Coprodução da GRIFA FILMES com Alemanha e França estreia no Canal Curta! sexta-feira, 8 de fevereiro
Série inédita, em quatro programas, sobre a explosão cultural e política de 1968 traz rico material de arquivo e entrevista personalidades em Roma, São Francisco, Paris, Tóquio, Berlim, Londres e São Paulo
Imagens: https://1drv.ms/f/s!Atv-ENfJL4GFgt4cPUPaTdY6NJLQiA
Estreia nesta sexta-feira, 8 de fevereiro, às 23 horas, no Canal Curta! a série INÉDITA 1968-O Despertar, coprodução daGRIFA FILMES com a alemã Gebrueder Beetz e a francesa Artline Films. A produção é de Fernando Dias, Mauricio Dias,Christian Beetz e Olivier Mille.
Com direção do britânico Don Kent, que presenciou o movimento Maio de 68 quando era estudante em Paris, na escola de cinema IDHEC (Institut des Hautes Études Cinématographiques), a série retrata a revolução cultural e política ocorrida há 50 anos, com base em depoimentos de testemunhas e imagens de arquivo.
1968- O Despertar foi escolhido para receber o prêmio "Sonuma Archives Award" no festival SunnySide of the Doc, na França, que deu acesso a arquivos de imagens históricas na Europa. A série viajou pela América, Ásia e Europa para encontrar testemunhas da época em São Paulo, Roma, São Francisco, Paris, Tóquio, Berlim e Londres.
No Brasil, a produção entrevista a ex-presidente Dilma Rousseff, o músico Tom Zé e a historiadora Janaina Teles. A série também tem depoimentos dos filósofos Régis Debray, Toni Negri e Judith Butler, da ex-militante do grupo Panteras Negras, Kathleen Cleaver; dos escritores David Horowitz, Hélène Cixous, Erri De Luca, Alain Mabanckou e Viet Thanh Nguyen; do ex-baterista da banda The Doors, John Densmore; e da pianista chinesa Zhu Xiao-Mei, entre outros nomes.
O objetivo da série é mostrar que, em países tão diferentes quanto as antigas nações europeias, o Japão, os Estados Unidos, o México, o Brasil, a República Tcheca ou o Zaire, os jovens estudantes muitas vezes encabeçaram movimentos contra uma sociedade colonial, autoritária e moralizadora.
Com uma abordagem crítica e internacional, a série examina o que restou dos ideais e da efervescência cultural e social dos anos 60, e que impacto os movimentos dessa década tiveram na formatação do mundo atual, abrindo espaço para a globalização, movimentos ecológicos, feministas e gays.
Episódio de estreia A Onda - Sexta-feira, 8 de fevereiro, às 23 horas
Uma onda, que começou em 1965 e cedeu apenas dez anos depois, em 1975, levou a juventude do mundo a contestar o tipo de vida que estava sendo oferecido a ela. Eles recusaram os modelos de sociedade, política e cultura em vigor e foram às ruas em busca de mudanças. 1968-O Despertar reúne imagens e sons das lutas pelos direitos civis dos negros e dos primeiros movimentos estudantis contra a Guerra do Vietnã, que deram impulso às revoltas globais que se espalhariam pelo planeta em 1968.
Entre os exemplos da violência no período, estão os ataques da Fração do Exército Vermelho ou RAF (Grupo Baader-Meinhof), na Alemanha e das Brigadas Vermelhas, na Itália. No Brasil, o regime militar, instaurado em 1964, foi contestado pela juventude em protestos na rua ou em organizações clandestinas. A ex-presidente Dilma Rousseff dá uma entrevista sobre o apoio que os norte-americanos davam à ditadura. A historiadora Janaina Teles lembra que foi presa com cinco anos por pertencer a uma família de militantes de esquerda.
Segundo programa Verão de Amor, Verão de Conflito - Sexta-feira, 15 de fevereiro, às 23 horas
Enquanto os jovens europeus continuam a protestar contra o autoritarismo de seus governos, os Estados Unidos vivem um verão de amor na costa Oeste, com música e a expansão da cultura hippie, e um verão de conflitos no resto do país, com protestos raciais e confrontos violentos nas ruas. Martin Luther King Jr. e Bobby Kennedy são assassinados em 1968. Na França, durante algumas semanas de maio, estudantes e operários param o país e acreditam que podem mudar a sociedade - mas logo o presidente De Gaulle retoma as rédeas com mais firmeza. No México, os Jogos Olímpicos foram precedidos pelo massacre de manifestantes em Tlatelolco.
Terceiro programa A explosão - Sexta-feira, 22 de fevereiro, às 23 horas
A violência de Estado e a violência de organizações clandestinas marcam o final dos anos 60 e início dos anos 70. No final de 1968, muitos dos sonhos nascidos nos anos precedentes já estavam mortos. Nos anos seguintes, alguns dos manifestantes iriam adotar uma estratégia de luta armada. Na Alemanha, o Grupo Baader-Meinhof simboliza a virada violenta da contestação organizada por grupos de extrema-esquerda. Na Itália, os anos de chumbo começam depois do massacre da Piazza Fontana, o primeiro de cinco atentados a bomba em dezembro de 1969 nas cidades de Roma e Milão.
Quarto programa Lutas Globais - Sexta-feira, 1º de março, às 23 horas
Desiludidos com o fim das esperanças nascidas nos anos 60, muitos dos manifestantes viram as costas à sociedade, preferindo um estilo de vida alternativo. Outros ainda tentam mudar a sociedade por meio do ativismo a favor do meio ambiente, da liberação feminina ou dos direitos dos homossexuais. O músico Tom Zé explica como, no Brasil, a ditadura militar não consegue conter a efervescência cultural da época. Em 1969, uma batida policial no bar gay Stonewall Inn, de Nova York, deu início ao movimento LGBT global.
Ficha Técnica
Coprodução: GRIFA FILMES, Gebrueder Beetz Filmproduktion e
Realização: Arte, Gebrueder Beetz Filmproduktion, GRIFA FILMES - 2018
Diretor: Don Kent
Produção: Christian Beetz, Fernando Dias, Mauricio Dias, Olivier Mille
Produção Executiva: Fernando Dias, Martin Pieper, Mauricio Dias
Direção de Fotografia: Christophe Neuville, Frank Reimann, Laurent Fenart, Mauricio Dias, Oliveir Raffet
Som Direto: André Zacher, Antoine Rodet, Paulo Seabra, Sylvain Lambinet
Mixagem: Amelie Canini, Caio Carvalho, Rafael Benvenuti
Roteiro: François-Xavier Destors, Georg Tschurtschenthaler
Edição: Claire Vandewalle, Paulo Mattos, Toby Trotter
Pesquisa: Daniel Augusto, Gianna Franceschini, Ilka Hempfing, Isabel Oliva, Itzia Gabriela Fernandez Escareño, Marie-Nicole Feret, Natsu Kawakami
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