Jovem Deangelo Silva esbanja maturidade e virtuosismo à frente do piano
Em dois programas inéditos do SescTV, o pianista de 25 anos, vencedor do 17º Prêmio BDMG Instrumental, destaca-se apresentando repertório de seu primeiro disco
Deangelo Silva. Foto: Piu Dip.
A partir das 21h de domingo, dia 18/2, oSescTV exibe dois programas com um jovem pianista que vem se destacando na música instrumental contemporânea. Trata-se de Deangelo Silva, que venceu o 17º Prêmio BDMG Instrumental, em 2017, com apenas 25 anos de idade. NoPassagem de Som, Deangelo conversa com o consagrado pianista Amilton Godoy, recorda seu início de carreira e, por fim, visita uma fábrica de pianos. Na sequência, o show dividido entre Deangelo, sua banda e Amilton é exibido noInstrumental Sesc Brasil. A direção geral é de Max Alvim. (Assista também emsesctv.org.br/aovivo).
Quando Deangelo Silva descobriu ser um dos quatro vencedores do Prêmio BDMG Instrumental, teve que escolher um padrinho para acompanhá-lo no show de lançamento de seu primeiro disco, "Down River", que seria gravado no Sesc Consolação, na capital paulista. Sem hesitar, chamou Amilton Godoy, pianista que fundou em 1964 o Zimbo Trio, grupo fundamental na musicalidade da época. "O respeito musical que o Brasil tem, hoje, se deve a esse cara. A gente está ao lado de um capítulo muito grande da história", derrete-se Deangelo, ao falar de Amilton. Mas os elogios vêm dos dois lados. Amilton revela ter se sentido honrado com o convite do jovem. "Quando vi ele tocando no festival, eu fiquei impressionadíssimo com o virtuosismo dele e a disposição que ele tem para tocar", conta.
No Passagem de Som, Deangelo visita a fábrica de piano Fritz Dobbert, em Osasco, onde é informado por marceneiros e afinadores a respeito do processo de construção e comercialização dos pianos no Brasil, que em geral demora 60 dias. Deangelo, que escolheu o piano como instrumento após machucar-se repetidamente tentando a sorte em outros, comoveu-se observando todo o processo necessário para manufatura-lo. "O piano é um instrumento que gera sonho, tem uma alma. Gerado por essas pessoas que fazem. Não é uma máquina fazendo. Ainda, a mão humana é essencial. Isso mostra que a individualidade de cada instrumento está na confecção", avalia, em êxtase, o músico.
No episódio de Instrumental Sesc Brasil, pode-se perceber as características musicais para as quais Amilton tanto chamou a atenção ao descrever a maneira especial com que Deangelo toca piano. No show, ele se diverte com os dedos, ágeis, à procura das teclas certas. Natural da cidade mineira de São Gonçalo do Rio Abaixo, o jovem se expressa à vontade, com ímpeto, vigor e improviso. Enquanto balança o corpo diante do piano, com frequência, Deangelo deixa escapar um sorriso infantil. O saxofonista Breno Mendonça, seu amigo de infância, destaca essa particularidade do pianista: a alegria de viver que ele conserva desde criança. Para Amilton, depois de acompanhar as gravações do disco "Down River", ficou claro que o futuro de Deangelo é promissor. "Eu adorei as composições dele. Ele é muito jovem para ter tanta informação", opina o músico.
Repertório: Bahia (Deangelo Silva), Choro (Amilton Godoy), Maracatu Papai (Deangelo Silva e Breno Mendonça); Dois mil e Jazz (Deangelo Silva).
Músicos: Deangelo Silva (Piano e teclado), Felipe Vilas Boas (Guitarra), André Limão (Bateria), Bruno Vellozo (Baixo), Breno Mendonça (Sax Tenor), Wagner Souza (Trompete). Participação de Amilton Godoy (Piano).
Quando Deangelo Silva descobriu ser um dos quatro vencedores do Prêmio BDMG Instrumental, teve que escolher um padrinho para acompanhá-lo no show de lançamento de seu primeiro disco, "Down River", que seria gravado no Sesc Consolação, na capital paulista. Sem hesitar, chamou Amilton Godoy, pianista que fundou em 1964 o Zimbo Trio, grupo fundamental na musicalidade da época. "O respeito musical que o Brasil tem, hoje, se deve a esse cara. A gente está ao lado de um capítulo muito grande da história", derrete-se Deangelo, ao falar de Amilton. Mas os elogios vêm dos dois lados. Amilton revela ter se sentido honrado com o convite do jovem. "Quando vi ele tocando no festival, eu fiquei impressionadíssimo com o virtuosismo dele e a disposição que ele tem para tocar", conta.
No Passagem de Som, Deangelo visita a fábrica de piano Fritz Dobbert, em Osasco, onde é informado por marceneiros e afinadores a respeito do processo de construção e comercialização dos pianos no Brasil, que em geral demora 60 dias. Deangelo, que escolheu o piano como instrumento após machucar-se repetidamente tentando a sorte em outros, comoveu-se observando todo o processo necessário para manufatura-lo. "O piano é um instrumento que gera sonho, tem uma alma. Gerado por essas pessoas que fazem. Não é uma máquina fazendo. Ainda, a mão humana é essencial. Isso mostra que a individualidade de cada instrumento está na confecção", avalia, em êxtase, o músico.
No episódio de Instrumental Sesc Brasil, pode-se perceber as características musicais para as quais Amilton tanto chamou a atenção ao descrever a maneira especial com que Deangelo toca piano. No show, ele se diverte com os dedos, ágeis, à procura das teclas certas. Natural da cidade mineira de São Gonçalo do Rio Abaixo, o jovem se expressa à vontade, com ímpeto, vigor e improviso. Enquanto balança o corpo diante do piano, com frequência, Deangelo deixa escapar um sorriso infantil. O saxofonista Breno Mendonça, seu amigo de infância, destaca essa particularidade do pianista: a alegria de viver que ele conserva desde criança. Para Amilton, depois de acompanhar as gravações do disco "Down River", ficou claro que o futuro de Deangelo é promissor. "Eu adorei as composições dele. Ele é muito jovem para ter tanta informação", opina o músico.
Repertório: Bahia (Deangelo Silva), Choro (Amilton Godoy), Maracatu Papai (Deangelo Silva e Breno Mendonça); Dois mil e Jazz (Deangelo Silva).
Músicos: Deangelo Silva (Piano e teclado), Felipe Vilas Boas (Guitarra), André Limão (Bateria), Bruno Vellozo (Baixo), Breno Mendonça (Sax Tenor), Wagner Souza (Trompete). Participação de Amilton Godoy (Piano).
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