Canal Brasil encerra programação de 2010 com três mostras especiais

 

Arnaldo Jabor, Ferreira Gullar e Pelé são homenageados em dezembro

 

A programação de dezembro do Canal Brasil presta homenagens a três personalidades importantes no cenário brasileiro: Arnaldo Jabor, Ferreira Gullar e Pelé. Cada um dos nomes ganha uma mostra especial que retrata parte da trajetória única e particular de cada um.

 

Comemorando seus 70 anos em 2012, o Canal Brasil selecionou oito filmes do cineasta Arnaldo Jabor, além da exibição de um exclusivo making of do longa A Suprema felicidade, sua última produção que celebra o fim de um jejum de mais de duas décadas sem lançar um longa-metragem. Antes da exibição dos filmes – à exceção da abertura da mostra – um bate-papo entre Jabor e Carla Camurati revela as peculiaridades de cada título. A programação oferece uma retrospectiva da obra cinematográfica do homenageado, celebrando a trajetória de um personagem marcante de nossa cultura. A mostra Arnaldo Jabor começa no dia 07 de dezembro, às 22h, e segue até o final do mês.

 

O rei do futebol Pelé ganha homenagem do Canal Brasil, que exibirá quatro títulos sobre sua carreira em sequência. A Maratona Pelé traz dois documentários da década de 1970:Isto É Pelé e Subterrâneos do Futebol, além do curta Uma História de Futebol, abordam episódios que permeiam a vida do craque dentro das quatro linhas. Já no filme Os Trombadinhas, o rei invade a tela grande para mostrar sua versatilidade como ator. A Maratona Pelé acontece no dia 11 de dezembro, a partir das 16h30.

 

Um dos grandes poetas da língua portuguesa, Ferreira Gullar acaba de completar 80 anos de vida. Para homenagear o poeta maranhense, o Canal Brasil apresenta uma programação especial contendo os curtas Ferreira Gullar – A Necessidade da Arte, e Por Acaso Gullar, além do documentário em média metragem Ferreira Gullar – O Canto e a Fúria. São histórias, poemas e depoimentos de uma das mais conceituadas personalidades do país, resultado de 50 anos de intensa atividade política e cultural. A programação especial Ferreira Gullar acontece no dia 22 de dezembro, a partir das 18h.

 

Mostra Arnaldo Jabor – 70 Anos:

Estreia: terça dia 7/12, às 22h.

Horário: terças e quartas, às 22h

 

Terça, dia 07/12, às 22h:

O Circo (1965) (27') – O curta-metragem marca a estreia de Arnaldo Jabor no cinema. Acompanhando um grupo de saltimbancos e sua caravana pelos subúrbios do Rio de Janeiro, a produção mostra a vida lírica desses artistas em sua profissão milenar.

 

INÉDITO e EXCLUSIVO: Making of – Por Onde Anda a Suprema Felicidade (2010) (19') – O programa revela ao público curiosidades sobre o mais recente lançamento de Jabor, A Suprema Felicidade. O making of traz detalhes dos bastidores, com depoimentos do elenco, do diretor e da equipe técnica do filme.

 

Quarta, dia 08/12, às 22h:

Opinião Pública (1967) (72') – O primeiro longa-metragem dirigido por Arnaldo Jabor tem como objetivo analisar os corações e as mentes da classe média brasileira, logo após o golpe militar. O documentário mostra como o segmento social, com conservadorismo e ingenuidade, apoiou esse movimento.

 

Pindorama (1970) (81') – A primeira aventura de Arnaldo Jabor na direção de filmes de ficção representou o Brasil no Festival de Cannes em 1971. Realizada no auge da repressão da ditadura militar, trata-se de uma alegoria sobre as origens históricas do país. No elenco, Maurício do Valle, Hugo Carvana, Wilson Grey e Ítala Nandi.

 

Terça, dia 14/12, às 22h:

Toda Nudez Será Castigada (1973) (102') – Darlene Glória, Paulo Porto, Paulo Cesar Peréio, Hugo Carvana e Sérgio Mamberti no elenco. Baseado na peça de Nelson Rodrigues, o filme faturou o Urso de Prata no Festival de Berlim e os Kikitos de melhor filme e atriz (Darlene Glória) – além de menção especial pela música de Astor Piazzolla – no Festival de Gramado, todos em 1973.

 

Quarta, dia 15/12, às 22h:

O Casamento (1975) (96') – No elenco da segunda adaptação de Jabor para a obra de Nelson Rodrigues, Adriana Prieto (em seu último filme), Paulo Porto, Camila Amado, Nelson Dantas, André Valli, Carlos Kroeber e Fregolente. A produção ganhou o Prêmio Especial do Júri e o troféu de melhor atriz coadjuvante (Camila Amado) no Festival de Gramado, em 1976.

 

Terça, dia 21/12, às 22h:

Tudo Bem (1978) (111') – Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Paulo Gracindo, Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães, Paulo Cesar Peréio, José Dumont, Stênio Garcia e Zezé Motta no elenco. O longa levou dois prêmios em Brasília, em 1978: melhor filme e ator coadjuvante (Paulo Cesar Peréio). A história de uma família cercada de Brasil por todos os lados compõe um retrato satírico do país na década de 1970.

 

Quarta, dia 22/12, às 22h:

Eu Te Amo (1981) (103') – Sônia Braga, Paulo Cesar Peréio, Vera Fischer, Tarcísio Meira e Regina Casé em um longa-metragem com música de César Camargo Mariano e, na trilha sonora, a canção de mesmo nome, composta por Chico Buarque e Tom Jobim. No ano de seu lançamento, o sucesso do filme lhe rendeu os prêmios de fotografia, atriz (Sônia Braga), cenografia e som no Festival de Gramado. A Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) concedeu ao longa os troféus de melhor fotografia e diretor.

 

Terça, dia 28/12, às 22h:

Eu Sei Que Vou Te Amar (1986) (105') – Estrelado por Fernanda Torres e Thales Pan Chacon, o filme deu à atriz a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1986. No longa, Jabor apresenta as relações de amor, ódio, frustrações e desejos de um jovem casal recém-separado.

 

Maratona Pelé

Estreia: sábado, dia 11/12, a partir das 16h30

 

ESTREIA: Isto É Pelé (1974) (71') – Dirigido por Eduardo Escorel e Luiz Carlos Barreto, o documentário, narrado por Sérgio Chapelin, remonta a trajetória do maior jogador de todos os tempos, ao longo de 17 anos dedicados ao futebol. O pontapé inicial é sua despedida da Seleção Brasileira em 1971, no Maracanã. A partir daí, a produção retorna a 1958, ano em que o mundo descobriu aquele que se tornaria o maior de todos os tempos, mostrando que Pelé não é rei por acaso.

 

Os Trombadinhas (1977) (92') – Com roteiro do jornalista Carlos Heitor Cony e de Pelé – também protagonista do filme –, o longa dirigido por Anselmo Duarte traz no elenco Raul Cortez, Paulo Goulart, dentre outros.

Fred (Paulo Goulart) é um empresário bem-sucedido. Após desembarcar em São Paulo, seu carro acidentalmente atropela um jovem que fugia depois de cometer um pequeno delito. Por causa do ocorrido, passa a se preocupar com a situação dos menores infratores. Em busca de uma solução, decide entrar em contato com Pelé, sempre disposto a melhorar as condições de vida das crianças mais necessitadas.

 

Subterrâneos do Futebol (1970) (32') – O cineasta Maurice Capovilla direciona suas lentes para além das quatro linhas do campo com a intenção de apresentar, sob diferentes ângulos, a vida de quem fez carreira nos gramados de todo o Brasil. Entre passes e dribles, lendas do futebol brasileiro, como Pelé, Vavá, Zózimo e Vicente Feola falam de competição, violência, obstáculos e fama, revelando ao público a estrutura econômica e os bastidores do esporte que carrega o título de paixão nacional.

 

Uma História de Futebol (1998) (21') – A trama narra a final da Taça Júlio Ramalho, um campeonato de futebol de várzea em Bauru (SP), em 30 de dezembro de 1950. Apaixonado pelo futebol, Dico tinha apenas 10 anos de idade e ainda não havia recebido o apelido que o consagraria: Pelé. O filme conta com a narração de Antônio Fagundes. Além de concorrer ao Oscar de melhor curta-metragem em 2001, a produção de Paulo Machline recebeu o Prêmio Aquisição Canal Brasil no Festival Internacional de Curtas de São Paulo de 1999. Foi premiado ainda nos festivais de Brasília e Gramado.

 

Mostra Ferreira Gullar

Estreia: quarta-feira, dia 22/12, a partir das 18h.

 

ESTREIA: Ferreira Gullar – O Canto e a Fúria (1994) (55') – Dirigido por Zelito Viana, o documentário revela fatos pitorescos, depoimentos e opiniões de Ferreira Gullar. Ideologicamente mutante, ele fala de todas as fases de sua obra multifacetada, sempre inspirada em aspectos do cotidiano. Conta ainda casos engraçados, como o fracasso do Poema Enterrado, criado com Hélio Oiticica, e explica a opção que fez pela poesia política no início dos anos 60.

 

Ferreira Gullar – A Necessidade da Arte (2005) (20') – Também dirigido por Zelito Viana, a produção aborda a discussão do poeta sobre a importância da arte para o ser humano, considerando-a necessária e vital. Com o objetivo de mostrar as transformações sofridas através da história e a relação criativa que se estabelece entre o homem e a obra pelo olhar, Gullar analisa pinturas e esculturas de artistas como Michelangelo, Leonardo da Vinci, além dos brasileiros Ivan Serpa, Iberê Camargo e Mário Pedrosa, dentre outros. São reflexões sobre a arte ocidental desde o Renascimento até a contemporaneidade.

 

Ver Ouvir (1967) (21') – Segundo filme em curta metragem de Antônio Carlos da Fontoura, Ver Ouvir é um registro do processo criativo de três artistas plásticos: Roberto Magalhães, Rubens Gerchman e Antonio Dias, que, no final dos anos 1960, consolidavam suas carreiras. A produção se encerra com a poesia de Ferreira Gullar e seu entusiasmo pela arte moderna, transformadora e transgressora.

 

Por Acaso Gullar (2006) (12') – Dirigido por Maria Rezende e Rodrigo Bittencourt, o curta-metragem é conduzido pelo fio da casualidade presente na vida e obra de Ferreira Gullar. O intelectual afirma que a poesia foi o caminho encontrado para refletir sobre a literatura e diz conceber seus poemas sempre à luz da inspiração, acreditando no acaso como algo presente em tudo e inerente à expressão artística.

Segundo a diretora, o curta foi realizado sem planejamento, pois a ideia inicial era fazer um vídeo que abordasse outra vertente do poeta, mostrando seus desenhos e colagens. No entanto, a gravação ficou tão interessante que foi transformada em material cinematográfico.

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