Anderson Silva ao CNN Esportes S/A: “Artes marciais deveriam ser matéria escolar”
Ex-lutador de MMA crê que assim teríamos jovens mais saudáveis, que aprendem a ganhar, perder e a ter respeito; "Spider" é o convidado do programa no próximo domingo, 17, às 21h15 na CNN Brasil
João Vítor Xavier (à esq.) entrevista Anderson Silva; ex-lutador de MMA. Foto: Murillo Grant/CNN Brasil
Anderson Silva é o entrevistado do CNN Esportes S/A desta semana. Ex-lutador de MMA (Martial Mixed Arts), ex-Campeão Peso Médio do UFC (Ultimate Fight Championship), Silva, também conhecido como "Spider" (Aranha) nos octógonos fala ao apresentador João Vítor Xavier neste domingo, 17, às 21h15, sobre a transformação de sua vida em série de TV, que acaba de chegar ao streaming. Ele também aborda o racismo no esporte, o MMA e conta momentos de sua carreira. Para Silva, o esporte é fator inclusão social e as artes marciais deveriam estar no currículo escolar.
A respeito da série sobre sua vida e carreira, ele conta: "Foi um processo demorado porque eu estava apreensivo para contar a minha história. Mas agora, mais amadurecido com questões sociais e raciais, achei importante contar a história do 'Anderson Spider Silva' ".
Silva define a obra como uma série da família negra brasileira, "de um núcleo familiar negro bem-sucedido."
Ao tratar do assunto racismo, Spider afirma: "Dentro da arte marcial é diferente. Todos são colocados no mesmo lugar. Isso não muda muito. Fora do ambiente da luta eu já sofri muitas situações desagradáveis."
Sobre a repercussão dos seguidos ataques racistas sofridos pelo craque de futebol Vini Jr., do Real Madrid, ele opina: "Ele é um exímio atleta e através do esporte conseguiu ganhar notoriedade. Isso ajuda a gente a conseguir dar outros passos contra a violência que o povo negro sofre."
O ex-campeão do UFC vê o papel do esporte como fundamental para a inclusão social: "As artes marciais deveriam ser matéria escolar: teríamos jovens mais saudáveis, que aprendam a ganhar e perder e a ter respeito. O esporte é uma ferramenta de inclusão social."
Aos 48 anos de idade, o atleta elege o seu momento mais especial na carreira como o título mundial conquistado no Japão. E também o mais difícil: o da lesão na perna.
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