Exposição "Sentido" de Bob Nugent na DAN Contemporânea é prorrogada

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Exposição reúne pinturas produzidas ao longo de duas décadas pelo artista norte-americano inspirado pela Bacia do Rio Amazonas, e outras regiões do Brasil, como Inhotim

Valley of the Moon #5 Foto: Divulgação

 

O contraste e o conflito entre a beleza da Amazônia e sua permanente destruição foram traduzidos em tinta óleo e cores nas pinturas de Bob Nugent. Ao longo de mais de 20 anos, o artista norte-americano documentou a floresta e seus destinos por meio da arte. Prorrogada até 9 de março, a exposição "Sentido" reúne na DAN Galeria as obras que debatem o desmatamento e a mineração, e ainda trazem perspectivas sobre outras regiões do solo brasileiro, como Inhotim.

As telas trazem a memória associada aos objetos e sensações vivenciadas nas inúmeras visitas que o artista fez na Bacia do Rio Amazonas. Formas naturalistas semelhantes a colmeias, vértebras, casulos, formigueiros, formas de plantas e insetos estão dispersos na superfície das obras. A devastação vem representada por meio de tons profundos.

"O homem moderno vê a floresta como uma enorme riqueza – mas ao mesmo tempo testemunhamos seu esgotamento. Diferentemente dos grupos indígenas, que ali vivem em harmonia há gerações, nós ainda não conseguimos encontrar o equilíbrio necessário que proteja esta riqueza para o futuro", destaca Bob Nugent. O artista acredita que valorizar a beleza da Amazônia é um dos caminhos para alertar sobre a urgente necessidade de preservação.

Roberto Elisabetsky, autor do livro "Sentido" sobre a obra do artista plástico, analisa o trabalho como uma produção visual única. "Nugent traduz essa tênue delicadeza de forma única, como num alerta ao observador: desfrute do belo, mas saiba que a beleza é efêmera e passageira, não nos foi presenteada com nossa isenção de responsabilidade por ela. A obra de Bob Nugent, nas múltiplas formas e mistérios da natureza que retrata, é um convite ao desfrute do belo e à constatação de que a magnitude desse presente é finita e requer nossa cumplicidade para seguir existindo."

O artista já esteve em aproximadamente 130 exposições individuais e mais de 650 coletivas nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América do Sul. No Brasil, seu trabalho esteve presente em mostras conjuntas no Mube (2018), no Museu Tomie Ohtake (2007) e no Masp (1998). Suas obras estão em importantes coleções brasileiras como a do Museu Tomie Ohtake, do Masp, Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Rio de Janeiro.

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