NOVA SÉRIE “CAÇADORES DE NAZISTAS” NO DISCOVERY CHANNEL.
NOVA SÉRIE "CAÇADORES DE NAZISTAS" REÚNE ALGUMAS DAS MAIORES HISTÓRIAS DE VINGANÇA DO ÚLTIMO SÉCULO
Produção em 13 episódios relata como os personagens mais odiados do século 20
eram perseguidos por aqueles que buscavam justiça a qualquer preço
Na quinta-feira, 1º de julho, às 23h, o Discovery Channel estreia CAÇADORES DE NAZISTAS(Nazi Hunters), série dividida em 13 episódios que conta a história de um grupo de pessoas extraordinariamente obstinadas que, sem medir sacrifícios, perseguiram e capturaram alguns dos homens e mulheres mais procurados do mundo. Algumas vezes eles agiam pelo mais nobre dos motivos – mas, em outras, recorriam a métodos que, após serem revelados, horrorizaram até mesmo seus mais ferrenhos defensores.
Em CAÇADORES DE NAZISTAS, o telespectador é remetido a uma viagem a um mundo secreto e perturbador, onde a moral nem sempre é respeitada e os motivos são complexos. São relatadas histórias de terríveis atrocidades – de ambos os lados – assim como um brilhante trabalho investigativo, coragem assombrosa, altos riscos e pouca prudência. Também há decepções, crueldade e revelações inesperadas. Conheceremos ainda heróis, vilões, conspiradores e mentirosos – tudo isso sem falar nos nazistas, os homens mais odiados que o século 20 produziu.
A série começa nos derradeiros dias da Segunda Guerra Mundial, quando os aliados começaram a compilar a lista das atrocidades e atos de extermínio cometidos pelas lideranças nazistas, e a preparar a lista das pessoas que desejavam capturar, interrogar e julgar. Conforme a Europa foi sendo libertada, os chefes do nazismo se refugiaram, enquanto os serviços de inteligência ingleses e norte-americanos iniciavam as perseguições.
Esses agentes aliados ('caçadores') perseguiam indivíduos cujos crimes de guerra eram tão horrendos que não tinham como não ser punidos. E havia muita gente disposta a ir atrás dessas pessoas até que a justiça fosse feita. As histórias dessa perseguição, e da luta para equilibrar a balança da Justiça, estão repletas de drama, intrigas e tragédias. Quais as pessoas que teriam de ser perseguidas? Deveria ser a pena de morte o castigo para os crimes dos nazistas? Em alguns casos, dizia-se que eram os perseguidores que haviam perdido todo e qualquer senso de decência e proporção. Estas são algumas das maiores histórias de vingança dos últimos 100 anos.
Confira a seguir a descrição do primeiro episódio:
Cientistas nazistas
Estreia: quinta-feira, 1º de julho, às 23h
Cientistas alemães brilhantes trabalharam para o regime nazista nas décadas de 1930 e 1940, criando os mísseis balísticos V-2 – as "bombas voadoras". Quando a guerra terminou, os Estados Unidos estavam ansiosos por encontrar esses cientistas antes que a União Soviética o fizesse, para se apoderar e se utilizar de sua perícia e conhecimentos. Seu desejo – e necessidade – de superioridade militar ultrapassava em muito quaisquer preocupações de levar tais criminosos à Justiça. As operações de guerra dos criadores das bombas V-2 escondiam, contudo, um segredo sombrio: centenas de trabalhadores escravos haviam morrido na construção dos mísseis – e houve uma intensa busca pelos criminosos na Alemanha, em 1945, antes que os russos os encontrassem.
Os 'caçadores' dos serviços de inteligência do exército dos EUA eram liderados pelo Major Robert B. Staver. Sua função era identificar, capturar e 'exportar' todos os principais cientistas nazistas cujos conhecimentos pudessem aperfeiçoar a máquina militar norte-americana. No alto da 'Lista Negra' de Staver estava o nome de Werner Von Braun. Ele era o cientista-chefe de Hitler na criação da V-2. Em junho de 1945, Staver o encontrou. Von Braun e sua equipe foram rapidamente 'removidos' e estabelecidos nos Estados Unidos, onde contribuíram significativamente para os programas espaciais e de mísseis balísticos norte-americanos. Da equipe levada para os EUA fazia parte também Arthur Rudolph, que, com Von Braun, ajudaria a desenvolver o foguete Saturno V e o míssil Pershing.
Em 1975, Von Braun recebeu a Medalha Nacional da Ciência. Mas, pouco a pouco, a história do que essas pessoas haviam feito começava a vazar. Revelou-se que Von Braun havia trabalhado em estreito contato com o General da SS Hans Kammler, o engenheiro que estava por trás da criação e construção de campos de extermínio nazistas, como Auschwitz. E ele havia recomendado o uso dos prisioneiros dos campos como trabalhadores escravos, na fabricação das bombas V-2. Arthur Rudolph, então engenheiro-chefe da fábrica de mísseis V-2 de Peenemünde, havia apoiado a ideia quando a falta de mão-de-obra ameaçara o programa. As condições de trabalho desses 'escravos' eram terríveis e, segundo estimativas, mais pessoas morreram na produção das bombas V-2 do que atingidas por elas enquanto armas. As autoridades norte-americanas estavam cientes do envolvimento de Von Braun, mas preferiram ignorar o fato.
Von Braun morreu em 1977. Arthur Rudolph se aposentou em 1969, depois de serem concedidas a ele diversas medalhas, inclusive da NASA. Mas, em setembro de 1982, Rudolph recebeu uma carta do recém-criado Departamento de Investigações Especiais norte-americano, convocando-o para uma entrevista. O departamento interrogou-o sobre suas opiniões quanto ao nazismo e o uso de prisioneiros no campo de concentração. Como resultado da investigação, Rudolph renunciou voluntariamente à cidadania americana, abandonou os Estados Unidos e voltou à Alemanha. O governo alemão fez a sua própria investigação e absolveu Rudolph de qualquer delito ou crime, mas outras instituições, inclusive a Organização Judaica Mundial (World Jewish Organization) descobriu testemunhas das atrocidades cometidas na fábrica das V-2. Em 1989, Rudolph pediu visto de entrada nos Estados Unidos, para participar nas comemorações do 20.º aniversário da chegada do homem à Lua, visto esse negado pelo Departamento de Estado. Grupos neonazistas organizaram manifestações de apoio a ele. Rudolph morreu em Hamburgo (Alemanha) em 1996.
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