Curtas-metragens do Brasil e da Guatemala mostram a fé em diferentes contextos religiosos


"Exu – Além do Bem e do Mal" e "Ri Loq'oläj Maya' Q'aq' – El Fuego Sagrado Maya" serão exibidos no SescTV, dia 04/11, terça, às 21h 


Ri Loq'oläj Maya' Q'aq' – El Fuego Sagrado Maya. Foto: Divulgação.

Qual é o significado da figura do Exu na Umbanda e no Candomblé brasileiros? No que acreditam os adeptos de um ritual religioso da tradição maia na Guatemala, no qual realizam oferendas aos seus antepassados? Essas questões permeiam o episódio Crenças, da série CurtaDoc, dirigida por Kátia Klock, que exibe os filmes Exu – Além do Bem e do Mal, de Werner Salles Bagetti (23'10'', 2012, AL), e Ri Loq'oläj Maya' Q'aq' – El Fuego Sagrado Maya, de Ezequiel Sánchez (21'56'', 2012, Guatemala). O programa estreia dia 04/11, terça, às 21h, no SescTV. A documentarista Lola Mayo, professora da Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de los Baños, em Cuba, comenta as produções. 

O curta-metragem Exu - Além do Bem e do Mal mostra que o Exu é um mensageiro dos orixás para a Umbanda e para o Candomblé. Ele trabalha para o bem, porém não tem limites. Por fazer o que mandam, acaba também praticando o mal quando solicitado. Para Lola Mayo, o documentário é rico por trazer muitas animações, com símbolos e grafias que se adaptam ao tema. "Achei interessante justamente porque esse tipo de tratamento pode aproximar o documentário de um público diferente, talvez mais interessado em outros assuntos". 

O filme Ri Loq'oläj Maya' Q'aq' – El Fuego Sagrado Maya apresenta um ritual religioso da tradição maia, na Guatemala, no qual indígenas fazem oferendas a seus ancestrais Kaji' Imox e B'eleje' K'at, autoridades religiosas tradicionais de Iximché, sítio arqueológico do município de Tecpán. Para eles, a cerimônia é uma forma de honrar a Mãe Terra, o Avô Sol e a Avó Lua. Na consagração, uma fogueira é coberta por incensos, alecrim, chocolates, charutos, rapadura, velas e flores. Para os maias, seus antepassados morrem, mas a sabedoria e os conselhos deixados por eles os guiam pela vida. 

"Esse documentário me deixou com a sensação de que a religião para essas pessoas é uma coisa muito atrelada à terra, aos alimentos, ao fogo e ao ar", comenta Lola. A documentarista entende que os maias também são bem próximos de suas famílias, por participarem juntos dos rituais. 

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