“A Araci me deixa a coragem, a vontade de viver”, exalta Andréia Horta ao falar de sua personagem em ‘As Aventuras de José & Durval’

GLOBOPLAY

Episódio inédito da série Original Globopay, inspirada na trajetória de Chitãozinho & Xororó, chega hoje à plataforma

"A Araci me deixa a coragem, a vontade de viver, de estar de pé, a força para atravessar as dificuldades, a força para seguir em frente com vigor", descreve Andréia Horta ao refletir sobre o legado e como sua personagem em 'As Aventuras de José & Durval' lhe marcou. Na nova série Original Globoplay, que ganha mais um episódio hoje, 1º de setembro, a atriz mineira interpreta a mãe de Chitãozinho & Xororó. A cada semana, até o dia 22, toda sexta um inédito chega à plataforma.    
    
Mãe da dupla e de outros seis filhos, Araci Prudêncio de Lima é uma mulher religiosa, guerreira, que se dedica aos afazeres domésticos, à plantação e ao cuidado com a família. Dona de uma belíssima voz e de um agudo inigualável, a matriarca sempre teve a música como parte essencial de sua vida. Assim como Mário (Marco Ricca), com quem é casada, ela apoia os filhos a batalharem pela carreira, mas exige que José/Chitãozinho (Pedro Tirolli/Rodrigo Simas) e Durval/Xororó (Pedro Lucas/Felipe Simas) não deixem os estudos de lado.     
    
"Ela sempre foi uma figura muito forte para eles. Em muitos momentos em que pensaram em desistir ou se abateram diante das adversidades, a Araci era a pessoa que dizia para ficarem firmes e irem adiante. Com suas diferentes nuances, é uma personagem que percorre a série do início ao fim, em seus oito episódios", conta Andréia, complementando que "os irmãos Lima cresceram em um ambiente musical, onde a mãe fazia os afazeres domésticos cantarolando e o pai cantava e compunha lindas canções".    
  
Original Globoplay em parceria com a TV Globo e produção da O2 Filmes, 'As Aventuras de José & Durval' também conta com Marco Ricca, Màrjorie Gêrardi, Larissa Ferrara, Augusto Madeira, Thiago Brianti, entre outros. A série tem produção de Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck, direção geral de Hugo Prata e direção de episódios de Hugo Prata e Kitty Bertazzi. Os roteiros são de Duda de Almeida, Dan Rosseto, Diogo Leite e Rafael Lessa, que assina como roteirista-chefe.      
    
Entrevista com Andréia Horta     
   
Quais as suas inspirações para interpretar a Araci e como foi a construção, incluindo caracterização e figurino, da personagem?   
Minha maior inspiração foi a própria Araci, mãe de Chitãozinho & Xororó. Por mais que estejamos fazendo uma ficção, eu sou uma personagem. Então, ela foi a primeira fonte. As minhas avós também, bebi muito dessa fonte, dessas mulheres brasileiras que sustentam a criação dos filhos e atravessam as durezas da vida. A caracterização teve que trabalhar muito delicadamente com a passagem do tempo, porque eu começo com as crianças pequenas e termino com os filhos já adultos. Teve uma passagem de tempo bem considerável da Araci na série. Foi um trabalho coletivo do qual eu tenho muito orgulho.   

 Como foi o seu contato com a história de José e Durval da vida real para criar a Araci?   
O meu contato foi através do roteiro, o roteiro entrevistou muito os dois e várias pessoas da família para poder criar a história da série baseada nos fatos da vida deles. E também em conversas com a direção, que foi contando as histórias e nos ajudando a construir esses personagens.   
   
Na trama, qual a importância da relação de Araci com José e Durval para os filhos seguirem o sonho de cantar?   
Ela sempre foi uma figura muito forte para eles. Em muitos momentos em que pensaram em desistir ou se abateram diante das adversidades, a Araci era a pessoa que dizia para ficarem firmes e irem adiante. Com suas diferentes nuances, é uma personagem que percorre a série do início ao fim, em seus oito episódios. Os irmãos Lima cresceram em um ambiente musical, onde a mãe fazia os afazeres domésticos cantarolando e o pai cantava e compunha lindas canções.    
   
Qual o maior desafio para viver a personagem?   
Acho que o maior desafio foi atuar nesses polos contrários que a personagem transita. Ela tem bipolaridade que, na época, não era diagnosticada, e ela já sofria com esse transtorno. Habitar esses polos de euforia e tristeza, de estar bem e não estar, essas zonas mais obscuras dos sentimentos, foi o grande desafio.   
   
E tem alguma cena que gostaria de destacar?   
Tem uma cena no primeiro episódio, em que a Araci está almoçando com as crianças e uma delas pergunta "por que a gente morre?". Tem um contexto específico, e eu acho essa cena muito bonita.   
   
Para você, qual a importância de tratar sobre a saúde mental na trama, principalmente naquela época?   
Para mim, é sempre importante tratar de saúde mental. Acho que hoje em dia as pessoas são atravessadas por muitos estímulos. Sabemos que ansiedade, muitos transtornos e doenças psicológicas, frutos dos nossos tempos, são aterradoras e acometem milhares e milhares de pessoas - e muitas pessoas que conhecemos, de alguma maneira, têm sofrido de alguma dessas doenças. Naquela época era terrível porque não havia ainda medicação e nem diagnóstico exato de muitas coisas. Hoje em dia, se tem um esclarecimento sobre isso, se você procurar ajuda, tem medicação, tem como se equilibrar e se cuidar. Acho que para sempre, esse será um dos assuntos mais importantes da nossa vida em sociedade. Sempre teremos que falar disso e cuidar muito bem disso.   

 Conte alguma curiosidade das gravações.   
Acho que destacaria uma cena em que eu tinha que dobrar roupa e cantar uma música, com as crianças me escutando. Eu fiquei em dúvida de uma nota que estava cantando e falei "mas tem alguma coisa que não está certa aqui", e aí perguntei para o Pedro Lucas, que interpreta o Durval criança. Chamei ele em um cantinho e falei "filho, eu estou errando um tom aqui, o que estou fazendo de errado?". Lembro que ele falou assim, certinho, o que era: "nessa hora, você tem que subir para tal nota". Ele me ensinou lindamente o que eu tinha que fazer e foi uma das coisas mais lindas, um dos momentos lindos que vivemos nessa série. Foram muitos!  
  
O que da Araci ficou na Andréia Horta?    
Eu tenho muita sorte porque busco por personagens complexos, que tenham narrativas que eu considero relevantes e tenho a sorte de ficar com belos legados de alguns personagens que passam por mim. A Araci me deixa a coragem, a vontade de viver, de estar de pé, a força para atravessar as dificuldades, a força para seguir em frente com vigor.   

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