As diferentes estruturas de uma narrativa são discutidas pelo escritor Carlos de Brito e Mello, no SescTV


 



O tema será tratado em episódio inédito da série Super Libris, no dia 24/9, segunda-feira, às 21h



Foto: Piu Dip

 

A estrutura de um romance pode ser organizada de diversas formas, seja em sequência cronológica, em círculo, em paralela ou em triângulo. Para discutir os vários caminhos da narrativa e a resistência que muitos leitores têm de aceitar uma história não linear, o SescTV exibe Literatura para Montar (A Estrutura Exposta da Narrativa), episódio inédito da série Super Libris, que traz, como entrevistado, o escritor mineiro Carlos de Brito e Mello (44). A produção será exibida no dia 24/9, segunda-feira, às 21hcom direção de José Roberto Torero. (Assista também em sesctv.org.br/aovivo.) 

 

Mestre em comunicação social, professor universitário e psicanalista, Carlos lançou seu primeiro livro, O Cadáver Ri dos seus Despojos, em 2007. No ano seguinte foi vencedor do prêmio Governador de Minas Gerais de Literatura, na categoria Jovem Escritor Mineiro, com o projeto que resultou na publicação A Passagem Tensa dos Corpos, em 2009, e que o revelou como escritor. Em 2013 lançou o romance A Cidade, o Inquisidor e os Ordinários, tido como uma das melhores leituras daquele ano.

 

Adepto a estrutura não linear, Carlos acredita que o livro Ulisses (1922), do romancista, contista e poeta irlandês James Joyce, que possui distintos modos de narrativa, é o que mais se destaca nesse gênero. "Quer dizer, ele possui cronologia clássica, mas cada capítulo é um estilo diferente", comenta. Para o mineiro, essa obra é como se fosse um catálogo com vários jeitos de contar história e se assemelha ao poema Odisseia (século VIII a.C.), atribuído ao escritor grego Homero.  

 

Carlos fala sobre o inesperado - elemento que faz parte de uma narrativa ordenada por múltiplos caminhos -, que, segundo ele, não é aceito pelos leitores e pelas pessoas em geral. "As surpresas são muito bem acolhidas quando são absolutamente previsíveis", admite. Ele comenta, também, sobre como são as personagens de um relato que não segue a regra de começo, meio e fim.

 

No episódio Literatura para Montar (A Estrutura Exposta da Narrativa), Carlos de Brito e Mello participa ainda dos quadros: Pé de Página, no qual mostra o lugar onde escrever, e comenta como e porque o faz; Primeira Impressão, onde indica o romance Vermelho Amargo (2011), de Bartolomeu Campos de Queirós; e Epígrafe, em que o diretor do filme Memória Póstumas (2001), André Klotzel, fala sobre a adaptação que fez, para o cinema, do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis.

 

O episódio contempla ainda os quadros: Orelhas, que apresenta a biografia do o pernambucano Osmar Lins (1924); Prefácio, com Dolores Prades, consultora na área editorial de literatura para crianças e jovens, que sugere livro álbum de ficção infantil juvenil Vozes do Parque (1998), do inglês Anthony Browne; e Quarta Capa, que traz a youtuber Tatianne Dantas com comentários sobre a obra A Passagem Tensa do Corpos, de Carlos de Brito e Mello.


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