Tássia Reis e Laylah celebram a diversidade da música africana, em apresentações no Festival Batuque 2016
Jazz, rap, rock e reggae fazem parte dos shows inéditos que o SescTV exibe, dia 21/12, quarta-feira, às 22h
Para celebrar a música negra e suas vertentes, o Festival Batuque recebe, a cada ano, artistas nacionais e internacionais, em apresentações vibrantes, no Sesc Santo André, na Região do Grande ABC, em São Paulo. A MC paulistana Pathy Dejesus apresentou a 7ª edição do evento, realizado em dezembro de 2016, que contou com os shows das rappers Tássia Reis e Laylah, gravados pelo SescTV – direção para TV de Daniel Pereira. As apresentações vão ao ar no dia 21/2, quarta-feira, às 22h
Nascida na periferia da cidade de Jacareí, interior de São Paulo, Tássia Reis começou sua carreira dançando hip-hop. Aos 18 anos, foi estudar moda na capital paulista. Na mesma época, começou a participar das famosas disputas de rimas - que lançam rappers na cidade -, e a compor suas canções, que hoje, classifica como "rap jazz", estilo que mescla os dois gêneros musicais de raiz negra.
Há cinco anos na estrada, Tássia entende que o ato de compor é um estado de profunda reflexão. "Acredito que fazer música é uma busca por perguntas e respostas sobre minha ancestralidade e religiosidade. Tem a ver com o que está guardado e precisa sair".
Em seu show, a cantora apresenta um repertório baseado no disco Autoesfera, de letras autobiográficas. As canções tratam de questões sobre a defesa do feminino, a mulher negra, a luta diária contra o machismo e a liberdade de poder ser e usar o que quiser. "Não é Proibido fala do medo das coisas, da vida e de se relacionar. Já Se Avexe Não, representa o choro contido e a Ouça-me, o grito. Todas as músicas tem um lugar de fala", explica Tássia.
A segunda apresentação da noite traz a cantora Laylah Arruda, em um show baseado no disco Amálgama, junção entre o batuque brasileiro e o reggae. No repertório, as canções Mãe Preta, Humano Baldio e Um Rolê de Sound System. "O som que eu faço é uma mistura do reggae e do rap, o Stepa, uma vertente da música jamaicana", explica Laylah.
Cantora desde os 12 anos, Laylah iniciou sua trajetória como solista em um coral. Depois, experimentou os ritmos e as rimas do rap, até vincular-se ao reggae. A artista destacou-se como uma das pioneiras do Sound System, movimento que consiste em levar caixas de som e toca-discos para as ruas, e tocar para o povo. Laylah também foi a primeira cantora brasileira de reggae a ter uma música prensada em vinil, com a canção Olhem Para África, no formato compacto 7".
Músicos:
Tássia Reis
Repertório: Não é Proibido, Meu Rapjazz, Se Avexe Não, Semana que Vem, Da Lama, Ouça-me
Laylah
Repertório: Humano Baldio, Mãe Preta, História Única PT1, História Única PT2, Flor de Aço
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