro anos
Solenidade foi realizada na sede da empresa, em Brasília
Solenidade de 4 anos da EBC
Mais de 300 pessoas, entre autoridades dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, artistas e produtores culturais, jornalistas e funcionários, participaram nesta quinta-feira (27), da celebração dos quatro anos de criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e da TV Brasil. Os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP); e da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT-RS), participaram da cerimônia, que contou também com a presença da ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas; e da secretária de Audiovisual do Ministério da Cultura, Ana Paula Santana, que representou a ministra da Cultura, Ana de Hollanda.
A diretora-presidente da EBC, Tereza Cruvinel, saudou também a participação de Gonzalo Carbajal, gerente de Audiovisual da Agência Télan de Comunicação Pública da Argentina. Em nome dos produtores independentes de audiovisual, falou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Televisão – ABPI-TV, Marco Altberg. A Acerp, empresa prestadora de serviços da EBC, foi representada pelo seu presidente Arnaldo César Jacob, e o Conselho Curador pelo conselheiro Paulo Ramos Derengoski.
Tereza Cruvinel prestou contas de suas realizações no quadriênio, com o lançamento da publicação "4 Anos de um Ideal Democrático", que conta a história da criação da EBC/TV Brasil e a trajetória da comunicação pública brasileira desde 2007, mesmo tema do vídeo institucional que abriu a solenidade. Diante desse balanço, o senador José Sarney se disse impressionado com o volume e a qualidade de trabalho desses quatro anos de TV Brasil e elogiou o fato de 40% da programação serem oriundos da produção independente, que "não tinha porta para entrar nem janela para sair" nos veículos existentes até então.
Tereza Cruvinel discursa na audiência que marcou os quatro anos de criação da empresa
"Todos sabemos das dificuldades dos primeiros passos", observou o presidente do Senado, destacando, especialmente, a qualidade das realizações. "A semente é que determina a qualidade das árvores. Sem a semente não temos os troncos, as árvores e os frutos. Aqui na EBC, a semente foi plantada pelas mãos carinhosas da Tereza Cruvinel, que levou para a tarefa seu talento". Ele estendeu os cumprimentos aos demais diretores e ao corpo funcional da EBC e agradeceu "em nome do povo brasileiro".
O presidente da Câmara, Marco Maia, ressaltou que a EBC deve continuar nessa função pública, de defender os interesses da sociedade. Ele elogiou, de maneira especial, a programação infantil – "a melhor entre todas as emissoras brasileiras" – e o jornalismo dos veículos públicos.
A ministra Helena Chagas falou que também se sentia "anfitriã do evento", já que participou da criação da EBC e integrou sua diretoria-executiva. "Tenho orgulho de ter participado do projeto ao lado de Tereza Cruvinel. Hoje os veículos da EBC são um canal da democracia", afirmou.
Lembrando de uma das primeiras reuniões da diretoria de jornalismo, a qual conduziu por dois anos, Helena disse que, perguntada se a TV Pública representaria a sociedade organizada, disse que não. "Nossa função é representar justamente a sociedade desorganizada, dar voz a um Brasil que não tem voz e que não se vê".
Tereza Cruvinel destacou a associação direta que existe entre a TV e a comunicação pública – perseguidas no país desde a primeira metade do Século XX – e a consolidação da democracia, que deixou viver de "suspiros intermitentes" para se firmar, em um tempo continuado, apenas a partir das últimas décadas.
"É um sonho velho que encontrou seu tempo de realização", constatou a diretora-presidente.
O produtor Marco Altberg, que tem o programa mais antigo da produção independente da TV Brasil – Revista do Cinema Brasileiro – também salientou a importância da TV Pública para a produção independente: "Ter uma programação com 40% de conteúdo da produção independente é um fato inédito no país".
Prestigiada por alguns dos mais importantes jornalistas de diferentes veículos de comunicação – seus antigos companheiros de redação – Tereza Cruvinel se emocionou ao lembrar não apenas as dificuldades do cotidiano da construção da empresa e da TV Pública, mas também do grande sacrifício pessoal que foi, para ela, "a saudade de escrever nesses quatro anos".
Mensagem recebida:
O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, primeiro presidente do Conselho Curador da EBC, enviou mensagem à Tereza Cruvinel que foi lida durante o evento. Eis a íntegra:
"À Diretoria que se despede da EBC/TV Brasil é digna das palavras que Churchil dedicou à RAF na Segunda Guerra:
'Nunca tantos deveram tanto a tão poucos'. Acompanhei a batalha diurna de Tereza e de seus companheiros de diretoria para criar uma TV pública de qualidade e independente. Vivi as angústias de um grupo de jornalistas dispostos a resistir às flutuações da política partidária e, sobretudo, empenhado em afrontar os poderes privados que se pretendem absolutos e por isso rejeitam a controvérsia e fazem da democracia um factóide. A propósito do debate livre e da importância do espaço público democrático e transformador, lembro as palavras de Theodor Adorno: 'Não há liberdade sem compreensão'. E não há compreensão sem a crítica e a divergência. Essa é a missão da TV pública".
Solenidade de 4 anos da EBC
Mais de 300 pessoas, entre autoridades dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, artistas e produtores culturais, jornalistas e funcionários, participaram nesta quinta-feira (27), da celebração dos quatro anos de criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e da TV Brasil. Os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP); e da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT-RS), participaram da cerimônia, que contou também com a presença da ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas; e da secretária de Audiovisual do Ministério da Cultura, Ana Paula Santana, que representou a ministra da Cultura, Ana de Hollanda.
A diretora-presidente da EBC, Tereza Cruvinel, saudou também a participação de Gonzalo Carbajal, gerente de Audiovisual da Agência Télan de Comunicação Pública da Argentina. Em nome dos produtores independentes de audiovisual, falou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Televisão – ABPI-TV, Marco Altberg. A Acerp, empresa prestadora de serviços da EBC, foi representada pelo seu presidente Arnaldo César Jacob, e o Conselho Curador pelo conselheiro Paulo Ramos Derengoski.
Tereza Cruvinel prestou contas de suas realizações no quadriênio, com o lançamento da publicação "4 Anos de um Ideal Democrático", que conta a história da criação da EBC/TV Brasil e a trajetória da comunicação pública brasileira desde 2007, mesmo tema do vídeo institucional que abriu a solenidade. Diante desse balanço, o senador José Sarney se disse impressionado com o volume e a qualidade de trabalho desses quatro anos de TV Brasil e elogiou o fato de 40% da programação serem oriundos da produção independente, que "não tinha porta para entrar nem janela para sair" nos veículos existentes até então.
Tereza Cruvinel discursa na audiência que marcou os quatro anos de criação da empresa
"Todos sabemos das dificuldades dos primeiros passos", observou o presidente do Senado, destacando, especialmente, a qualidade das realizações. "A semente é que determina a qualidade das árvores. Sem a semente não temos os troncos, as árvores e os frutos. Aqui na EBC, a semente foi plantada pelas mãos carinhosas da Tereza Cruvinel, que levou para a tarefa seu talento". Ele estendeu os cumprimentos aos demais diretores e ao corpo funcional da EBC e agradeceu "em nome do povo brasileiro".
O presidente da Câmara, Marco Maia, ressaltou que a EBC deve continuar nessa função pública, de defender os interesses da sociedade. Ele elogiou, de maneira especial, a programação infantil – "a melhor entre todas as emissoras brasileiras" – e o jornalismo dos veículos públicos.
A ministra Helena Chagas falou que também se sentia "anfitriã do evento", já que participou da criação da EBC e integrou sua diretoria-executiva. "Tenho orgulho de ter participado do projeto ao lado de Tereza Cruvinel. Hoje os veículos da EBC são um canal da democracia", afirmou.
Lembrando de uma das primeiras reuniões da diretoria de jornalismo, a qual conduziu por dois anos, Helena disse que, perguntada se a TV Pública representaria a sociedade organizada, disse que não. "Nossa função é representar justamente a sociedade desorganizada, dar voz a um Brasil que não tem voz e que não se vê".
Tereza Cruvinel destacou a associação direta que existe entre a TV e a comunicação pública – perseguidas no país desde a primeira metade do Século XX – e a consolidação da democracia, que deixou viver de "suspiros intermitentes" para se firmar, em um tempo continuado, apenas a partir das últimas décadas.
"É um sonho velho que encontrou seu tempo de realização", constatou a diretora-presidente.
O produtor Marco Altberg, que tem o programa mais antigo da produção independente da TV Brasil – Revista do Cinema Brasileiro – também salientou a importância da TV Pública para a produção independente: "Ter uma programação com 40% de conteúdo da produção independente é um fato inédito no país".
Prestigiada por alguns dos mais importantes jornalistas de diferentes veículos de comunicação – seus antigos companheiros de redação – Tereza Cruvinel se emocionou ao lembrar não apenas as dificuldades do cotidiano da construção da empresa e da TV Pública, mas também do grande sacrifício pessoal que foi, para ela, "a saudade de escrever nesses quatro anos".
Mensagem recebida:
O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, primeiro presidente do Conselho Curador da EBC, enviou mensagem à Tereza Cruvinel que foi lida durante o evento. Eis a íntegra:
"À Diretoria que se despede da EBC/TV Brasil é digna das palavras que Churchil dedicou à RAF na Segunda Guerra:
'Nunca tantos deveram tanto a tão poucos'. Acompanhei a batalha diurna de Tereza e de seus companheiros de diretoria para criar uma TV pública de qualidade e independente. Vivi as angústias de um grupo de jornalistas dispostos a resistir às flutuações da política partidária e, sobretudo, empenhado em afrontar os poderes privados que se pretendem absolutos e por isso rejeitam a controvérsia e fazem da democracia um factóide. A propósito do debate livre e da importância do espaço público democrático e transformador, lembro as palavras de Theodor Adorno: 'Não há liberdade sem compreensão'. E não há compreensão sem a crítica e a divergência. Essa é a missão da TV pública".
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