São Paulo Companhia de Dança em imagens: em livro, na TV, na fotografia

  
Companhia lança documentário da série Figuras da Dança; livro de ensaios Terceiro Sinal; e expõe fotos nos metrôs de SP

Uma exposição de fotos. Um novo livro de ensaios. Um novo DVD. Em janeiro, quando a São Paulo Companhia de Dança, criada pelo Governo do Estado de São Paulo em 2008, completa quatro anos, estas três ações agitam o mês. Confira abaixo detalhes de cada uma delas.

EXPOSIÇÃO DE FOTOS

Um olhar para a diversidade, para força dos conjuntos e para a individualidade de cada bailarino da São Paulo Companhia de Dança em cena é a tônica da exposição Dança das Imagens – Exposição de fotos da São Paulo Companhia de Dança, que reúne fotos de espetáculos da SPCD – criada pelo Governo do Estado de São Paulo em 2008 – em estações de metrô de São Paulo.

Realizada pelo Metrô, a mostra tem abertura marcada para o dia 10 de janeiro, na Estação Brás e segue para a Estação Paraíso no mês de fevereiro. A itinerância termina em março, na Estação Luz.
"A cultura precisa ir onde a população está. Com essa exposição no metrô, milhares de pessoas que nunca foram a um espetáculo de dança terão contato com a linguagem por meio da fotografia. E disto, talvez, surja o interesse de assistir a uma apresentação", diz o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo.

A exposição reúne 18 imagens da São Paulo Companhia de Dança com foco para as 15 obras do repertório - criações e remontagens - da Companhia ao longo de seus quatro anos de existência – que serão comemorados em 28 de janeiro, data em que os bailarinos fazem uma improvisação na Estação Brás. Dança das Imagens conta com fotos de João Caldas, Reginaldo Azevedo, Silvia Machado, Willian Aguiar e Alceu Bett.

"A dança é uma arte que se realiza na cena, no encontro entre as pessoas, artistas e plateia. Sua continuidade se dá nas imagens e nas palavras tornando essa arte ainda mais viva", fala Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de Dança. "Esta é a primeira exposição de fotos da São Paulo Companhia de Dança. Estamos felizes que isso irá acontecer no espaço do metrô, onde as imagens da Companhia ganharão ainda mais movimento pelos olhares das milhares de pessoas que passam pelas estações diariamente". 
 

TERCEIRO SINAL – ENSAIOS SOBRE A SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA


Terceiro Sinal – Ensaios Sobre a São Paulo Companhia de Dança é o terceiro livro de ensaios da Companhia organizado por Inês Bogéa. A publicação foi escrita de uma perspectiva ampla, por autores de diferentes áreas culturais (Alcino Leite Neto, Eliana Caminada, Inês Bogéa (org.), Noemi Jaffé, Marcela Benvegnu, Sidney Molina, Alberto Martins, Sayonara Pereira e Daniel Galera) e conta com apresentação de Andrea Matarazzo (Secretário de Estado da Cultura de São Paulo). A edição tem fotos de João Caldas, Wilian Aguiar, Silvia Machado, Alceu Bett e Tom Lisboa, que nos últimos anos fizeram registros fotográficos das obras da Companhia.

São nove textos e quatro perfis de coreógrafos (Jíri Kylián, George Balanchine, Maurício de Oliveira e Marie Chouinard). Alcino Leite Neto expõe o desafio que enfrentou diante de uma obra clássica (Theme and variations) num mesmo programa com outras, contemporâneas (Prélude à l'aprés-midi d'un faune e Sechs tänze), refletindo então sobre "o balé, sua história e a sua condição atual". Eliana Caminada aborda questões e elementos de criação que o coreógrafo usou para criar um estilo próprio e uma nova visão da dança clássica, além de comentar como as obras ganham acentos particulares cada vez que são dançadas por diferentes companhias ao redor do mundo. O texto de Inês Bogéa comenta a criação de Os duplos, dos bastidores à cena.

Em seguida, entramos no universo do Fauno. Noemi Jaffé reflete sobre a dança que move o bailarino. Já o crítico musical Sidney Molina faz uma leitura da música de Debussy e da relação existente entre duas coreografias emblemáticas de Nijinsky: a força do rito na Sagração da primavera e o refinamento do mito no Fauno. Marcela Benvegnu, por sua vez, entra pelo universo da dança de Nijinsky, aborda brevemente sua trajetória e comenta a diferença entre montagem, remontagem e releitura na dança. Já o crítico musical Sidney Molina faz uma leitura da música de Debussy e da relação existente entre duas coreografias emblemáticas de Nijinsky: a força do rito na Sagração da primavera e o refinamento do mito no Fauno. Finalizando os ensaios um poema de Alberto Martins escrito especialmente para o programa de estreia do nosso Prélude l'après-midi d'un faune.

Sayonara Pereira trata da memória e da reinvenção do passado pela ótica das reapresentações de obras clássicas da dança, e enfatiza a importância das remontagens na formação dos artistas e da plateia, dando ao público "ferramentas para participar da leitura do espetáculo". Numa mudança grande de perspectiva, chegamos ao conto de Daniel Galera que explora em chave irônica a relação de uma bailarina com um físico.

Ao propiciar espaço para a reflexão sobre dança, a partir de temas trabalhados pela SPCD, a Associação busca contextualizar o trabalho da São Paulo Companhia de Dança no âmbito mais amplo da cena cultural do país. O livro é pensado para o público em geral, mas deve ser uma contribuição significativa também na área de dança. Os livros, além de vendidos, são distribuídos gratuitamente para os artistas envolvidos, escolas, bibliotecas, universidades, formadores de opinião, entre outros.

 

DVD FIGURAS DA DANÇA – ANA BOTAFOGO E CÉLIA GOUVÊA


A São Paulo Companhia de Dança realiza além da Circulação e Produção de Espetáculos e de projetos Educativos e de Formação de Plateia, ações de Registro e Memória da Dança. Nesta vertente destaca-se a série de documentários Figuras da Dança, concebida por Inês Bogéa e Iracity Cardoso, em parceria com a Fundação Padre Anchieta. O projeto tem como principal objetivo enfocar o percurso artístico e a obra de importantes personagens da história da dança no Brasil, por meio de depoimentos, registros audiovisuais e material iconográfico. Em 2011 a SPCD acaba de lançar o documentário Figuras da Dança 2011 – Célia Gouvêa e Ana Botafogo. O material será distribuído gratuitamente para os artistas envolvidos, escolas, bibliotecas, universidades, formadores de opinião, entre outros. A direção dos filmes é de Inês Bogéa. Saiba mais sobre as personalidades abaixo e as datas de exibição da TV Cultura em 2012.

Célia Gouvêa | A bailarina Célia Gouvêa nasceu em Campinas e é um dos grandes nomes da dança paulista. Dividiu sua carreira entre o Brasil e a Europa e integrou a primeira turma do Mudra - Centro Europeu de Aperfeiçoamento e de Pesquisa dos Intérpretes do Espetáculo, dirigido por Maurice Bejárt (1927-2007). Ao lado de outros criadores fundou, na Bélgica, o Grupo Chandra - Teatro de Pesquisa de Bruxelas, com direção de Micha Van Hoecke. No Brasil coreografou para o Teatro de Dança de São Paulo, Teatro Galpão, Corpo de Baile Municipal (atual Balé da Cidade de São Paulo), Célia Gouvêa Grupo de Dança, Teatro Guaíra, e outras. No exterior, coreografou para nomes como: All Angels Theatre Troupe, de Nova York; Escola Superior de Dança de Lisboa e Companhia de Dança de Lisboa, Portugal; Lyon 5ême e Francheville, na França. É membro fundadora da Cooperativa Paulista dos Bailarinos Coreógrafos de São Paulo.

Ana Botafogo | A carioca Ana Botafogo é um dos maiores nomes da dança do Brasil. Aluna da academia de dança da bailarina Leda Iuqui, teve seu primeiro contrato como bailarina profissional no Ballet de Marseille, com direção de Roland Petit. Ainda na Europa freqüentou a Academia Goubé na Sala Pleyel, em Paris, a Academia Internacional de Dança Rosella Hightower, em Cannes e o Dance Center-Covent Garden, em Londres. Na década de 70 foi bailarina do Teatro Guaíra e posteriormente da Associação de Ballet do Rio de Janeiro. Torna-se a primeira bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1981, cargo que ocupa atualmente. Dançou as mais importantes obras do repertório clássico como solista, entre elas Giselle, de Jean Coralli (1779-1854) e Jules Perrot (1802-1892), considerado pela crítica uma de suas maiores interpretações. Dançou no mundo todo e teve importantes partners como Fernando Bujones, Jean Yves Lormeau, Julio Bocca, Richard Cragun, Francisco Timbó, Marcelo Misailidis, Vitor Luis, entre outros. Na TV pode ser vista como Elisa, na novela Viver a Vida, de Manuel Carlos. Ana também escreveu um livro "Ana Botafogo – Na ponta dos pés", baseado em entrevistas para Dalal Achcar e Leda Nagle. 
Exibições: 21/01 – Márcia Haydée | 28/01 – Décio Otero | 04/02 – Sônia Mota | 11/02 – Canteiro de Obras 2010 | 18/02 – Célia Gouvêa | 25/02 – Ana Botafogo

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA | A São Paulo Companhia de Dança foi criada em janeiro de 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo e é dirigida por Iracity Cardoso e Inês Bogéa. Seu repertório contempla remontagens de obras clássicas e modernas, além de peças inéditas, criadas especificamente para o seu corpo de bailarinos. A Companhia atua em três distintas e complementares vertentes: Produção e Circulação de Espetáculos, Projetos Educativos e de Formação de Plateia e de Registro e Memória da Dança. A Companhia é um lugar de encontro dos mais diversos artistas - como fotógrafos, professores convidados, remontadores, escritores, artistas plásticos, cartunistas, músicos, figurinistas, e outros – para que se possa pensar em um projeto brasileiro de dança.
 

SERVIÇO
Dança das Imagens | Exposição de fotos da São Paulo Companhia de Dança 
De 10 a 30 de janeiro | Estação Brás
De 10 a 28 de fevereiro | Estação Paraíso
De 10 a 30 de março | Estação Luz

Improvisações dos bailarinos da SPCD nas Estações
Dia 28 de janeiro | Estação Brás | 17h
Dia 11 de fevereiro | Estação Paraíso | 17h
De 17 de março | Estação Luz | 17h

Terceiro Sinal – Ensaios Sobre a São Paulo Companhia de Dança | Lançamento

Figuras da Dança 2011 – Célia Gouvêa e Ana Botafogo | Lançamento 
Exibições TV Cultura
18 de fevereiro | Célia Gouvêa
25 de fevereiro | Ana Botafogo

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