Produção original GUERRA DO PARAGUAI reencena e discute o maior conflito já travado entre países da América do Sul


 

Especial contrapõe opiniões de historiadores, jornalistas e diplomatas, e tenta refutar estereótipos sobre a guerra; Eduardo Bueno, Mary Del Priore, Leandro Narloch e Julio José Chiavenato, entre outros, participam da produção

Documentário brasileiro conta com reencenações realistas de batalhas e de momentos decisivos do conflito para líderes como D. Pedro II, Solano López e Duque de Caxias

 

 


Passados 150 anos do início da maior guerra já travada dentro da América do Sul, o especial Guerra do Paraguai, uma produção original do HISTORY, apresenta ao público brasileiro de uma maneira informativa e emocionante as conquistas e os equívocos do Brasil durante a Guerra do Paraguai, que aconteceu entre 1865 e 1870 e envolveu Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai – além de esmiuçar as razões que motivaram o conflito. Escrito e dirigido por Matheus Ruas, Guerra do Paraguai mescla reencenações realistas de batalhas, criativas animações em computação gráfica e entrevistas com historiadores, jornalistas, diplomatas e um filósofo (o brasileiro Mario Sergio Cortela), para contextualizar este importante e sangrento conflito de nossa história.

 

Cerca de 75 mil brasileiros, 18 mil argentinos e mais de três mil uruguaios – além de nada menos que 300 mil paraguaios, ou quase 70% da população do Paraguai na época – morreram ao longo dos cinco anos de guerra, entre civis e militares, em decorrência de combates, epidemias que se alastraram e fome. Também conhecida como Guerra da Tríplice Aliança, a Guerra do Paraguai teve início com a invasão da província brasileira de Mato Grosso pelo exército paraguaio, sob ordens do polêmico presidente Francisco Solano López (1827-1870). O ato foi uma represália a então recente intervenção armada do Brasil no Uruguai, que ocorrera em 1864 pondo fim à guerra civil uruguaia. Mas o gesto que de fato marcou o início da Guerra do Paraguai, isto é, a primeira reação à invasão e aos ataques do presidente Solano López, foi a assinatura do Tratado da Tríplice Aliança, formada entre Brasil, Argentina e Uruguai em 1º de maio de 1865.

 

Os depoimentos de historiadores (como Mary Del Priore e Francisco Doratioto), jornalistas (Eduardo Bueno, Leandro Narloch, Jorge Rubiani), diplomatas (Miguel Solano López, bisneto de Solano López, Juan Rivarola) e escritores, entre brasileiros, argentinos, paraguaios e um europeu, conferem ao especial uma visão plural dos acontecimentos, analisando e contrapondo os momentos em que o Brasil agiu de maneira correta e aqueles em que foi totalmente inconsequente ou arbitrário, assim como as atitudes – muitas delas irresponsáveis – do então presidente Solano López (e de sua esposa, Elisa Lynch) ao longo dos cinco anos de lutas. Não há unanimidade entre os entrevistados: enquanto alguns defendem posições do Paraguai ou do Brasil, outros, como Eduardo Bueno, criticam duramente a teimosia de Dom Pedro II (1825-1891) em sua caçada a Solano López e na manutenção de uma guerra tão cruel, que se arrastou por mais de cinco anos. Já as reencenações de batalhas, extremamente realistas, trazem ao especial um pouco do horror e da violência existentes nas guerras. Dom Pedro II, um dos grandes líderes desse sangrento conflito, é personificado no especial pelo ator brasileiro Jairo Mattos.

 

Guerra do Paraguai joga luz sobre diversos pontos pouco conhecidos dessa guerra, como o fato – assustador – de ela ter sido o maior embate entre nações do mundo ocorrido entre a Batalha de Waterloo (1815) e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Também existem relatos de que índios brasileiros lutaram tanto pelo lado brasileiro quanto pelo paraguaio durante a guerra, e que a maioria dos homens "Voluntários da Pátria", expressão patriota que batiza tantas ruas e avenidas pelo Brasil, na verdade foi obrigada a ir à guerra. Com exceção do então chamado Império do Brasil, os Estados nacionais ainda não estavam consolidados na América do Sul. Devido a isso, na Argentina, houve mais mortes registradas de pessoas lutando paranão ir à guerra do que durante o próprio conflito.

 

Do lado paraguaio, o altíssimo número de baixas registrado deve-se, também, ao fato chocante de que mulheres, idosos e até crianças foram usados como "escudos" pelo ditador Solano López enquanto ele fugia país adentro com sua família, durante a fase final do conflito. Outra curiosidade é que a irlandesa Elisa Lynch, a primeira-dama do Paraguai, conheceu Solano López quando era uma cortesã em Paris. Alguns anos depois, já casada com o presidente, ela chegou a ser a maior proprietária de terras de todo o planeta (caso fossem somadas as propriedades que possuía em seu nome na América do Sul). Após a Guerra do Paraguai, Elisa fugiu para a Europa e perdeu todas essas terras; hoje, porém, é considerada uma heroína nacional no Paraguai, assim como Solano López.

 

"A história do Brasil sempre foi maltratada e manipulada nas escolas. Penso, então, que a televisão tem a responsabilidade de tentar corrigir essa distorção. Com Guerra do Paraguai sinto que, pela primeira vez, temos no Brasil uma argumentação histórica sem manipulação", afirma o diretor do documentário, Matheus Ruas.

 

"Depois de exibir Gigantes da IndústriaBonnie & ClydeHoudini e outras séries de alto valor de produção e dramaturgia impecável, queríamos muito realizar o mesmo no Brasil. Guerra do Paraguai se encaixa perfeitamente nesse tipo de conteúdo, e estamos muito orgulhosos do time da produtora independente Studio Fly, que investiu tanto no especial", finaliza Krishna Mahon, diretora de Conteúdo Original do HISTORY.

 

*Guerra do Paraguai será reprisado no dia 12/7, às 9h e às 15h

 

Ficha técnica – GUERRA DO PARAGUAI:

Direção e roteiro: Matheus Ruas
Edição: Matheus Ruas e Diego Biazzon
Produção Executiva: Tiago Schenk
Direção de Fotografia: M. Scalante
Áudio: Kiko Ferraz Studio
Finalização: Equipe Studio Fly
Elenco:
D. Pedro II: Jairo Mattos
Solano López: Fábio Nassar
Elisa Lynch: Valentina Sallezzi
Depoimentos:
Eduardo Bueno, Mary Del Priore, Leandro Narloc, Francisco Doratioto, Miguel Solano López, Guido Alcalá, Jorge Rubiani, Juan Rivarola, Herib Caballero, Leon Pomer, Roberto B., Mario Sergio Cortela, Leandro Karnal, Peter Lambert, Julio José Chiavenatto

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