Farrah Fawcett retrata sua luta contra o câncer em documentário inédito no GNT

O câncer vitimou a atriz Farrah Fawcett no último dia 25 colocando fim a uma luta iniciada em 2006. Logo após o diagnóstico, a atriz decidiu registrar todo o seu tratamento em um documentário inédito no Brasil que o GNT exibe no dia 10 de julho.  "Farrah Fawcett: A Jornada Contra o Câncer" revela um lado desconhecido da atriz americana que entrou para a história da TV com o seriado "As panteras". Exibido nos Estados Unidos pela primeira vez em maio, na rede NBC, o programa obteve recordes de audiência.

Em setembro de 2006, Farrah foi diagnosticada com um tumor maligno no ânus. Mesmo com o choque, ela reagiu com esperança e encarou o tratamento: "Eu sempre acreditei que otimismo era uma necessidade. Então, durante a dor que eu sofri de intensa radio e quimioterapia, eu olhava para o futuro". No entanto, oito meses depois o câncer voltou. Chamada para uma reunião com os médicos, a atriz levou uma câmera e ouviu o pior: a doença já tinha se espalhado e havia nove tumores no fígado.

Foi a própria Farrah quem decidiu registrar todo seu tratamento. Era um diário íntimo de sua guerra particular. No hospital da Universidade da Califórnia, onde realizava o seu tratamento, ela ouviu dos médicos que a única saída era a retirada da região onde a doença começou. No entanto, a atriz decidiu buscar um tratamento alternativo na Alemanha. Ela foi acompanhada de dois grandes companheiros no momento de dor: a melhor amiga, Alana Stewart, e Ryan O'Neal, seu ex-marido e pai do seu único filho.

Antes da viagem para Alemanha, a imprensa noticiou a volta do câncer antes mesmo que Farrah comunicasse ao resto da família. "Eles tiraram dela a escolha de contar para quem quisesse, tiraram dela o esforço de se concentrar na coisa mais importante do momento que era o câncer", declarou Alana.

"Eu sei que todo mundo vai morrer um dia, mas eu não quero morrer por causa dessa doença. Eu quero continuar viva", disse Farrah. Pedindo a Deus por um milagre, ela chegou à Alemanha e ouviu que havia uma chance para ela. "Eu me senti no céu. Vai ficar tudo bem", entusiasmou-se Ryan, otimista. A atriz, então, aceitou ser operada por um dos únicos cirurgiões do mundo dispostos a encarar a arriscada remoção do tumor anal. "Eu sou a mulher que sempre acreditou em mudanças. Nunca escolho o óbvio. É arriscado, definitivamente assustador, mas certamente repleto de desafios, recompensas e mudanças. Para o bem ou para o mal", setenciou Farrah.

Dias depois, a notícia de que a cirurgia tinha sido um sucesso. Foram dias de muito alívio e felicidade. Mas o tratamento precisava seguir. Ela foi para Frankfurt, onde se submeteu a uma quimioterapia especial: mais forte e injetada diretamente em seu fígado. Nesse período, o sofrimento era fortíssimo, Farrah passava mal a todo tempo, mas nunca quis deixar de registrar tudo com a câmera, para desvendar todos os lados da doença.

De volta à sua casa, em Los Angeles, Farrah Fawcett estava feliz e curtindo os pequenos prazeres da vida. As ex-panteras Jackyn Smith e Kate Jackson nunca mais saíram de perto da amiga. Os médicos, nos Estados Unidos e na Alemanha, mantinham contato e monitoravam a evolução do seu quadro. A quimioterapia era intensa e a atriz lamentava-se: "Às vezes essa doença me faz sentir uma estranha para mim mesma".

A mídia sensacionalista não deixou a atriz de lado. Quanto mais debilitada Farrah fosse flagrada, mais valia a foto. Quando os tumores voltaram a crescer, ela guardou segredo: "Eu não contei para ninguém. Se a noticia saísse, estava vazando de dentro do hospital". Até a descoberta de que uma funcionária do hospital da Universidade da Califórnia acessava os arquivos de Farrah e vendia as informações para uma revista de fofocas. Mesmo doente, a atriz processou todos os envolvidos e fez entrar em vigor uma lei no estado da Califórnia protegendo os doentes.

As viagens para a Alemanha, onde a atriz fazia seu doloroso tratamento, ficaram mais frequentes. Mas os tumores voltavam a surgir nos mesmos lugares. Só depois de dois anos de tratamento, o médico optou por remédios que faziam o cabelo cair. Eles evitaram ao máximo porque sabiam que essa era uma das grandes marcas da atriz. Mesmo depois de raspar a cabeça, a atriz ainda conseguiu brincar: "Você não se contentou enquanto não ficou com meu cabelo".

Em maio de 2009, Farrah já não saía mais da cama, sedada para não sentir dor. Sua casa se encheu de emoção no dia da visita de seu filho Redmond, de 24 anos, que estava preso por porte de drogas. À pedido do médico de Farrah, Redmond foi liberado pelo juiz para ver a mãe. Acompanhado de um policial, ele contou: "Perguntei se ela estava com dor, e ela disse: 'Eu te amo'".


Farrah Fawcett: A Jornada Contra o Câncer - INÉDITO

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