NZN lista filmes nacionais que marcaram a vida dos brasileiros nas últimas décadas
São Paulo, junho de 2017 - O Dia Nacional do Cinema Brasileiro, comemorado no dia 19 de junho, oferece ao público não só a oportunidade de conhecer os principais filmes já feitos no país, mas também refletir sobre todas as mudanças e evolução do cinema nacional.
E para comemorar a data, a NZN, um dos principais players em soluções para publicidade e comunicação, junto com o editor-chefe e especialista do site Minha Série, Guilherme Haas, divulgam agora um levantamento sobre os filmes nacionais que marcaram a vida dos brasileiros na última década.
Confira!
Cinema Novo
Um dos movimentos mais importantes da cinematografia brasileira foi o Cinema Novo, uma proposta nacional seguindo as experimentações estéticas iniciadas pelo Neorrealismo Italiano e pela Nouvelle Vague Francesa, a partir dos anos 1950, e uma reação à industrialização cultural e à influência do cinema de Hollywood.
"No Brasil, o conceito de "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça" do Cinema Novo se traduziu nas telas em uma representação do subdesenvolvimento da nação, com uma linguagem própria e a intenção de fortalecer a identidade político-cultural do país", explica Haas.
Nessa época, surgiram alguns dos cineastas brasileiros mais influentes e renomados do século passado, como Nelson Pereira dos Santos (de Rio, 40 Graus, de 1955), Glauber Rocha (Deus e o Diabo na Terra do Sol, de 1964), Joaquim Pedro de Andrade (Macunaíma, de 1969) e Cacá Diegues (Bye Bye Brasil, de 1980).
Retomada
Após o governo de Fernando Collor acabar com a produção nacional no início dos anos 90, eliminando todos os órgãos de incentivo à cultura, o cinema brasileiro foi retomado aos poucos a partir de 1995, com a criação da Lei do Audiovisual.
Nos primeiros anos, foram realizadas importantes obras que investigaram a fundo a cultura do país, como Carlota Joaquina (1995), O Que É Isso, Companheiro? (1997), Central do Brasil (1998), O Auto da Compadecida (1999), Lavoura Arcaica (2001) e Cidade de Deus (2002).
"O longa-metragem de Fernando Meirelles e Kátia Lund marcou o auge desse cinema da Retomada. Cidade de Deus se tornou um verdadeiro fenômeno nas salas de cinema, conquistando o público brasileiro e levando diversos prêmios internacionais. O filme representou também uma vitória da produção nacional em relação ao mercado exibidor brasileiro, ainda dominado por longas estrangeiros", afirma Haas.
Pós-Retomada
De certa maneira, o efeito Cidade de Deus se repetiu nas telas com Tropa de Elite (2007), do diretor José Padilha. Com uma análise profunda das relações sociais envolvendo o tráfico de drogas, a corrupção e a violência urbana, a produção foi um grande sucesso de público e um dos filmes mais comentados dos últimos anos.
A sequência de Tropa de Elite, lançada em 2010, se tornou a maior bilheteria da história do cinema nacional, superando o clássico Dona Flor e seus Dois Maridos (de 1976), levando mais de 11 milhões de espectadores às salas exibidoras.
Nos anos mais recentes, no entanto, são as comédias nacionais que têm atraído a atenção do público brasileiro. O maior sucesso comercial do momento é Minha Mãe é Uma Peça, estrelado por Paulo Gustavo. Com dois filmes lançados, em 2013 e 2016, a franquia soma 15 milhões de espectadores (mais do que os dois Tropa de Elite
Há também outras comédias que conquistaram as plateias nacionais nos últimos anos, como: Se Eu Fosse Você, De Pernas Pro Ar, Até que a Sorte nos Separe, Meu Passado Me Condena e S.O.S. Mulheres ao Mar (todos esses com mais de um filme produzido), além do recente Loucas Pra Casar (2015
Engana-se, porém, quem acha que apenas as comédias estão ganhando destaque no panorama nacional. A produção brasileira continua dando vida a obras de prestígio, com grande reconhecimento em festivais de todo o mundo.
"A fase atual do cinema brasileiro conta com novos nomes de realizadores que despontam no mercado, como Fernando Coimbra (O Lobo Atrás da Porta, de 2013), Daniel Ribeiro (Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, de 2014), Anna Muylaert (Que Horas Ela Volta?, de 2015) e Kleber Mendonça Filho (O Som ao Redor, de 2012, e Aquarius, de 2016)", finaliza Haas.
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