‘Globo Repórter’ mostra como as novas tecnologias têm sido aliadas da medicina
Programa percorreu hospitais das grandes cidades e centros de referência do interior para acompanhar histórias de pacientes que tiveram suas vidas transformadas pelas inovações |
O 'Globo Repórter' desta sexta-feira, dia 29, mostra como as novas tecnologias têm ajudado a salvar vidas, tanto nos grandes centros urbanos como em pequenas cidades. Conduzido pela repórter Janaina Lepri, o programa conta histórias de pessoas que passaram por procedimentos médicos com o uso da inteligência artificial, realidade virtual e outras inovações que, aliadas ao conhecimento humano, estão transformando a medicina e a qualidade de vida dos pacientes. Boás Alberto Carrella, de 62 anos, é aposentado, já teve seis infartos e uma parada cardíaca, todos resultado de uma doença crônica no coração. O primeiro infarto foi aos 39 anos e, desde então, sua vida ficou cheia de limitações. Apaixonado por cozinhar, reencontrou há cinco anos um amor de infância, Sueli Gomes, que se tornou parceira de cozinha e braço direito no tratamento. Com a ajuda da inteligência artificial, Boás acabou de colocar mais dois stents no coração - agora somam sete – por meio de uma tecnologia que permite saber com precisão onde está a obstrução e qual o tamanho do stent que precisa ser implantado. A cirurgia foi realizada pelo SUS, no Instituto do Coração em São Paulo. Médico assistente do Serviço de Hemodinânica e Cardiologia Intervencionista, Carlos Campos afirma que a precisão alcançada com o uso da inteligência artificial tem sido um diferencial em casos como o de Boás. "Para os casos mais complexos, a gente pode reduzir em até 40% a chance de novos eventos", diz. A equipe de reportagem acompanhou também a história de Edson Kohan Kamia, operado no dia do seu aniversário de casamento para a retirada da próstata, três meses após ouvir do médico que tinha um tumor. A cirurgia, realizada no Hospital Municipal Vila Santa Catarina, foi feita com a ajuda de um robô, controlado pelo Dr. Ariê Carneiro, uro-oncologista, coordenador do programa de treinamento de cirurgia robótica. De acordo com Ariê, "a cirurgia robótica é muito bem estabelecida no tratamento do câncer de próstata e tem cerca de 90% de chance de cura somente com a cirurgia, sem precisar de quimio ou radioterapia. O paciente se recupera mais rápido, tem menos dor no pós-operatório e menor risco de sangramento". As facilidades da tecnologia têm alcançado também cidades menores, numa velocidade cada vez mais rápida. O programa visitou o Hospital Infantil Francisco de Assis, em Cachoeiro de Itapemirim, no interior do Espírito Santo, que recebe os casos mais complexos de 27 cidades da região, que precisam de atenção especial. Todos os dias, pela manhã, a equipe do hospital se reúne por meio de teleconferência com médicos especialistas do Hospital das Clínicas, de São Paulo, para discutir a melhor forma de prestar os atendimentos. Lá, a equipe do 'Globo Repórter' conheceu a história de Rhuan, um recém-nascido prematuro extremo, um caso inédito no hospital e um dos poucos registrados no Brasil. Depois de constatada a morte encefálica da mãe, foram 42 dias até o parto. De acordo com a ginecologista e obstetra Inara Junqueira Dardengo, o contato com os médicos de São Paulo foi fundamental para garantir a vida de Rhuan. "Eles já tinham experiência com o caso, então para a gente foi muito mais fácil poder contar com uma equipe que já passou por algo parecido, do que começar do zero", afirma. O 'Globo Repórter' desta sexta-feira, dia 29, vai ao ar logo após 'Todas as Flores'. |
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