Episódio Quilombola abre a segunda temporada da série Habitar Habitat, no SescTV
Com direção de Paulo Markun e Sergio Roizenblit, o documentário inédito vai ao ar no dia 28/11, quarta-feira, às 22h
Foto: Habitar Habitat
Lançada pelo SescTV em novembro de 2013, a série Habitar Habitat, dirigida pelo jornalista Paulo Markun e pelo cineasta Sergio Roizenblit, apresenta, em linguagem documental, diferentes modos de morar no País e suas relações com a cultura. Na primeira temporada, a produção mostrou habitações como oca indígena, palafitas da região Amazônica, casa sertaneja, casa caiçara e condomínios de luxo das grandes metrópoles. A nova temporada da série aborda a questão da moradia não apenas como espaço físico, mas como espaço de convivências, afetos e deslocamentos. Os episódios – no total 13, com 52 minutos cada – destacam a vida em quilombos, assentamentos, ocupações, asilos, cortiços, internatos e ainda registram o cotidiano de refugiados, ciganos, moradores de comunidades alternativas, motorhomes, faróis e veleiros. O título Quilombola abre as exibições inéditas no dia 28/11, terça-feira, às 22h (Assista também pela internet em sesctv.org.br).
"Na segunda temporada da série, nós estamos conhecendo maneiras pouco comuns de morar. Comunidades, grupos e tipologias em que a casa é mais do que um teto. Muitas, nem teto possuem", explica Markun. "Se na primeira temporada a tradição que configura residências por décadas era o nosso principal foco, na segunda, o desafio da moradia consiste em lidar com condições nada tradicionais", comenta Roizenblit.
Na estreia da temporada, o episódio Quilombola esclarece o conceito de quilombo, visita as comunidades Engenho II e de Vão das Almas, do Território Kalunga, em Cavalcante – GO; Luizes, Mangueiras e Manzo Ngunzo Kalango, em Belo Horizonte - MG, e mostra como é a vida nesses locais. Segundo Roberto Alves de Almeida, Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, os principais elementos para que uma comunidade seja definida como quilombola são as questões da ancestralidade e da história da escravidão sofrida por essas famílias. Ele comenta que há vários tipos de trajetórias: "desde o escravo fugitivo até comunidades que conseguem a terra comprando ou ocupando áreas com algum outro tipo de acordo".
Localizado no estado de Goiás, com mais de 260 mil hectares de terra, o território Kalunga, que nas línguas bantas significa "tudo de bom", é o maior quilombo do Brasil e abriga mais de duas mil famílias. Em uma de suas comunidades, a Engenho II, Leuteria dos Santos, 62 anos e mãe de cinco filhos, conta sua história. Nascida e criada ali, e tendo a agricultura como principal fonte de subsistência, ela mostra a sua casa e recorda que, no passado, não possuíam aparelhos eletrônicos, como geladeira, fogão, trituradores de capim e de alimentos. Leuteria comenta que isso só foi possível com a construção de estradas.
Situado em uma região de serra, o território Kalunga chama a atenção dos turistas por suas belas paisagens e inúmeras cachoeiras e trilhas. De acordo com Alves, o turismo traz recursos financeiros e autonomia para os quilombolas.
A comunidade de Vão das Almas, também em Kalunga, está mais afastada dos centros urbanos e não possui energia elétrica. Paulo Markun conversa com a rezadeira Getúlia da Cunha, 59 anos, em sua casa de adobe com telhado de palha de pindoba. O guia turístico José Moreira, o "Zézinho", 48 anos, nascido em Vão das Almas e pai de 10 filhos também é entrevistado. Ele fala sobre a festa de Nossa Senhora da Abadia do Divino Espírito Santo, realizada, de 12 a 17 de agosto, em uma cidade construída exclusivamente para abrigar romeiros. O evento, que mistura fé católica com as tradições dos ex-escravos, atrai visitantes de diversas estados do país.
No bairro do Grajaú, em Belo Horizonte – MG, o episódio apresenta o quilombo dos Luizes, formado por moradores que têm origem no município de Nova Lima. No dia 2 de agosto deste ano, esta comunidade foi surpreendida por uma ação de reintegração de posse por parte da Polícia Militar de Minas Gerais, com uma acusação de "esbulho possessório" (retirada com violência do legítimo dono do imóvel) sobre um terreno que habitam secularmente. Uma frente de apoio se formou na tentativa de dar suporte aos quilombolas. "Existem documentos comprovando que eles compraram aquela região em 1895", afirma Estevão Ferreira Couto, Defensor Público Federal. Dois anos depois foi fundada a capital mineira.
Com o passar dos anos, a metrópole foi se aproximando desta comunidade e parte de suas terras foram tomadas por casas e prédios. "Por estarem misturados à cidade, os Luizes perderam muito da tradição quilombola", revela Zuleide Filgueiras, que trabalha na Defensoria Pública da União. Júlia Ferreira da Silva, 82 anos, neta de Maria Luíza (matriarca de sua família e que deu nome à comunidade), conta que, a julgar pelas diversas invasões, não sobrou praticamente nada do espírito quilombola nos Luizes, e esclarece: "Porque não existe união".
O documentário visita, ainda, outras duas comunidades quilombolas na capital mineira: a Manzo Nguzo Kalango, que ocupa apenas um lote de terra no bairro de Santa Efigênia, e a Mangueiras, localizada no bairro Ribeiro de Abreu há mais de 100 anos. "Por estar mais distante, consegue manter a comunidade mais unida", expõe Filgueiras sobre o último grupo.
O SescTV exibe a série Habitar Habitat todas às terças-feiras, às 22h. Entre os episódios desta segunda temporada está Refugiados, que foi selecionado para o Fórum das Letras 2017, de Ouro Preto – MG. A produção será exibida durante a atividade Ciclo Cielo de Jornalismo e Literatura, no dia 26 de novembro, domingo, às 10h, no Anexo do Museu da Inconfidência. O ciclo também contará com a apresentação do episódio Igreja de São Francisco de Assis, que integra a primeira temporada da série, e com a participação do diretor Paulo Markun, na mesa de debate O Brasil em Imagens, composta ainda pelo escritor Eduardo Jardim e pelo design e professor João de Souza Leite.
SERVIÇO:
2ª temporada
Habitar Habitat
1º episódio : Quilombola
Estreia: 28/11, terça-feira, às 22h
Reapresentações: 29/11, quarta-feira, às 20h; 30/11, quinta-feira, às 14h30; 1/12, sexta-feira, às 8h; 2/12, sábado, às 18h; 3/12, domingo, às 19h; e 4/12, segunda-feira, às 9h.
Classificação Indicativa: Livre
Direção: Paulo Markun e Sergio Roizenblit
Produtoras: Miração Filmes e Arapy Produções
Próximos episódios:
Sem Terra
A produção conhece os assentamentos "Filho de Sepé", no município de Viamão - RS, "Nelson Mandela", em Piracicaba- SP, e "Irmã Aberta", em Perus - SP, para conversar com os seus moradores e mostrar como vivem os brasileiros que buscam seu próprio terreno para morar e trabalhar.
Sem Teto
Moradores de ocupações urbanas, os chamados sem teto, são temas deste episódio. A produção visita a Ocupação Cambridge, em São Paulo, e apresenta um pouco da rotina naquele edifício. Moradores contam como chegaram até ali e se planejam seguir ou não para outros espaços. A equipe do Habitar Habitat também vai até Porto Alegre - RS, onde conhece a Ocupação Progresso, uma pequena favela erguida às pressas, sobre um terreno sem uso, apoiada na ideia de que a terra deve cumprir sua função social.
Refugiados
Refugiados de diferentes lugares do mundo contam suas histórias e o motivo que os levou a abandonarem suas terras. Eles falam sobre o passado conflituoso, presente seguro e o futuro incerto, e sobre seus medos e expectativas para uma vida melhor no Brasil.
Asilo
A produção conversa com moradores de algumas ILPI - Instituições de Longa Permanência para Idosos no estado de São Paulo. Entre eles estão Roberto Luna, Vic Millitelo e Sérgio Buck, artistas que, após seus tempos de glória e a chegada da velhice, encontraram no Palacete dos Artistas uma forma de ainda ter sua autonomia. Fernando Otero, do Retiro dos Artistas, e moradores do Espaço Humanitas e da Vila dos Idosos narram suas experiências nessas diferentes formas de moradia e os motivos que os levaram até ali.
Cortiço
O episódio visita os cortiços do bairro do Canindé e da Bela Vista, na capital paulista. Os moradores do Cortiço 13 de Maio falam sobre a escolha de viveram em um lugar onde, muitas vezes, submetem-se a um quadro de precariedade visando os baixos custos e a proximidade com o centro da cidade, que possibilita maior acessibilidade.
Ciganos
No Distrito Federal, o programa conversa com alguns ciganos da etnia calon. A produção vai até a região de Mata Cavalos, que abriga a primeira terra cedida pelo governo federal aos ciganos: a Comunidade Cigana de Seu Wanderley, como é conhecida popularmente o espaço na Nova Terra Canaã. A viagem se estende até o Paraná; em um terreno localizado no Jardim Cruzeiro, em São José dos Pinhais. Há mais de dois anos, Alaíde e sua família se instalaram naquelas terras. Como uma das mais velhas do grupo, ela fala sobre as antigas tradições ciganas e como os costumes desse povo tem se perdido ao passar dos anos.
Circo
O episódio mostra como vivem 35 pessoas que trabalham no Circo Teatro Tubinho, que possui um repertório de 90 espetáculos, montados debaixo de uma lona de 20mx26m, com espaço para 800 cadeiras. O Circo Spacial, o único do Brasil com mais de três mil lugares na plateia, também é visitado pela produção.
Comunidade
No estado da Bahia, a produção aborda associações cujos membros defendem um objetivo comum, identificam quais as necessidades individuais e percebem que elas não serão mais tratadas sozinhas, mas num coletivo. Para isso, o episódio visita a Comunidade de Melancia, em Casa Nova, e a Comunidade Canaã, em Sobradinho, que adotaram o sistema pastoreio, mesmo em uma região de extrema secura como a caatinga. A última parada é em Viamão – RS, na Comunidade Osho Rachana. Criado em 2005, o coletivo prega, além das divisões das tarefas, o compartilhamentos dos sentimentos e das emoções dos moradores por meio de meditações específicas como o Aun.
Farol
O episódio mostra como moram alguns dos militares que iluminam a costa do Rio de Janeiro e do nordeste brasileiro, e conhece o Farol de São Thomé e o Farol da Ilha de Cabo, além do Farol de Abrolhos, na Ilha de Santa Bárbara, na Bahia, Com mais de 155 anos, o Farol de Abrolhos abriga sete militares, comprometidos à função pelo período de quatro meses.
Internato (Moradia Estudantil)
Uma visita ao IASP - Instituto Adventista São Paulo, que foi fundado em 1949 e está localizado na região metropolitana de Campinas, para saber como vivem alguns jovens residentes no Instituto Federal do Rio Grande do Sul, como o Igor Daniel Cesta, que está prestes a terminar o terceiro colegial e já pensa em começar a graduação em Agronomia, na mesma instituição de ensino.
Motorhome
A equipe da série Habitar Habitat coloca o pé na estrada para entender como é morar em uma casa motorizada e desvendar a história dos motorhomes no país. Especialista em campismo e caravanismo, Marcos Pivari faz uma análise sobre o cenário dos motorhomes no Brasil. Adeptos desse estilo de vida contam porque decidiram viver em cima de rodas e quais são as vantagens e dificuldades desse modo de morar.
Veleiros
O programa fala sobre o dia-a-dia de alguns moradores da Marina do Engenho, em Paraty – RJ. A embarcação foi usada pelo renomado velejador Amyr Klink para fazer várias viagens pelo mundo. Além dele, Nestor Leon Sanches, Ari Paulo Jaensch e Carina Seixas revelam como foram parar nesse tipo de moradia incomum e como foi a transição da vida com diversos luxos e espaço para uma embarcação. Em Florianópolis – SC, o casal Cecilia Quaresma e Fabio Gandelman relembram a experiência de criar um filho a bordo, ancorado em alto mar. Eles trocaram Paraty por Florianópolis em busca de uma escola para o filho.
"Na segunda temporada da série, nós estamos conhecendo maneiras pouco comuns de morar. Comunidades, grupos e tipologias em que a casa é mais do que um teto. Muitas, nem teto possuem", explica Markun. "Se na primeira temporada a tradição que configura residências por décadas era o nosso principal foco, na segunda, o desafio da moradia consiste em lidar com condições nada tradicionais", comenta Roizenblit.
Na estreia da temporada, o episódio Quilombola esclarece o conceito de quilombo, visita as comunidades Engenho II e de Vão das Almas, do Território Kalunga, em Cavalcante – GO; Luizes, Mangueiras e Manzo Ngunzo Kalango, em Belo Horizonte - MG, e mostra como é a vida nesses locais. Segundo Roberto Alves de Almeida, Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, os principais elementos para que uma comunidade seja definida como quilombola são as questões da ancestralidade e da história da escravidão sofrida por essas famílias. Ele comenta que há vários tipos de trajetórias: "desde o escravo fugitivo até comunidades que conseguem a terra comprando ou ocupando áreas com algum outro tipo de acordo".
Localizado no estado de Goiás, com mais de 260 mil hectares de terra, o território Kalunga, que nas línguas bantas significa "tudo de bom", é o maior quilombo do Brasil e abriga mais de duas mil famílias. Em uma de suas comunidades, a Engenho II, Leuteria dos Santos, 62 anos e mãe de cinco filhos, conta sua história. Nascida e criada ali, e tendo a agricultura como principal fonte de subsistência, ela mostra a sua casa e recorda que, no passado, não possuíam aparelhos eletrônicos, como geladeira, fogão, trituradores de capim e de alimentos. Leuteria comenta que isso só foi possível com a construção de estradas.
Situado em uma região de serra, o território Kalunga chama a atenção dos turistas por suas belas paisagens e inúmeras cachoeiras e trilhas. De acordo com Alves, o turismo traz recursos financeiros e autonomia para os quilombolas.
A comunidade de Vão das Almas, também em Kalunga, está mais afastada dos centros urbanos e não possui energia elétrica. Paulo Markun conversa com a rezadeira Getúlia da Cunha, 59 anos, em sua casa de adobe com telhado de palha de pindoba. O guia turístico José Moreira, o "Zézinho", 48 anos, nascido em Vão das Almas e pai de 10 filhos também é entrevistado. Ele fala sobre a festa de Nossa Senhora da Abadia do Divino Espírito Santo, realizada, de 12 a 17 de agosto, em uma cidade construída exclusivamente para abrigar romeiros. O evento, que mistura fé católica com as tradições dos ex-escravos, atrai visitantes de diversas estados do país.
No bairro do Grajaú, em Belo Horizonte – MG, o episódio apresenta o quilombo dos Luizes, formado por moradores que têm origem no município de Nova Lima. No dia 2 de agosto deste ano, esta comunidade foi surpreendida por uma ação de reintegração de posse por parte da Polícia Militar de Minas Gerais, com uma acusação de "esbulho possessório" (retirada com violência do legítimo dono do imóvel) sobre um terreno que habitam secularmente. Uma frente de apoio se formou na tentativa de dar suporte aos quilombolas. "Existem documentos comprovando que eles compraram aquela região em 1895", afirma Estevão Ferreira Couto, Defensor Público Federal. Dois anos depois foi fundada a capital mineira.
Com o passar dos anos, a metrópole foi se aproximando desta comunidade e parte de suas terras foram tomadas por casas e prédios. "Por estarem misturados à cidade, os Luizes perderam muito da tradição quilombola", revela Zuleide Filgueiras, que trabalha na Defensoria Pública da União. Júlia Ferreira da Silva, 82 anos, neta de Maria Luíza (matriarca de sua família e que deu nome à comunidade), conta que, a julgar pelas diversas invasões, não sobrou praticamente nada do espírito quilombola nos Luizes, e esclarece: "Porque não existe união".
O documentário visita, ainda, outras duas comunidades quilombolas na capital mineira: a Manzo Nguzo Kalango, que ocupa apenas um lote de terra no bairro de Santa Efigênia, e a Mangueiras, localizada no bairro Ribeiro de Abreu há mais de 100 anos. "Por estar mais distante, consegue manter a comunidade mais unida", expõe Filgueiras sobre o último grupo.
O SescTV exibe a série Habitar Habitat todas às terças-feiras, às 22h. Entre os episódios desta segunda temporada está Refugiados, que foi selecionado para o Fórum das Letras 2017, de Ouro Preto – MG. A produção será exibida durante a atividade Ciclo Cielo de Jornalismo e Literatura, no dia 26 de novembro, domingo, às 10h, no Anexo do Museu da Inconfidência. O ciclo também contará com a apresentação do episódio Igreja de São Francisco de Assis, que integra a primeira temporada da série, e com a participação do diretor Paulo Markun, na mesa de debate O Brasil em Imagens, composta ainda pelo escritor Eduardo Jardim e pelo design e professor João de Souza Leite.
SERVIÇO:
2ª temporada
Habitar Habitat
1º episódio : Quilombola
Estreia: 28/11, terça-feira, às 22h
Reapresentações: 29/11, quarta-feira, às 20h; 30/11, quinta-feira, às 14h30; 1/12, sexta-feira, às 8h; 2/12, sábado, às 18h; 3/12, domingo, às 19h; e 4/12, segunda-feira, às 9h.
Classificação Indicativa: Livre
Direção: Paulo Markun e Sergio Roizenblit
Produtoras: Miração Filmes e Arapy Produções
Próximos episódios:
Sem Terra
A produção conhece os assentamentos "Filho de Sepé", no município de Viamão - RS, "Nelson Mandela", em Piracicaba- SP, e "Irmã Aberta", em Perus - SP, para conversar com os seus moradores e mostrar como vivem os brasileiros que buscam seu próprio terreno para morar e trabalhar.
Sem Teto
Moradores de ocupações urbanas, os chamados sem teto, são temas deste episódio. A produção visita a Ocupação Cambridge, em São Paulo, e apresenta um pouco da rotina naquele edifício. Moradores contam como chegaram até ali e se planejam seguir ou não para outros espaços. A equipe do Habitar Habitat também vai até Porto Alegre - RS, onde conhece a Ocupação Progresso, uma pequena favela erguida às pressas, sobre um terreno sem uso, apoiada na ideia de que a terra deve cumprir sua função social.
Refugiados
Refugiados de diferentes lugares do mundo contam suas histórias e o motivo que os levou a abandonarem suas terras. Eles falam sobre o passado conflituoso, presente seguro e o futuro incerto, e sobre seus medos e expectativas para uma vida melhor no Brasil.
Asilo
A produção conversa com moradores de algumas ILPI - Instituições de Longa Permanência para Idosos no estado de São Paulo. Entre eles estão Roberto Luna, Vic Millitelo e Sérgio Buck, artistas que, após seus tempos de glória e a chegada da velhice, encontraram no Palacete dos Artistas uma forma de ainda ter sua autonomia. Fernando Otero, do Retiro dos Artistas, e moradores do Espaço Humanitas e da Vila dos Idosos narram suas experiências nessas diferentes formas de moradia e os motivos que os levaram até ali.
Cortiço
O episódio visita os cortiços do bairro do Canindé e da Bela Vista, na capital paulista. Os moradores do Cortiço 13 de Maio falam sobre a escolha de viveram em um lugar onde, muitas vezes, submetem-se a um quadro de precariedade visando os baixos custos e a proximidade com o centro da cidade, que possibilita maior acessibilidade.
Ciganos
No Distrito Federal, o programa conversa com alguns ciganos da etnia calon. A produção vai até a região de Mata Cavalos, que abriga a primeira terra cedida pelo governo federal aos ciganos: a Comunidade Cigana de Seu Wanderley, como é conhecida popularmente o espaço na Nova Terra Canaã. A viagem se estende até o Paraná; em um terreno localizado no Jardim Cruzeiro, em São José dos Pinhais. Há mais de dois anos, Alaíde e sua família se instalaram naquelas terras. Como uma das mais velhas do grupo, ela fala sobre as antigas tradições ciganas e como os costumes desse povo tem se perdido ao passar dos anos.
Circo
O episódio mostra como vivem 35 pessoas que trabalham no Circo Teatro Tubinho, que possui um repertório de 90 espetáculos, montados debaixo de uma lona de 20mx26m, com espaço para 800 cadeiras. O Circo Spacial, o único do Brasil com mais de três mil lugares na plateia, também é visitado pela produção.
Comunidade
No estado da Bahia, a produção aborda associações cujos membros defendem um objetivo comum, identificam quais as necessidades individuais e percebem que elas não serão mais tratadas sozinhas, mas num coletivo. Para isso, o episódio visita a Comunidade de Melancia, em Casa Nova, e a Comunidade Canaã, em Sobradinho, que adotaram o sistema pastoreio, mesmo em uma região de extrema secura como a caatinga. A última parada é em Viamão – RS, na Comunidade Osho Rachana. Criado em 2005, o coletivo prega, além das divisões das tarefas, o compartilhamentos dos sentimentos e das emoções dos moradores por meio de meditações específicas como o Aun.
Farol
O episódio mostra como moram alguns dos militares que iluminam a costa do Rio de Janeiro e do nordeste brasileiro, e conhece o Farol de São Thomé e o Farol da Ilha de Cabo, além do Farol de Abrolhos, na Ilha de Santa Bárbara, na Bahia, Com mais de 155 anos, o Farol de Abrolhos abriga sete militares, comprometidos à função pelo período de quatro meses.
Internato (Moradia Estudantil)
Uma visita ao IASP - Instituto Adventista São Paulo, que foi fundado em 1949 e está localizado na região metropolitana de Campinas, para saber como vivem alguns jovens residentes no Instituto Federal do Rio Grande do Sul, como o Igor Daniel Cesta, que está prestes a terminar o terceiro colegial e já pensa em começar a graduação em Agronomia, na mesma instituição de ensino.
Motorhome
A equipe da série Habitar Habitat coloca o pé na estrada para entender como é morar em uma casa motorizada e desvendar a história dos motorhomes no país. Especialista em campismo e caravanismo, Marcos Pivari faz uma análise sobre o cenário dos motorhomes no Brasil. Adeptos desse estilo de vida contam porque decidiram viver em cima de rodas e quais são as vantagens e dificuldades desse modo de morar.
Veleiros
O programa fala sobre o dia-a-dia de alguns moradores da Marina do Engenho, em Paraty – RJ. A embarcação foi usada pelo renomado velejador Amyr Klink para fazer várias viagens pelo mundo. Além dele, Nestor Leon Sanches, Ari Paulo Jaensch e Carina Seixas revelam como foram parar nesse tipo de moradia incomum e como foi a transição da vida com diversos luxos e espaço para uma embarcação. Em Florianópolis – SC, o casal Cecilia Quaresma e Fabio Gandelman relembram a experiência de criar um filho a bordo, ancorado em alto mar. Eles trocaram Paraty por Florianópolis em busca de uma escola para o filho.
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