SescTV exibe dois programas inéditos com Nelson Ayres Big Band, que retorna à cena musical após 30 anos de lacuna
Mesclando jazz, rock e música brasileira, as produções com a banda vão ar ao no dia 11/6, domingo, a partir das 21h
Foto: Piu Dip
O SescTV exibe show e documentário inéditos com Nelson Ayres Big Band, uma das big bands mais importantes e influentes de São Paulo. O primeiro, que integra a série Passagem de Som, aborda a carreira do regente, pianista e compositor Nelson Ayres e a história da big band que leva seu nome e foi criada por ele no início dos anos 1970. O segundo, um concerto do grupo – que se apresenta com nova formação - para a série Instrumental Sesc Brasil. O espetáculo traz no repertório uma mistura jazz, rock e música brasileira. Com direção geral de Max Alvim, as atrações estreiam no dia 11/6, domingo, a partir das 21h (Assista também em sesctv.org.br/aovivo).
O Passagem de Som lembra que o paulistano Nelson Ayres - que atuou como maestro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo durante 10 anos - começou como profissional da música nos anos de 1960, partindo para uma carreira de reconhecimento internacional. Ele foi o primeiro brasileiro a estudar no Berklee College of Music, em 1969, em Boston, nos Estados Unidos. Dois anos depois, voltou ao Brasil e aos estudos de música na Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo. Nesse período, alguns de seus colegas pediram para ele criar um curso informal baseado no que aprendeu no exterior. A partir dai surgiu a Nelson Ayres Big Band.
O programa recorda, também, que o pianista participou, em 1978, do 1º Festival Internacional de Jazz realizado em São Paulo em parceria com o Festival de Jazz de Mountreux, na Suíça. Além de Ayres, tocaram no evento nomes como Astor Piazzolla, Dizzy Gillespie e Benny Carter. No mesmo ano, o maestro fundou o quinteto Pau Brasil e fez turnês pela Europa e Japão.
Em 2013, Ayres participou, junto ao saxofonista e flautista Teco Cardoso, do projeto Alma Lírica Brasileira (2013), da cantora Mônica Salmaso. Segunda ela, a princípio, o projeto não tinha título, era apenas um show do trio. A cantora revela que o nome veio ao perceberem que havia composições de Heitor Villa-Lobos, Tom Jobim e Adoniran Barbosa, além de música caipira. "Era tudo extremamente brasileiro", afirma.
Após ficar fora do cenário musical por 30 anos, a big band retorna trazendo 16 solistas de diferentes gerações em sua atual formação. "A gente tem na banda um músico que é da formação original, que é o Carlos Alberto Alcântara, que tocava na década de 1960", conta Ayres. "Tem alguns artistas desses que eram jovens na época e alguns que ainda não tinham nascido", completa.
O Passagem de Som traz, ainda, depoimento do musicólogo Zuza Homem de Mello e o ensaio do concerto da Nelson Ayres Big Band para programa da série Instrumental Sesc Brasil exibido na sequência. No repertório, composições de Nelson Ayres, como Hora de Verdade; Organdi e Gomalina; e Só Xote, além de Amphibious, de Moacir Santos;Sebastiana, de Jackson do Pandeiro; e Jorge Compreensão, de João Lenhari.
Formação do Nelson Ayres Big Band: Nelson Ayres (piano e regência), Alberto Lucas (contrabaixo), Ricardo Mosca (bateria), Carlos Alberto Alcântara (saxofone), Lucas Macedo (saxofone), Cássio Ferreira (saxofone), Mauro Oliveira (saxofone), Ubaldo Versolato (saxofone), Diego Calderoni (trombone), André Tinoco (trombone), Joabe Reis (trombone), Fabio Oliva (trombone), Bruno Belasa (trompete), Nahor Gomes (trompete), João Lenhari (trompete) e Rubinho Antunes (trompete).
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