National Geographic estreia especial sobre intolerância LGBTI+ no Brasil


Filmado em São Paulo e Brasília, e produzido pela VICE, este episódio da série documental "Explorer Investigation" tem depoimentos de vítimas de violência LGBTI+ e ativistas da inclusão de gênero.

Estreia no National Geographic na segunda, dia 17 de setembro, às 22h30.
Disponível também nas plataformas digitais de Nat Geo e YouTube

"Intolerância LGBTI+" é o segundo episódio da série "Explorer Investigation", nova produção original do National Geographic. Acompanha os passos de Wellington Amorim, enquanto ele analisa a situação de discriminação a que está submetida a comunidade LGBTI+ no Brasil.  

De um lado, a Parada do Orgulho LGTB de São Paulo, que acontece desde 1997 na Avenida Paulista, já foi considerada uma das maiores do mundo, e o casamento entre pessoas do mesmo sexo é reconhecido em todos os estados brasileiros desde maio de 2013. De outro, o país é hoje responsável por 40% de todos os casos de violência LGBT no mundo e em 2017, 445 pessoas foram assassinadas, vítimas da intolerância em relação à sua orientação sexual ou identidade de gênero.  

Wellington conversa com militantes do coletivo transexual, o grupo mais afetado pelos crimes de ódio, que dão testemunho sobre sua luta, os perigos e o preconceito que enfrentam todos os dias e explicam por que continuam lutando apesar das dificuldades. Wellington acompanhará a artista trans RoDrag em uma de suas performances e marchará junto a Ariel, um ativista trans, em um protesto para lutar por seus direitos.

São muitas as vítimas. Também se encontrará com Zilda Laurentino, mãe de Laura Vermont, uma adolescente trans assassinada em junho de 2015, depois de ter sido espancada por um grupo de homens e mais tarde ignorada e agredida pela polícia. Ou uma ativista que decide não "ser suicidada" antes de dizer as suas últimas palavras. "Preciso dizer que te amo", escreve nos braços dos outros para sensibilizá-los contra o suicídio de homens trans. ""No dia da parada, você consegue fingir que todos os corpos conseguem ocupar o mesmo lugar", afirma um ativista.

Mais tarde conhecerá a tarefa de Avelino Fortuna, que integra a ONG "Mães da diversidade" e que trabalha para que existam famílias mais tolerantes, onde as pessoas LGBTI+ sejam aceitas. Avelino relata como sua militância começou logo de que seu filho, Lucas Fortuna, que era abertamente gay e lutava pelos direitos da comunidade, foi brutalmente assassinado em 2012.

Wellington se enfrentará ao duro relato de um ex-integrante da gangue "Carecas do ABC", que foi responsável de um dos primeiros assassinatos homofóbicos cometidos por grupos skinheads que se fizeram conhecidos e receberam cobertura mediática.

O episódio também analisa a cena política. Em Brasília, Wellington conversa com legisladores conservadores como Marco Feliciano, um dos mais controvertidos em relação a este tema, conhecendo a posição de quem apoia uma lei que busca implementar uma "cura gay" para terminar com o "transtorno de orientação sexual".

Dialoga também com o único parlamentário abertamente homossexual do Brasil: Jean Willys. Um dos candidatos que mais votos conseguiu nas eleições de 2014, ele conta a Wellington sobre sua agenda para defender a comunidade LGBTI+ e a sensação de perigo permanente com a que vive desde o assassinato da vereadora Marielle Franco, que também defendia a comunidade LGTBIQ,  em março de 2018 no Rio de Janeiro. 

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