100 ANOS DE EDWARD DMYTRYK NO TCM.

Sábado 6 e domingo, 7 de setembro, a partir das 16h00.

Filho de imigrantes ucranianos, Edward Dmytryk nasceu no dia 4 de setembro de 1908, em Grand Forks, British Columbia, no Canadá. Mais tarde, mudaria-se com a família para San Francisco e depois Los Angeles.
Praticamente criado no sistema dos grandes estúdios, aos 15 anos, ele começou a trabalhar como mensageiro, passando por editor até escalar à posição de diretor nos anos 40, quando se destacou por uma sucessão de produções de film noir vitais para o estabelecimento desse então novo gênero. Nos filmes, Dmytryk revelava um complexo jogo de luzes e sombras para acompanhar as intenções obscuras das feras que pululavam no cinema negro.

Sua carreira foi interrompida abruptamente quando ele foi acusado de fazer parte do Partido Comunista, durante a era da “caça às bruxas”. Dmytryk entrou para o grupo chamado “Os Dez de Hollywood”, que, no fim da década de 40, negou-se a cooperar com o Comitê de Atividades Antinorte-americanas. Após passar vários meses na prisão, ele decidiu testemunhar no Comitê denunciando antigos companheiros para poder retomar sua carreira.

Talvez essa passagem tenha contribuído para enfatizar as contradições de seus personagens e dar à luz criaturas como o neurótico e obsessivo Capitão Queeg, de A Nave da Revolta – no qual Humphrey Bogart deixou de lado os cínicos de grande coração para interpretar um personagem realmente antipático em uma de suas melhores atuações.

A cem anos de seu nascimento, o TCM celebra um dos pais do film noir, mestre dos filmes B nos anos 40 e diretor competente dos gêneros bélico, western e thrillers nos anos 50 e 60. Edward Dmytryk não foi somente um talentoso artesão, mas sim um cineasta que, através das décadas, enriqueceu as telas com seus personagens de impulsos complexos.