Oi FUTURO APRESENTA MARCO NANINI EM MONÓLOGO COM DIREÇÃO DE GUEL ARRAES


 
'A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento',
de Georges Perec, chega no dia 2 de novembro ao Oi Futuro, encerrando a temporada teatral do centro cultural no Flamengo

 

Depois de cumprir curta temporada no Teatro dos Correios, 'A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento' (1968), monólogo de Georges Perec (1936-1982) com Marco Nanini e direção de Guel Arraes, estreia dia 02 de novembro no teatro do Oi Futuro, no Flamengo, onde fica em cartaz até o dia 25/11. A montagem tem produção de Fernando Libonati e patrocínio de Eletrobrás, Correios e Oi, além do apoio cultural do Oi Futuro.

 

"Esta montagem de Guel Arraes é o segundo monólogo de toda a carreira de Marco Nanini. Estamos fechando com chave de ouro um ano em que apresentamos um recorte instigante da cena contemporânea, indo do ineditismo de Nicky Silver, com 'Criados em Cativeiro', passando por 'Cowboy', de Daniela Pereira de Carvalho, pela festa dos irmãos Guimarães em 'Nada', até 'Profanações', um experimento radical de Rubens Velloso e sua Cia. Phila 7", afirma Roberto Guimarães, curador de teatro do Oi Futuro.

 

No palco, um homem apresenta um organograma – tão complexo quanto irônico – sobre as possibilidades de sucesso e fracasso na angustiante missão de pedir um aumento no salário. Nos bastidores, um diretor e um ator se lançam em um despretensioso exercício de linguagem teatral, após colher dezenas de êxitos na televisão, no cinema e nos palcos em 25 anos de parceria.

 

 'É algo totalmente diferente do que estamos acostumados a fazer. O texto não tem narrativa, não existe uma história clássica, mas tem aquilo que sempre nos ligou: o humor', analisa Guel, em seu terceiro projeto teatral com Nanini, depois de 'O Burguês Ridículo' (1996), codirigida por João Falcão, e 'O Bem Amado' (2007), codirigida por Enrique Diaz. 'É como se a gente tirasse um tempo para respirar e experimentar', reitera o ator, de volta aos palcos após o estrondoso sucesso de 'Pterodátilos' (2010), cuja atuação lhe rendeu os prêmios 23º Prêmio Shell, APTR, Faz Diferença, do jornal O Globo, Revista Bravo Artista Prime do Ano, 5º Prêmio Contigo de Teatro, 4º Prêmio Revista Quem 2010 e Qualidade Brasil.

 
Desta vez, o desafio de Nanini recai na ausência de uma personagem e, como disse Guel, na falta de um enredo tradicional. Em uma espécie de palestra de autoajuda – ou, como melhor define o diretor, antiajuda – o protagonista apresenta um intrincado manual combinatório de probabilidades para a hora em que vai procurar o seu chefe e pedir o esperado aumento. No decorrer das muitas tentativas, o texto sublinha o ridículo da situação e, ao retratar os meandros de uma grande empresa, ironiza a vida moderna e o mundo corporativo.

 
Galpão Gamboa e o Teatro nos Bairros

 

O despojamento da proposta de Perec foi outro ponto que os atraiu para o texto. Ao adotar um formato de conferência, a montagem levou a dupla a um trabalho de minúcias, em que a atuação é marcada por leves mudanças no temperamento do 'palestrante'. 'É um exercício, começamos a fazer sem compromisso nenhum. O Galpão Gamboa foi fundamental neste processo, pois nos deu coragem de começar. De qualquer maneira, já tínhamos um espaço para montar', conta Nanini.

 
O Galpão em questão é o espaço criado pelo ator e pelo produtor Fernando Libonati em 2007. Além de servir para ensaios de grupos teatrais, um amplo projeto social leva cursos, oficinas e atividades culturais para a população da Zona Portuária. No último ano, mais de 30 espetáculos ocuparam o espaço, que foi inaugurado oficialmente com a estreia de 'Pterodátilos' em agosto de 2010.

 
Não é à toa que 'A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento', ensaiada lá, vai integrar a programação do Galpão em 2013. A ideia de Nanini e Libonati é aproveitar a simplicidade do monólogo para excursionar por vários bairros da cidade. Após a temporada no Oi Futuro, deverão ocupar o Galpão Gamboa, em março, e o Teatro Ipanema, em abril.

 
'O resultado positivo que tivemos com esses espetáculos na Gamboa nos despertou a vontade de levar a peça onde o público está. Vamos ter temporadas na Zona Sul, no Centro, mas também já estamos fechando com espaços na Zona Norte e em outros municípios, sempre a preços mais acessíveis e em espaços não comerciais', ressalta o produtor Fernando Libonati, sócio de Nanini na Pequena Central de Produções Artísticas desde 1991. 
 
Guel, Nanini e Perec


A itinerância da montagem vai ao encontro de uma proposta que também marcou o trabalho de Guel e Nanini em outras épocas: a de apresentar ou mesmo popularizar autores e obras da literatura brasileira e mundial. Foi assim com uma série de textos da série 'Terça Nobre', como 'O Alienista' (Machado de Assis) e 'O Coronel e o Lobisomem' (José Cândido de Carvalho), além de filmes como 'Lisbela e o Prisioneiro' (Osman Lins) e 'O Auto da Compadecida' (Ariano Suassuna). 
 
A primeira incursão teatral da dupla, 'O Burguês Ridículo' (1996) trazia uma adaptação de textos de Molière e, além do grande sucesso de público, rendeu os prêmios Sharp de Melhor Ator e Melhor Espetáculo e também o Mambembe de Melhor Espetáculo. Mais recentemente, Guel assumiu a produção artística de 'O Bem Amado' (2007), que recuperou a obra teatral original de Dias Gomes, deu a Nanini o Prêmio APCA de Melhor Ator e originou um longa homônimo.
 
Encenado pela primeira vez no Brasil, Georges Perec fazia parte do grupo francês Oulipo, de escritores que criavam suas obras a partir de restrições técnicas. Tal experimentalismo o permitia criar um intenso jogo de palavras em todas seus textos.

 
'La Disparition' (1969), por exemplo, foi escrito sem que Perec usasse a letra "E" nas mais de 300 páginas do romance. Já em 'Les Revenentes' (1972) a mesma letra é a única vogal utilizada do início ao fim. Outro livro conhecido é 'La Vie: mode d'emploi', premiado com o Medicis em 1978.  Seus outros trabalhos também são marcados pelo experimentalismo, por exercícios lingüísticos de alto virtuosismo e também pelo mais fino humor francês, privilegiando a observação e a ironia, caso do monólogo que chega agora aos palcos nacionais.

 

Sobre o Oi Futuro

 

O Oi Futuro é o instituto de responsabilidade social da Oi, que emprega novas tecnologias de comunicação e informação no desenvolvimento de projetos de educação, cultura, esporte, meio ambiente e desenvolvimento social. Desde 2001, suas ações visam democratizar o acesso ao conhecimento e reduzir distâncias geográficas e sociais, com especial atenção à população jovem.

 

Na educação, os programas NAVE e Oi Kabum! usam as tecnologias da informação e da comunicação, capacitando jovens para profissões na área digital, fornecendo conteúdo pedagógico para a formação de educadores da rede pública, e fomentando o desenvolvimento de modelos inovadores. Já na área cultural, o Oi Futuro mantém dois espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ) e um em Belo Horizonte (MG), com programação nacional e internacional de qualidade reconhecida e apreços acessíveis, além do Museu das Telecomunicações nas duas cidades.

 

O esporte é apoiado através de projetos aprovados pelas Leis de Incentivo ao Esporte, tendo sido a Oi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos socioeducativos inseridos na Lei Federal. Em 2010, a Oi ainda lançou,por meio do Oi Futuro, seu primeiro edital para patrocínios de projetos de preservação e conservação do meio ambiente, reforçando ainda mais o compromisso com iniciativas sustentáveis. O programa Oi Novos Brasis completa seu escopo de atuação, apoiando e desenvolvendo parcerias com organizações sem fins lucrativos para a viabilização de ideias inovadoras que utilizem a tecnologia da informação e comunicação para acelerar o desenvolvimento humano.

 

FICHA TÉCNICA

A ARTE E A MANEIRA DE ABORDAR SEU CHEFE PARA PEDIR UM AUMENTO

De GEORGES PEREC, tradução: JOSÉ ALMINO
Direção: GUEL ARRAES. Com MARCO NANINI

Direção de Arte e Cenografia: BIA JUNQUEIRA
Iluminação: BETO BRUEL
Figurinos: ANTONIO GUEDES
Videografismo e Programação Visual: BATMAN ZAVAREZE
Trilha Sonora: BERNA CEPPAS
Produção: FERNANDO LIBONATI
Realização: PEQUENA CENTRAL DE PRODUÇÕES ARTÍSTICAS LTDA

SERVIÇO

Oi Futuro

Temporada de 02 a 25 de NOVEMBRO

De sexta a domingo, às 19h30

Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo

Tel: 3131-3060

Bilheteria de terça a domingo, de 14h às 20h

Vendas online no site da Ingresso Rápido

Ingressos a R$ 20

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