Marcia Peltier Entrevista Bibi Ferreira na CNT

 

Ela é uma prova viva de que o talento pode ser genético. Filha de Procópío Ferreira, um dos maiores atores da história do Brasil, seguiu a carreira artística desde cedo. Estreou nos palcos com apenas 24 dias de vida. Daí não parou mais e se tornou atriz consagrada.

 

O Programa Marcia Peltier Entrevista desta terça-feira, dia 11 de janeiro, recebe a atriz, cantora e diretora Bibi Ferreira.

 

Bibi estreou nos palcos cedo... Mas muito cedo mesmo! "Meu pai fazia uma peça na qual tinha uma cena com um bebê. Eles iam usar uma boneca. Mas, pouco antes do início do espetáculo a boneca sumiu e alguém lembrou que ele tinha uma filha recém-nascida. E eu estreei com 24 dias de vida nos palcos", lembra.

 

Essa história mostra que o destino dela era mesmo ser atriz. "Enquanto todas as moças da época eram proibidas de trabalhar com teatro, meu pai que era ator e minha mãe que era bailarina me incentivavam a seguir a carreira artística", conta.

 

Bibi teve que enfrentar preconceitos da época, nas décadas de 30 e 40 do século passado. Ela chegou a ser impedida de cursar o Colégo Sion no Rio de Janeiro, por ser filha de ator. Mas isso acabou ajudando no início da vida de artista. "Um amigo do meu pai sugeriu a ele que me lançasse no teatro, porque como o caso da minha barração no colégio teve muita repercussão na época, ele achava que isso chamaria a atenção das pessoas para minha estréia nos palcos. E meu pai, que enfrentava dificuldades financeiras, aceitou a idéia", fala.

 

E Bibi foi em frente. Estudou , se preparou. E hoje é uma artista completa: sabe dançar, canta bem e interpreta como ninguém.

 

Ela participou de espetáculos que marcaram época, como: Brasileiro profissão esperança e Piaf, a vida de uma estrela.

 

A cantora francesa Edith Piaf, aliás, é um personagem que marcou a carreira de Bibi. "A Piaf é um personagem que não me deixa livre. Todos lembram e pedem nos meus shows para que eu cante as músicas dela. Mas isso também se deve ao sucesso da adaptação feita no Brasil para o espetáculo. O Flávio Rangel e o Millôr Fernandes deixaram a Piaf alegre, que é como ela era na verdade", diz.

 

Não à toa, é uma colecionadora de premiações. Ganhou os prêmios: Moliére, Mambembe, Sharp, Saci e o da Associação Paulista dos Críticos de Arte. "Tudo o que eu fiz de trabalho, foi para sobreviver. Porque na verdade sou muito preguiçosa.", brinca.

 

Além do teatro e do cinema, também apresentou e dirigiu programas de televisão na Tupi e na Excelsior.  Foi uma das primeiras apresentadoras de tevê a usar o videoteipe. "Eu comecei a usar o VT, mas eu não gosto de programas gravados. O gravado não sou eu. Prefiro fazer ao vivo", revela.

 

Ela conta ainda na entrevista, a história dos erros de gravação durante uma entrevista para a tv com o antropólogo  Darcy Ribeiro na década de 60. E como essa grande dama das artes dramáticas se definiria? "Sou uma pessoa alegre. A vida tem que ser alegre!", conclui.

           


Marcia Peltier Entrevista, na CNT, 11/01/2011 22:45.


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