Prêmio das Crianças do Mundo 2009 tem exibição nas TVs Cultura e Rá Tim Bum
Nelson Mandela e Somaly Mam estão entre os indicados ao Prêmio, que comemora dez anos de existência
e também os 20 anos da Convenção da Criança da ONU
A TV Cultura e a TV Rá Tim Bum levam ao ar o Prêmio das Crianças do Mundo, que neste ano completa 10 anos de existência e comemora o aniversário com uma edição especial, na qual concorrem os premiados nos nove anos anteriores, entre eles Nelson Mandela, eleito em 2005, e a cambojana Somaly Mam, vencedora em 2008.
O anúncio do ganhador – que acontece em cerimônia na Suécia e nomeia o 'Herói dos Direitos da Criança da Década' - vai ao ar nesta sexta-feira (20/11), às 20h, na TV Rá Tim Bum, e na madrugada de sexta para sábado, à 1h, na TV Cultura. Este ano, o prêmio comemora também os 20 anos da Convenção da Criança da ONU e conta com a participação de 23 milhões de crianças, em 52.000 escolas e 99 países.
Criado pela Fundação Prêmio das Crianças do Mundo, e desde 2005 viabilizado no Brasil com o apoio dos portais de educação da Positivo Informática, o prêmio tem por objetivo fortalecer a voz de crianças e adolescentes, além de promover seus direitos e o intercâmbio humanitário entre diferentes culturas.
No Brasil, participam crianças e jovens de 10 a 17 anos que têm acesso aos portais de educação da Positivo Informática, parceira do prêmio. Organizações não-governamentais atuantes no campo da defesa dos direitos da criança e redes de escolas públicas situadas nas regiões Norte, Sul e Sudeste do País, também promovem o Prêmio das Crianças do Mundo em 2009.
O projeto conta com um júri infantil formado por meninos e meninas de vários países, especialistas em direitos da criança, como resultado da suas histórias de vida - órfãos de tsunamis, portadores de HIV, escravos por dívida etc. Ou, também por meio da sua luta para defender os direitos de outras crianças.
Os indicados a Herói da Década são:
Nelson Mandela, África do Sul
Graça Machel, Moçambique
Mandela, pela sua vida de luta pelos direitos iguais para todas as crianças da África do Sul e seu trabalho em defesa dos direitos das crianças. Machel, sua esposa, pelos 25 anos de luta pelos direitos das crianças vulneráveis de Moçambique, em especial pelos direitos das meninas.
Somaly Mam, Camboja
Somaly, que após ter sido uma escrava sexual quando criança, se dedica há 13 anos a libertar meninas da escravidão sexual e oferece a elas reabilitação e educação. Ela foi punida pelo trabalho que realiza quando sua filha de 14 anos foi seqüestrada, drogada, estuprada e vendida para um bordel.
Iqbal Masih, Paquistão (póstumo)
Iqbal foi uma criança escrava por dívida de uma fábrica de tapetes. Quando ele foi libertado, lutou pelos direitos das crianças escravas por dívida. Iqbal foi assassinado no dia 16 de Abril de 1995.
Asfaw Yemiru, Etiópia
Asfaw era uma criança de rua aos 9 anos. Aos 14 anos, abriu sua primeira escola para crianças de rua debaixo de uma árvore de carvalho. Desde então, ele devota sua vida há quase 50 anos para oferecer às crianças mais vulneráveis da Etiópia uma chance de ir à escola.
Nkosi Johnson, África do Sul (póstumo)
Nkosi nasceu com HIV. Ele lutou pelos direitos das crianças que sofrem com o HIV/AIDS até sua morte aos 12 anos de idade.
Maiti, Nepal
Maiti luta contra o tráfico de meninas pobres do Nepal para a Índia, onde elas são forçadas a trabalhar como escravas sexuais em bordéis, e que reabilita meninas vítimas deste tráfico.
Maggy Barankitse, Burundi
Maggy salvou dezenas de milhares de crianças órfãs da guerra que devastou o Burundi, e ofereceu a elas um lar, amor e acesso à escola, nos últimos 15 anos.
James Aguer, Sudão
James libertou milhares de crianças sequestradas e vítimas do trabalho escravo no Sudão nos últimos 20 anos. James já foi preso 33 vezes e quatro de seus colegas foram assassinados.
Prateep Ungsongtham Hata, Tailândia
Prateep foi uma criança trabalhadora aos 10 anos. Desde que abriu sua primeira escola aos 16 anos, ela se dedica há quase 40 anos à luta para oferecer às crianças mais necessitadas a chance de ir à escola.
Dunga Mothers, Quênia
Vinte mães no Quênia lutam há 12 anos pelos direitos das crianças órfãs pela AIDS de frequentarem a escola, terem uma casa, alimentação, amor e seus próprios direitos respeitados.
Craig Kielburger, Canadá
Craig fundou a organização "Free the Children" aos 12 anos. Ele luta pelo direito das crianças e adolescentes de serem ouvidos e para libertar crianças da pobreza e de violações aos seus direitos.
AOCM, Ruanda
AOCM reúne 6000 pessoas órfãs vítimas do genocídio em Ruanda, que ajudam umas as outras a sobreviver, compartilhando comida, roupas, educação, um lar, cuidados com a saúde e amor.
Betty Makoni, Zimbabwe
Por meio da Girl Child Network, Betty encoraja meninas a reinvidicarem seus direitos, apóia aquelas expostas ao abuso e protege outras do casamento forçado, do tráfico e da exploração sexual.
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