ESPECIAL TCM ANJOS E DEMÔNIOS EM SETEMBRO.

Inocentes e etéreas como uma manhã ensolarada, ou provocadoras e fatais como uma noite sombria, as divas de Hollywood estimularam a imaginação de seu público com uma incitação obscura ao excesso ou com uma promessa luminosa de eterna beleza e felicidade.


Ingrid Bergman irradiava autenticidade e benevolência, sempre insistindo em manter um aspecto natural e desfazendo-se da mácula pesada de maquiagem e mistério impregnada por sua compatriota Greta Garbo.

Simples, honesta e moderna, Doris Day era a garota da porta ao lado, a mulher/amiga ideal que uma pessoa esperaria encontrar em “qualquer” lar norte-americano. Mas, como disse Joan Crawford: se desejam a garota da porta ao lado, que se dirijam até lá. Lá, não encontraremos a exótica Marlene Dietrich, um ícone de paixões proibidas, ou a felina Lauren Bacall, de voz rouca e sensual, mais intensa do que seu leading man Humphrey Bogart. Algumas se submeteram ao sexo forte, como as irresistíveis Rita Hayworth e Ava Gardner com suas curvas indescritíveis, mas outras exerceram um domínio, mesmo que benevolente, sobre seus “súditos”, como as princesas saídas de um conto de fadas Audrey Hepburn e Grace Kelly.


Com os papéis que escolheram – ou que Hollywood as fez adotar – algumas estrelas deixaram nas telas a marca de sua personalidade: Bette Davis sacudiu diretores, co-estrelas e executivos com seu caráter e determinação, ao mesmo tempo em que presenteou a audiência com um novo tipo de heroína, tão durona quanto qualquer homem; ou então Barbara Stanwyck, que teve uma infância digna de uma obra de Dickens e que interpretou mulheres que lutavam por sua sobrevivência com unhas e dentes, passando por cima do que fosse. No lado oposto, Olivia de Havilland interpretava senhoritas frágeis e chegou a declarar, quando lhe ofereceram o papel de Blanche DuBois em “Uma Rua Chamada Pecado”, que “uma dama não faz ou diz essas coisas na frente das telas".
Outras vezes, o physique du rol das estrelas as levou a ocupar um lugar incontestável no imaginário público: o olhar terno de Jean Arthur agregou uma qualidade angelical a seus papéis cômicos.


No caso de Marilyn, sua sensual fragilidade tentou o público masculino tanto quanto suas curvas, gerando a provocativa alquimia de um demônio sedutor com a alma inocente de uma criança.

Em setembro, o TCM apresenta Anjos e Demônios, uma batalha de divas no céu estrelado de Hollywood, na qual o encanto de etéreas e luminosas criaturas celestiais briga contra a tentação irresistível de poderosas e intensas “afrodites” pela alma do público.


Segunda-feira 01/09
22h00 l INGRID BERGMAN l Casablanca
23h45 l GRETA GARBO l Grande Hotel (Grand Hotel)

Quinta-feira 04/09
22h00 l MARLENE DIETRICH l O Expresso de Shanghai (Shanghai Express)
23h25 l DEBORAH KERR l A Um Passo da Eternidade (Fom Here to Eternity)

Segunda-feira 08/09
22h00 l AUDREY HEPBURN l Cinderela em Paris (Funny Face)
23h50 l JOAN CRAWFORD l Fogueira de Paixão (Possessed)

Quinta-feira 11/09
22h00 l BARBARA STANWYCK l Pacto de Sangue (Double Indemnity)
23h55 l DEBBIE REYNOLDS l Cantando Na Chuva (Singin' in the Rain)

Segunda-feira 15/09
22h00 l OLIVIA DE HAVILLAND l Tarde Demais (The Heiress)
00h00 l BETTE DAVIS l Jezebel

Quinta-feira 18/09
22h00 l LAUREN BACALL l À Beira do Abismo (The Big Sleep)
00h05 l JEAN ARTHUR l O Galante Mr. Deeds (Mr. Deeds Goes to Town)
Segunda-feira 22/09
22h00 l JUDY GARDLAND l O Mágico de Oz (The Wizard of Oz)
23h45 l MARILYN MONROE l Quanto Mais Quente Melhor (Some Like It Hot)

Quinta-feira 25/09
22h00 l RITA HAYWORTH l Gilda
23h50 l GRACE KELLY l Janela Indiscreta (Rear Window)

Segunda-feira 29/06
22h00 l DORIS DAY l Volta Meu Amor (Lover Come Back)
00h00 l AVA GARDNER l Os Assassinos (The Killers)