A&E estreia missérie em três episódios sobre terrorista venezuelano


Carlos narra a trajetória daquele que é considerado figura-chave na história do terrorismo internacional dos anos 70 e 80

Venezuelano e filho de um advogado comunista, Ilich Ramirez Sanchez (nome dado por seu pai em homenagem a Vladimir Ilyich Lenin, líder revolucionários russo), é considerado por alguns uma figura central da extrema esquerda durante os anos da Cortina de Ferro e por outros um mercenário oportunista que trabalhava para os serviços secretos de qualquer poder.

Tema de Carlos, série inédita em três episódios do A&E (com estreia, em 19/1, às 20h), Carlos, o Chacal -- alcunha designada pela mídia em referência à novela de Frederick Forsyth, O Dia do Chacal -- juntou-se cedo ao movimento da juventude comunista e, aos 24 anos, ingressou na Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). Foi, então, que começou a gravar seu nome no hall de inimigo público número 1 do mundo.

Em 1975, dois anos após assassinar o empresário Joseph Shieff, vice-presidente da rede de lojas inglesa Marks & Spencer, e vice-presidente da Federação Sionista do Reino Unido e Irlanda, com um tiro na cabeça, Carlos sequestrou onze ministros de países-membros da OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo), reunidos em Viena, Áustria. Após a morte de três pessoas, conseguiu fugir.

Na sequência, lançou uma granada contra um banco israelita em Londres, duas bombas numa farmácia em Paris ecometeu um atentado contra aviões no Aeroporto de Orly, França, em que supostamente estaria o presidente Jacques Chirac. Todas as vezes, conseguiu escapar.

Diferentemente de Osama Bin Laden, Ilich participava pessoalmente de suas ações e contava com uma lista extensa de colaboradores, da qual suspeita-se, tenham feito parte o iraquiano Saddam Hussein e o cubano Fidel Castro.

Nos anos 90, com o fim da Guerra Fria e a saúde debilitada, Carlos saiu de cena, mas esse extenso currículo de terrorismo internacional não foi esquecido. Assim, depois de um acordo do governo francês com o Sudão, o criminoso, que faria uma cirurgia de testículo no país, foi cedado e enviado a uma cadeia de alta segurança nos arredores do país. Mesmo tendo sido defendido pelos melhores advogados do mundo, foi condenado à prisão perpétua por duas vezes, em 1997 e em 2011.

Carlos é uma produção do cineasta francês Olivier Assayas. Ao todo são 5h33 de duração, divididas em três blocos. A versão integral foi exibida pela primeira vez no Festival de Cannes de 2011, em sessão especial fora de competição – para descontentamento de Assayas, que gostaria de ter concorrido à Palma de Ouro. A organização do evento, porém, alegou que Carlos teve como destino final a televisão, e não o cinema, o que invalidava sua participação na mostra competitiva. Carlos também foi exibido no Festival do Rio.

 

 

Carlos parte 1 e parte 2: estreia 19/1, domingo, às 20h e 22h

 

Reapresentação da parte 2, em 26/1, às 20h

Estreia da parte 3, em 26/1, às 22h

 

 

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