Em show inclusivo, Black Alien oferece ao público sua rima vigorosa, cortante e poética
Com tradução para libras, apresentação inédita do ex-integrante do Planet Hemp revisita o segundo álbum solo do rapper, logo após sua reabilitação
No dia 31/01, domingo, às 22h, o SescTV transmite o show do rapper e compositor Gustavo Ribeiro, mais conhecido pelo nome artístico Black Alien. A apresentação do carioca de 45 anos foi realizada no Festival Batuque de 2016, no Sesc Santo André, região do Grande ABC, em São Paulo. Participam, ainda, os cantores Funk Buia e Pitcho, e o tradutor para libras, Fabiano Campos. A direção para TV é de Daniel Pereira. (Assista também em sesctv.org.br/aovivo).
O repertório do show sustenta-se no segundo álbum do cantor, Gus Vol. II – No Princípio Era o Verbo, de 2015, cujas doze faixas ele compôs, com produção de A-Basa. O trabalho interrompeu onze anos sem lançamentos do rapper e marcou seu retorno aos palcos após a nona internação por uso de drogas e álcool. "Foi muito difícil fazer esse disco. Me tratando, com vários médicos em volta, atenção o tempo todo, medicamentos, muito exercício físico; mas a mente ainda entrando no lugar", conta o rapper, que compôs três músicas do disco ao longo do retiro.
Os versos de Black Alien se amarram com firmeza. Disparam rimas ágeis, em cascata. Às vezes, seu discurso problematiza questões de raça e classe; em outras, narra dilemas amorosos, derrete-se pela sedução feminina. Atrás dos dois temas, em comum, flui um veio autobiográfico, com o resgate de memórias de sua juventude e o início de sua trajetória musical. Nos bastidores do show, o músico revela como a inspiração criativa vem de outro plano lhe anunciar uma canção. "Eu faço uma oraçãozinha do meu jeito e peço esclarecimento naquele momento, clareza de raciocínio, que eu vou escrever alguma coisa", revela.
Ele diz que o show começa, para ele, quando acorda. Prepara mente e emoção, decide as músicas, a sequência, imagina o público. Sua projeção veio com o Planet Hemp, grupo do qual fez parte de 1997 a 2001. Em 2004, lançou o primeiro álbum solo, Gus Vol. I – O Ano do Macaco, até hoje considerado o despertar de uma fase arejada do hip hop. Há os mais saudosos, que preferem esta fase à atual, mas ele mesmo diz que liga pouco para as críticas. "O que que eu posso fazer?", ri e arremata com segurança: "Hoje eu acho engraçado, fico tranquilo. Eu não vou pedir para me entenderem; quem quiser me entender, vai entender".
A grande novidade da participação deBlack Alien no Festival Batuque de 2016 é a tradução das canções para Libras (Língua Brasileira de Sinais). O desafio de transpor as rimas ligeiras para a expressão do corpo foi aceito pelo intérprete Fabiano Campos, hoje integrante fixo dos shows do rapper. Foi Alien quem fez questão da mudança quando descobriu que fãs surdos seus não entendiam as letras. E, hoje, ele comemora: "vou chegar em mais corações, para agradecer".
O Festival Batuque é realizado anualmente desde 2010, no Sesc Santo André. Ele recebe artistas nacionais e internacionais, representantes da música negra, a Black Music, e suas vertentes.
Os versos de Black Alien se amarram com firmeza. Disparam rimas ágeis, em cascata. Às vezes, seu discurso problematiza questões de raça e classe; em outras, narra dilemas amorosos, derrete-se pela sedução feminina. Atrás dos dois temas, em comum, flui um veio autobiográfico, com o resgate de memórias de sua juventude e o início de sua trajetória musical. Nos bastidores do show, o músico revela como a inspiração criativa vem de outro plano lhe anunciar uma canção. "Eu faço uma oraçãozinha do meu jeito e peço esclarecimento naquele momento, clareza de raciocínio, que eu vou escrever alguma coisa", revela.
Ele diz que o show começa, para ele, quando acorda. Prepara mente e emoção, decide as músicas, a sequência, imagina o público. Sua projeção veio com o Planet Hemp, grupo do qual fez parte de 1997 a 2001. Em 2004, lançou o primeiro álbum solo, Gus Vol. I – O Ano do Macaco, até hoje considerado o despertar de uma fase arejada do hip hop. Há os mais saudosos, que preferem esta fase à atual, mas ele mesmo diz que liga pouco para as críticas. "O que que eu posso fazer?", ri e arremata com segurança: "Hoje eu acho engraçado, fico tranquilo. Eu não vou pedir para me entenderem; quem quiser me entender, vai entender".
A grande novidade da participação deBlack Alien no Festival Batuque de 2016 é a tradução das canções para Libras (Língua Brasileira de Sinais). O desafio de transpor as rimas ligeiras para a expressão do corpo foi aceito pelo intérprete Fabiano Campos, hoje integrante fixo dos shows do rapper. Foi Alien quem fez questão da mudança quando descobriu que fãs surdos seus não entendiam as letras. E, hoje, ele comemora: "vou chegar em mais corações, para agradecer".
O Festival Batuque é realizado anualmente desde 2010, no Sesc Santo André. Ele recebe artistas nacionais e internacionais, representantes da música negra, a Black Music, e suas vertentes.
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