Curiosidades sobre o Império Romano
A exposição "Império Romano e os Corpos de Pompeia" no Shopping Pátio Paulista foi prorrogada até 30/06
São Paulo, 05 de junho de 2023 – A exposição gratuita "Império Romano e os corpos de Pompeia", em cartaz no Shopping Pátio Paulista, teve prorrogação e permanece no empreendimento comercial até o dia 30 de junho. Pela primeira vez na Capital Paulista, a mostra conta com mais de 200 peças arqueológicas, entre 132 originais e 87 réplicas, além de ambientes cenográficos que mostram a vida e o cotidiano de um povo, que influencia a humanidade até os dias de hoje. Abaixo, algumas curiosidades que envolvia a rotina e o modo de viver dos romanos.
- Latrinas compartilhadas
Em Pompeia foram encontradas diversas latrinas em conjunto. Esse fato excêntrico sugeriu aos arqueólogos depois de algumas pesquisas realizadas no local, que muito provavelmente, as latrinas eram um meio de socialização. Ou seja, era comum as pessoas fazerem suas necessidades fisiológicas em conjunto e socializar ao mesmo tempo, assim como era comum os banhos públicos.
- Cave Canem "Tenha cuidado com o cão"
Em casas ou vilas romanas, principalmente em Pompeia, havia mosaicos com a frase "Cave Canem" e uma imagem de um cachorro alertando sobre o animal ser bravo e que ele poderia atacar, caso alguém tivesse a intenção de invadir a residência. Isso demonstra não só os tipos de animais que eram domesticados naquele período, mas como também um costume que se perdura até os dias de hoje. Quem nunca viu uma placa de "cão bravo" em portões de bairros pelas cidades?
Na exposição, Império Romano e os Corpos de Pompeia, podemos observar uma das peças que representa um cachorro de Pompeia que, infelizmente, foi vítima do Vesúvio. Na peça, o cão de guarda está usando uma coleira, onde é possível observar duas medalhas, simbolizando que o cachorro era condecorado. Esse benefício pode ter ocorrido, porque possivelmente o cão teria salvado seus donos de algo. Pensando nesse aspecto comum de domesticação nas cidades romanas, podemos imaginar que ele poderia ter sido um cão de guarda assim como muitos outros.
- Ânforas e as possibilidades que elas trazem para o conhecimento cultural
Que o exército romano era importante para manter Roma fortificada é um fato, porém havia diversos mecanismos para manter um exército e o povo muito bem alimentados. As ânforas, supositórios de armazenamentos feitos de cerâmica ou terracota, tinham essa finalidade. Nelas, eram armazenados cereais, óleos, azeites, vinhos para o transporte e comercialização com fins alimentícios e financeiros pelo mediterrâneo.
Para abastecer a plebe e o exército, o Estado Romano criou órgãos administrativos que cuidavam desses abastecimentos. Um desses órgãos era conhecido como Annona e o foco dele era o abastecimento de cereais, vinho e azeite. Portanto, as ânforas apesar de serem pequenos utensílios do cotidiano, traz a possibilidade de compreender como os romanos mantinham um grande exército e a alimentação da população daquela região, além de pensar os possíveis itens que poderiam ser comercializados pelo mediterrâneo. Na exposição, Império Romano e os Corpos de Pompeia é possível observar algumas réplicas de ânforas e os diferentes formatos que elas tinham.
- Giuseppe Fiorelli escavou a história de Pompeia
Em 1860, Giuseppe Fiorelli era professor de arqueologia na Universidade de Nápoles e diretor de escavações no sítio arqueológico de Pompeia. Ele foi responsável por escavar toda a cidade de Pompeia e prepará-la para receber visitações turísticas.
Além disso, utilizando a topografia da cidade, ele dividiu a escavação em quatro partes tendo cada uma um objetivo específico. Esse sistema de escavação utilizado por Fiorelli é uma referência na arqueologia até os dias de hoje. Giuseppe inovou técnicas de escavações, o que ajudou na preservação de grande parte da cidade de Pompeia, incluindo os afrescos. Ele também ficou conhecido pelos seus moldes de gesso.
Fiorelli observou que onde detinha materiais orgânicos que havia entrado em decomposição sobre as cinzas vulcânicas, possuía cavidades sobre esses materiais. Assim, ele teve a ideia de despejar gesso dentro dessas cavidades, sempre que encontrasse alguma. Conforme o gesso foi endurecendo, as cinzas foram removidas com o devido cuidado e dessa forma, foi possível gerar o molde do corpo das pessoas e animais que haviam morrido naquela região durante a erupção do Vesúvio.
As cinzas viraram uma cápsula sobre o corpo das pessoas, porém, a ideia de Fiorelli possibilitou eternizar essa cápsula através dos moldes de gesso. O processo ficou tão famoso que ficou conhecido como "o processo Fiorelli". Nos moldes de gesso ficaram preservada a ossada das pessoas e com o passar do tempo e com o avanço da tecnologia, os arqueólogos puderam realizar pesquisas através de Raio X e observar nessas ossadas o costume alimentício em Pompeia, a presença do chumbo em alimentos e líquidos, entre outras informações do cotidiano da vida na cidade romana.
Garanta seu ingresso gratuito pelo App do Pátio Paulista
Para participar da mostra, os visitantes podem acessar a Play Store (Android) ou a Apple Store (iOS) e fazer o download do aplicativo do Shopping Pátio Paulista. Após fazer o cadastro, acesse Evento "Exposição – Império Romano", na aba "Eventos", para realizar o agendamento.
SERVIÇO – Shopping Pátio Paulista
Exposição "Império Romano e os corpos de Pompeia" (Entrada Gratuita)
*Prorrogada até 30 de junho*
Horário: 12h as 21h (Segunda a Sábado)
Horário: 14h às 20h (Domingos e Feriados)
Endereço: Rua Treze de Maio, 1947 – 3º andar Piso Jardins - Bela Vista, São Paulo – SP, 01327-900
BIBLIOGRAFIA
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma: Vida Pública e Privada, Cultura, pensamento e mitologia amor e sexualidade. Editora Contexto. São Paulo. 2002.
FUNARI, Pedro Paulo. ABREU, Silva F. Noé. Roma antiga: Histórias que você sempre quis saber. Fonte editorial. 2019.
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