Arthur Verocai fala sobre carreira em documentário e se apresenta em show, no SescTV

 

Inéditos, os programas sobre o músico serão exibidos no dia 12/7, domingo, a partir das 21h



Crédito da foto: Piu Dip


 

Maestro, arranjador, instrumentista e compositor, Arthur Verocai participou de diversos festivais de música nos anos de 1960, gravou discos com nomes da MPB, como Elis Regina e Elizeth Cardoso, e dedicou parte de sua carreira à produção musical para TV e publicidade. Sua carreira e sua musicalidade - que transita com experimentalismo pelo jazz e bossa nova são apresentadas em dois programas inéditos no SescTV: um documentário da série Passagem de Som e um concerto da série Instrumental Sesc Brasil. As atrações vão ao ar dia 12/7, domingo, a partir das 21h, com direção para TV de Max Alvim.

 

Nascido no Rio de Janeiro, em 1945, Verocai cresceu em uma família de músicos. O avô tocava violão e era amigo de Pixinguinha, e o pai se dedicava à flauta e ao cavaquinho. Sempre rodeado por discos e pela música da rádio que ouvia o dia todo, o jovem foi naturalmente influenciado pela diversidade de ritmos em casa. "A gente ouvia baião, samba, maxixe, tudo que aparecia a gente escutava, nacional e, inclusive, música americana. Então, isso foi uma boa fonte de informação musical", acredita.  

 

Verocai iniciou sua carreira aos 24 anos de idade e logo passou a participar de festivais. Em 1972, lançou seu primeiro disco, uma mistura experimental de jazz e bossa nova, que causou estranheza e não fez sucesso na época, levando o artista a enveredar para a música publicitária. O reconhecimento do seu trabalho aconteceu em 2003, quando o primeiro disco foi relançado nos Estados Unidos, chamando a atenção de DJs e rappers norte-americanos. Algumas de suas composições foram sampleadas por esses artistas, como Caboclo, pelo grupo de hip hop Little Brother, na canção We Got Now, e Na Boca do Sol, pelo rapper e ator Ludacris para fazer Do The Right Thing. A partir daí, a carreira do músico brasileiro ganhou força no mercado internacional.

 

O maestro recorda seu primeiro show em Los Angeles, em 2009, chamado Timeless – Arthur Verocai, com casa lotada. "O reconhecimento artístico foi fantástico, a orquestra era muito boa, um teatro melhor ainda e o som excelente. Eu cantei, toquei violão, regi, fiz arranjo". Um de seus admiradores, Rodrigo Veloso Teixeira, conhecido como DJ Nuts, foi interlocutor, do espetáculo, com os norte-americanos. "A gente falava sonhando sobre o show como se fosse uma coisa bem difícil de realizar", conta o DJ, que ainda comenta sobre a diversidade do público de Verocai. "É gente que ama disco, colecionador, DJ, eu não consigo explicar, eu diria são jovens, gente que sabe das coisas".

 

O documentário também mostra o ensaio da apresentação de Verocai para episódio da série Instrumental Sesc Brasil, exibido pelo canal na sequência. No espetáculo, o maestro, que toca guitarra e violão, é acompanhado por Itamar Assiere, no piano e teclado; Luiz Alves, no baixo; Pascoal Meirelles, na bateria; José Arimatéa, no trompete; Idriss Boudrioua, no saxofone alto; Daniel Garcia, na flauta e saxofone tenor; e Jonas Hocherman Corrêa, no trombone.

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