CNN APRESENTA DOCUMENTÁRIO INSIDE IRAQ: LIVING WITH THE ENEMY, RETRATO INTENSO DA VIOLÊNCIA NAS RUAS DO IRAQUE


Programa, apresentado e produzido pela correspondente Arwa Damon, vai ao ar no dia 30, às 13h e 19h30


Em INSIDE IRAQ: LIVING WITH THE ENEMY, documentário realizado pela correspondente Arwa Damon, a CNN International lança seu olhar sobre o legado trágico das famílias separadas pela violência sectária no Iraque. Damon reúne os perfis de pessoas que sofreram as consequências de viver em um país em guerra e descobre o que existe de comum entre elas. Os iraquianos podem retornar à "vida normal" ou estão condenados, pelas próximas gerações, a ser uma sociedade disfuncional? INSIDE IRAQ: LIVING WITH THE ENEMY será exibido no próximo sábado, dia 30, a partir das 13h.



Trabalhando como correspondente da CNN em Bagdá, Damon testemunhou diariamente uma série de atrocidades, incluindo sequestros, tortura, estupros e assassinatos, cometidos por milícias Shi''''a, insurgentes Sunni e pela Al Qaeda. Mas a jornalista geralmente se mantinha distante das ruas, já que eram violentas e perigosas demais para um trabalho como este. Agora, ela procura entender mais de perto os horrores de milhões de iraquianos, que têm que conviver com os assassinos vivendo na mesma vizinhança das famílias de suas vítimas. Em INSIDE IRAQ: LIVING WITH THE ENEMY, ela dá nomes àqueles até então mantidos no anonimato, transforma as estatísticas em histórias reais e questiona se tudo isso vai acontecer novamente.



Um destes nomes é Raed, universitário de 25 anos formado em administração e que acabou morto por uma milícia, acusado de ser um agente trabalhando para os americanos. Suas mãos e pés foram cortados fora antes que ele fosse decapitado - e justamente por pessoas que sua família conhecia. "Eles eram nossos vizinhos, pessoas que vendiam vegetais no mercado e com as quais dividíamos nosso gelo no calor do verão", diz o pai de Raed. Ele ainda afirma que não vai descansar até que os assassinos de seu filho sejam trazidos à justiça - e isso significa que eles sejam executados também. A mãe de Raed, Umm Haider, treme de raiva enquanto confessa que poderia tomar a lei em suas próprias mãos. "Se o governo não fizer nada, nós mulheres faremos. Não sou uma assassina, mas explodiria a mim mesma bem no meio das famílias deles", completa.



Abu Abdullah é um jovem pai de três crianças e, até recentemente, era um comandante dos insurgentes Sunni. Para ele, a equação era simples: matar ou ser morto. Enfrentando a milícia Shi''a, ele admite ter "capturado muitos deles e exercido o julgamento de Deus nestes assassinos". Quando os Estados Unidos se retirarem do país, ele está pronto para pegar em armas novamente. "Uma nova batalha vai começar, para eliminar os ocupantes, agentes e milícias lideradas pelo governo contra os Sunnis", conta.



Já o Dr Abdul Mohsin é um dos muitos médicos lidando com uma nação inteira que parece sofrer de stress pós-traumático. Ele acredita que 70% dos iraquianos enfrentam traumas psicológicos - uma estatística obtida nas ruas de Bagdá, onde as brincadeiras infantis são baseadas na realidade do dia a dia, com crianças assumindo o papel de "soldados de patrulha" e inclusive encenando execuções. Damon também conversa com o diretor do necrotério da cidade, um homem que provavelmente já viu mais corpos e provas grotescas de crueldade do que qualquer outra pessoa no país. Seu local de trabalho agora é palco de uma bizarra apresentação de slides, com parentes vasculhando imagens de corpos mutilados na esperança de descobrir o que aconteceu com seus entes queridos.



Em INSIDE IRAQ: LIVING WITH THE ENEMY, Damon mostra, com detalhes perturbadores, que por mais que o pior tenha passado e a segurança tenha aumentado no país, a guerra nas ruas pode ser apenas metade da batalha. Em uma cultura profundamente mergulhada no medo e na violência, enquanto assassinos andam livremente e os desolados não têm a quem recorrer, talvez o futuro do Iraque esteja destinado a ser uma repetição de seu passado sangrento.



INSIDE IRAQ: LIVING WITH THE ENEMY vai ao ar no sábado, dia 30, às 13h, com reapresentações às 19h30 e domingo, dia 31, às 11h30 e 23h30.

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