POEIRA EM ALTO MAR, MICROSSÉRIE EM FEVEREIRO NA GLOBO
Juliana Lang
O navio é o tabuleiro, os personagens as peças e o destino é o jogo! Esta é a previsão da vidente Mirela (Cristina Prochaska) para Didi (Renato Aragão) e Peteco (Rodrigo Faro), que embarcam num transatlântico para viver uma história rica em aventura, suspense, emoção e humor. Poeira em Alto Mar, microssérie especial de Renato Aragão, com direção geral de Marcus Figueiredo, direção de Paulo Aragão e redação final de Paulo Cursino, terá cinco capítulos e irá ao ar na TV Globo a partir do dia 25 de fevereiro, antes de Malhação.
O embarque no transatlântico
Didi (Renato Aragão) está fugindo de Sandoval (Miguel Nader), um marido traído em busca de vingança, quando encontra Peteco (Rodrigo Faro). O amigo tenta ajudar Didi a sair da enrascada, mas, ao descobrir que está sendo trapaceado, Sandoval fica ainda mais irritado. Peteco e Didi, então, tentam escapar correndo pelo cais do porto e acabam embarcando em um navio por acaso.
Peteco e Didi estão tentam se esconder no navio quando escutam o primeiro-imediato Davi (Daniel Erthal) comentar com seu capitão Falcon (Victor Fasano) que a dupla de apresentadores contratada para os shows do transatlântico não compareceu. Aproveitando a oportunidade, Peteco propõem que ele e Didi os substituam no navio. Davi aceita a oferta e Peteco e Didi ganham uma cabine.
Quando Peteco e Didi estão se apresentando no palco do salão do navio, Sandoval aparece e reconhece Didi. Em sua nova fuga, Didi vai parar embaixo da mesa onde dois criminosos, Hernandez (Alexandre Zachia) e Kurtz (Paulo Vespúcio), negociam a compra da metade de um mapa do tesouro. Didi, já amedrontado por Sandoval, fica ainda mais preocupado ao perceber que os passageiros do navio guardam segredos perigosos.
Didi conta o que presenciou para seu amigo Peteco e uma passageira, a vidente Mirela (Cristina Prochaska), escuta a conversa. Ela, então, diz à dupla que misteriosamente todos são peças de um jogo e que a aventura está por começar.
A busca pelo tesouro
Hernandez (Alexandre Zachia) é um criminoso que possui a metade de um mapa do tesouro. A outra metade está em poder de seu irmão gêmeo Ramon (Alexandre Zachia), que tenta negociar sua venda através de Kurtz (Paulo Vespúcio), seu empregado. Hernandez trapaceia a negociação e rouba o mapa, que descobre ser falso. Kurtz havia escondido o mapa verdadeiro e, ao ser agredido por Hernandez, perde a memória sem poder se lembrar da localização do documento original.
Interessada na história que escutou Didi contar para Peteco (Rodrigo Faro), Mirela (Cristina Prochaska) se aproxima de Hernandez. Ela se oferece para hipnotizar Kurtz, desde que fique com uma porcentagem do tesouro e os dois viram parceiros. Mirela, Hernandez e Kurtz acabam fugindo do transatlântico e embarcam num iate em busca do tesouro.
O embarque no iate
O iate é de Armando Bento (José Augusto Branco), que vai ao encontro do transatlântico para resgatar sua filha Joana (Milena Toscano). Joana estava de casamento marcado com o filho de Cícero de Nassau (Roberto Frota), mas se apaixonou no navio por Davi (Daniel Erthal). Doroti (Ildi Silva), que está tomando conta de Joana, perde o controle da situação ao ser despistada por Didi e Peteco e avisa Armando Bento que a filha se encantou por outro homem. Disposto a impedir que isso atrapalhe seus negócios, Armando Bento resolve ir ao local onde está o navio e pegar Joana antes que o pior aconteça.
Enquanto Armando Bento procura Joana no navio, ela e Davi, com a ajuda de Didi e Peteco, fogem e entram no iate. Mal sabem eles que Hernandez (Alexandre Zachia), Kurtz (Paulo Vespúcio) e Mirela (Cristina Prochaska) também fizeram o mesmo. Preparado para uma possível trapaça de Hernandez e de Kurtz , Ramon (Alexandre Zachia) coloca uma bomba no lap top usado pelos bandidos. Ela explode quando todos estão a bordo, afundando o iate e deixando todos náufragos numa ilha deserta.
Na ilha deserta
Ao chegar à ilha, Peteco (Rodrigo Faro) escuta Mirela (Cristina Prochaska) dizer que teve uma visão e que é na ilha que o tesouro está escondido. Com a confusão, o mapa vai parar nas mãos de Didi, que, com a ajuda de Peteco, sai à procura do tesouro, vivendo muitas aventuras ao serem perseguidos pelos bandidos.
Produção, Figurino, Produção de Arte e Cenografia
Por conta do naufrágio, a equipe de figurino, liderada por Maíza Jacobina, teve o cuidado de fazer roupas duplas, que pudessem sofrer alterações após o acidente no iate. "Tive a preocupação de ter elementos com que pudéssemos brincar um pouco após o naufrágio. A personagem Mirela, por exemplo, usa uma faixa na cintura que, depois do acidente, vira um turbante de cabeça. A echarpe de seda usada pelo vilão Hernandez se transforma em um pano que o caracteriza quase como um pirata após o desastre", explica Maíza.
No entanto, mesmo com o desafio de compor roupas que pudessem ser usadas em diversas faces, Maíza considera que a maior dificuldade encontrada pela equipe de figurino foi a composição da personagem Mirela. Cigana e esotérica, Mirela demandou uma busca por elementos que misturassem a moda hippie com o estereótipo das bruxas dos contos de fada. "Para compor a Mirela, pegamos a moda dos anos 70 e trouxemos para o século XXI. Fizemos isso com elementos mais modernos. Além disso, foi bom transportar os anos 70 para o atual através do colorido, porque as cores psicodélicas estão sendo muito usadas hoje e nos serviram de link", comenta a figurinista.
Em função da explosão do iate, a equipe de produção de arte e cenografia também se preocupou em reproduzir os elementos cenográficos. "Produzimos o mesmo material que estava no iate novamente, envelhecemos e queimamos tudo, para caracterizar o efeito de explosão", conta a produtora de arte Patrícia Cravo. Para retratar o ambiente, foram utilizadas fotos do navio onde aconteceram as gravações, além de algumas referências cinematográficas.
A produção conta com nove cenários, dentre eles as cabines do navio, um corredor de lojas do transatlântico, um salão de festas com o palco onde ocorrerão os shows, uma enfermaria e o interior do iate. "O desafio foi tornar esta confecção a mais real possível. Não é comum, por exemplo, construirmos um iate dentro de um estúdio e, para isso, precisamos pesquisar fotos em revistas, em livros e na internet", comenta a cenógrafa Leila Chaves.
Para realizar 70% das gravações em externas, foi adotada uma logística diferenciada. Para as cenas em alto mar foram mobilizadas 50 pessoas da equipe de produção. Mais de uma tonelada de equipamento técnico foi levada para o transatlântico e para Fortaleza, no Ceará. .
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