INUNDAÇÕES NO BRASIL SÃO TEMA DE PRODUÇÃO ORIGINAL DO DISCOVERY CHANNEL
Documentário destaca a necessidade de adequação por parte da população
e das autoridades às novas condições climáticas
Entre 2008 e 2010, dezenas de cidades da América Latina sucumbiram à força das águas das chuvas, que causaram centenas de mortes, deixando milhares de desabrigados e bilhões em prejuízos materiais. Em 2011, o fenômeno das chuvas, cada vez mais destrutivas, se repete. Na segunda semana do ano, o Rio de Janeiro amargou a maior tragédia climática já registrada na história do Brasil: mais de 800 mortos na região serrana do Estado. Segundo especialistas, o prognóstico para a América Latina e para o mundo, devido às mudanças climáticas e ao aquecimento global, é assustador. E essa trágica equação ganha ainda mais força com a ocupação irregular de morros, encostas e leitos dos rios, além da impermeabilização dos solos das grandes cidades.
No domingo, 6 de fevereiro, às 21h, o canal Discovery Channel apresenta ÁGUAS MORTAIS, sua mais recente produção local, que em um hora de duração aborda o tema das inundações na América Latina. O programa trata da sequência de tempestades extremas que se desenrolaram no continente nos últimos anos e busca respostas para as causas desses eventos que vêm afetando a região. No que a ciência e a tecnologia podem ajudar para que sejam encontradas soluções para essas enchentes cada vez mais fortes e para que a população seja preparada para mudanças climáticas inevitáveis?
Em ordem cronológica, ÁGUAS MORTAIS revisita tragédias decorrentes das chuvas na Argentina, Brasil, México e Peru no ano de 2010. O programa intercala imagens e entrevistas com meteorologistas, engenheiros, geólogos e equipes de resgate, além de depoimentos de sobreviventes e moradores das regiões afetadas. A seguir, alguns dos casos narrados:
Janeiro de 2010
· Baía da Ilha Grande, Brasil (1o de janeiro): na madrugada do primeiro dia do ano, 60 mil toneladas de pedras, vegetação e terra de uma encosta foram arrastadas pela força das águas. No caminho dessa avalanche estavam sete casas e uma pousada lotada de hóspedes. 32 corpos foram encontrados soterrados.
· São Luís do Paraitinga, Brasil (1o de janeiro): em decorrência das fortes chuvas, prédios centenários dessa cidade histórica localizada a 200km da Ilha Grande foram ao chão em questão de horas.
Fevereiro de 2010
· Cidade do México (6 de fevereiro): em 48 horas ininterruptas de chuva, caíram sobre a cidade 36 bilhões de litros de água. A capital e mais sete estados mexicanos foram afetados.
· Buenos Aires (15 de fevereiro): em apenas uma hora, a quantidade de chuva chegou a 78% do total previsto para todo o mês. Mais de 50 mil casas ficaram sem eletricidade. A capital argentina viveu uma crise sem precedentes.
Abril de 2010
· Rio de Janeiro, Brasil (5 de abril): 24 horas de chuvas contínuas produziram um índice pluviométrico que até então não havia registro na capital do estado. A terra cedeu sob as dezenas de favelas da cidade, causando mais de 60 mortes.
· Niterói, Brasil (7 de abril): em decorrência das fortes chuvas, uma cratera se abriu em segundos, engolindo 50 casas. Mais tarde, os moradores da região vieram a saber que aquele terreno um dia havia abrigado um aterro de lixo. Em todo o estado do Rio, em apenas quatro dias, as chuvas deixaram mais de 300 mortos e 68 mil desabrigados.
Junho de 2010
· Alagoas, Nordeste do Brasil: em menos de uma semana, as chuvas superaram o dobro esperado para todo o mês, sobrecarregando os leitos dos rios do estado. Dezenas de cidades foram alagadas, causando 46 mortes e deixando mais de 150 mil desabrigados. A situação se replicou em outras cidades do Nordeste. 27 decretaram estado de calamidade pública e outras 31, estado de emergência.
ÁGUAS MORTAIS foi realizada pela casa produtora brasileira Mixer para o Discovery Channel, sob a direção de Rodrigo Astiz. Carla Ponte e Michela Giorell assinam o projeto pela Discovery Networks Latin America/ US Hispanic.
SERVIÇO: ÁGUAS MORTAIS
Canal: Discovery Channel
Estreia: domingo, 6 de fevereiro, às 21h
Classificação indicativa: 12 anos
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